Soneto da Espera

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Quando menos se espera
nasce um milagre.
Da seca que agride
nasce uma flor consoladora...
Da tristeza,vem forças do céu...
Amor que dá fruto,floresce.
A vida é milagrosa,
levante o véu!

O reencontro nada mais é do que a recompensa da espera.
Logo mais a recompensa chegará.
Assim seja.

Amor não se procura não se encontra e nem se acha...
Quando menos se espera ele surge e em nosso coração esbarra
cria raízes e se instala e a gente nem percebe quando nele se entrelaça...

A ESPERA

Horas infindáveis… estacionam no relógio do tempo
fico a espera de ti, num semblante opaco e oprimido
lágrimas e acenos em lenços brancos cintilam ao vento
despedidas e chegadas, cada qual seguindo seu destino…

nessa espera crucial fico estática sem teto e sem chão
ao longe o apito do trem que se aproxima da ferrovia…
vazio de mim, esculpido por ti, como ânfora o meu coração
recordações do passado, guardadas na bagagem da minha vida

gelando todos os meus sonhos em ópios e ócios de meu viver
Passam-se noites e dias, meus pés não conseguem se mover
vagueio e arranco as ervas daninhas que nasceram nos trilhos

enfeito com flores silvestres perfumando nossos caminhos…
na esperança de te ver desembarcando dessa viagem pra mim
e no meu último suspiro, dizer:- AMO-TE, até que enfim!

Estou ansioso...
Uma sensação de espera interminável.
Esperar por uma coisa que nem sei o que é...
Nem sei quando e se chegará..,
Uma alguém...
Uma coisa...
Sei lá!
So sei que é uma tortura mental, emocional, psicológica.
Uma verdadeira guerra, de mim, em mim, contra mim mesmo.
É tudo isso!
É nada disso!
É um eterno...
Não sei.
Um talvez.
Possibilidades.
So sei que cansa, suga, destrói em dose lentas...
Veneno em conta gotas.
Preciso romper o ciclo, a forma, a cerca...
Preciso subir, enxergar de cima... Ter a visão panorâmica.
Quem sabe isso produza a construção do escape, um caminho... Saída!

Alguns Poetrix Apimentados

A Espera!

Senti um cheiro apimentado,
A boca ardia.
Era a espera que sentia...

A Sensação!

Os meus lábios queimavam,
Pelo ar ela emanava
E o meu corpo aquecia...

A Lembrança!

Na memória se espalhava.
Em vermelha fantasia...
Pimenta, picante, malícia.

A Presença!

Sangue que na veia corre
Estimulante e marcante...
Sua presença é essência!

O Envolvimento!

Não é fruto de pecado
...Mas aguça a paixão...
Pimenteira dos amores.

Quem espera que a vida seja feita de ilusão,
Pode até ficar maluco ou viver na solidão...

Fico todos os dias a tua espera
Mas você não chega
E tudo isso é minha culpa
Pois não tive coragem suficiente de te falar

Então como posso ainda ser tola e te esperar?
Como posso ainda derramar lagrimas ao ver que não chegará?
Como posso sequer sentir raiva se toda a culpa é minha?
Não me compreendem, acham que estou louca por apaixonar- me por você

Devo mesmo estar! Como pode ser? És tão diferente de mim!
Mas não me importa, nunca conseguiram explicar esse dos muitos mistérios do amor
E não me importa, a dor que sinto não quer calar
Independente de quem seja... Eu te amarei

Se tudo o que tocas é maldito
Então maldita serei!
Pois o meu corpo anseia pelo seu toque
E não suporto mais as lagrimas

Só desejo que estejas aqui comigo
Quero te amar e te ter todo o tempo
Pois sei que jamais me cansarei de ti

A falta não é saudade.
A saudade é um atalho; A falta é a espera.
Sinto saudade da sombra das árvores que existiam do outro lado da rua, até das folhas que camuflavam meu quintal. Como é fácil pensar que logo posso substitui-las plantando outras no lugar.
Por esta razão, não sinto saudade daquilo que sinto falta, pois sentir falta é não ter a semente, é possuir apenas a presença de uma vaga vazia e insubstituível.
Sentir falta é a ausência do que nos pertence sem pertencer. É saber que não éramos os únicos donos de nós mesmos.
A falta não é saudade.
A saudade é vulnerável; A falta é absoluta.
É como esperar o sol em pleno inverno.
Ele poderá bronzear as nuvens uma vez ou outra e satisfazer à quem sente saudade. Porém, a quem sente falta, só restará a espera, mais uma vez. Apenas a certeza de uma incerteza previsível de que ele aparecerá.

VALOR PRA QUEM NÃO MERECE E ILUZÃO PRA QUEM NÃO ESPERA.

EM QUANTO ALGUNS TEM UMA PRECIOSIDADE NAS MÃOS E NÃO SABEM DA O VALOR QUE ELA REALMENTE MERECE, outros encontrão uma pedra pensado que é rara e acabam descobrindo que ela é falsa.

A ESPERA

Não diga: "espere"
A espera tortura
Maltrata, machuca
Não "ligue", não fale
(Que coisa maluca!)
Decida e diga
Que não quer saber
Não gosta, não pode
Que não quer me ver
Então vou poder
Morrendo aos poucos
Falando aos loucos
Calar os poetas
Trocar minhas metas
Chorar gargalhadas
Sorrir desesperos
Rezar batucadas
Dançar ladainhas
Ter fada madrinha
Pra me consolar
Ou me transformar
São coisas tão simples
Que muitas das vezes
Por mais que se tente
Não dá pra explicar
Deixar pra amanhã
Depois perceber
Que o amanhã foi ontem
O sonho existiu
Estou muito triste
Você não me viu
Meu ontem mentiu...

1989

Cada um vê aquilo que espera. Parece estranha esta afirmação. Vemos o que esperamos! É assim. Se o que espero são desgraças, só vejo desgraças e tudo me parece já mal. Mas se o que espero (e sei que vem) é o Bem, tudo já são sinais desse bem.


É isso que me purifica o olhar e me liberta de fantasmas. Quem sabe que o Bem vem, já vê o bem a vir. Vê com bons olhos, mesmo no meio do nevoeiro."

DIVAGAÇÕES

Ah, esta vida sestrosa,
Em que tocaia me espera,
No tanto que ela é medrosa,
Não dá um passo sem a escora.
Que sou eu, sua confiança e o esteio.
Veja o disparate: a agonia,
Em vez de uma aliada,
Ela se perde no dia,
De noite eu deixo ela de fora
E morro mas nada dela eu imploro.
Nem que arrede o pé,
Nem que inútil deite,
Num pano que eu largo armado,
Longe da porta do quarto,
Até que o dia amanheça.

Vida tão maliciosa!
Fala pra todos de fora,
Que é ingratidão o que lhe faço,
E nem me pega na mão.
Só que elas tem seus dias,
E eu tenho só, minhas noites,
Isso na vida é tão bom,
Não viver só de açoites.
O dia pra ela é dado,
E a noite pra mim é ludo.
Eu chamo a ela de ausência,
E ela me chama de escuro.

À ESPERA DE UM TELEFONEMA

Sabe...

Ontem eu fiquei aqui esperando você retornar a ligação.

E você?

Nada!

Mas continuei a esperar, e esperando fiquei pensando:

Por que será?

Será que foi porque choveu?

Ou porque se esqueceu?

Ou porque não deu?

E você, nada!

E eu?

Esperando

e esperando pensando:

talvez a bateria arriou.

Quem sabe o cansaço lhe venceu?

Será que não estava a fim de conversar?

Então, por que não avisou?

E você, nada!

E eu? Esperando e esperando pensando:

Será que vai ligar?

Bom! pediu para esperar.

Mas será que vai retornar?

E você nada!

Depois de muito tempo, eu continuava esperando e esperando pensei:

Que bobagem a minha ficar esperando!

Os motivos de você não me retornar a ligação, no fundo, bem no fundo, eu sei.

Eu só não sei por que liguei.

Crê em Cristo e "espera o domingo sem ocaso
No qual a humanidade inteira entrará
no repouso de Deus."

Se o amor for grande
a espera não será eterna,
e se o querer ficar junto
for maior do que tudo,
nada nesse mundo
vai impedir nosso encontro,
e se existirem obstáculos
se você realmente quiser, contornaremos,
e se o desejo de ser feliz
for maior do que o medo de tentar,
com certeza ficaremos mais próximos
e sentiremos medo juntos,
e se alguém vier te prometendo
mais do que posso te dar,
reveja seus conceitos,
por que não tenho nada
além do amor mais puro e sincero a te oferecer,
só te ofereço o possível
por o que impossível eu já consegui,
ter ao menos a sua atenção.

Você queria mais!!!Você queria mais do que eu,do que meu amor...Você queria mais do que minha espera por você,do que minhas noites de insônia ao pensar que teu silêncio era o que mais me agredia..Queria mais do que minha espera,do que minhas lágrimas quando pensava que o único homem no mundo capaz de me fazer feliz não estava comigo...Você queria mais do que todo amor que eu te dava sem reserva e sem limites...E agora eu te pergunto, você que tanto queria mais do que tudo isso, você realmente conseguiu???
Espero sinceramente que sim...

LUCIDEZ


Talvez seja outra vez a espera dos ansiosos,
Bárbara em observação nas geladas manhãs,
Impregnando a psiquê de desejos calorosos.
Contemplação arguta e perspicaz
Em um verão recheado de sofismas e ímpetos ardilosos.
No espaço admoestador prevalece o infortúnio
De queixas loucas e desvairadas,
Oscilantes entre a insensatez do talvez
E a sensatez do que não vale mais a pena.
Neste momento a temperatura passa a ser amena.
É quando do coração quase que destroçado
As mágoas vão aos poucos sendo deixadas de lado.
Então finalmente, na alma e na mente,
O momento de retorno do tempo quente
Prenuncia a libertação de tão atroz passado!

O amor é a espera.
A espera do próximo encontro, do próximo beijo, da próxima saudade. Quando acaba a espera, acaba o amor.

Pobre coração o dos apaixonados ...
Pois espera uma vida inteira se preciso for e não perdem as esperanças .