Soneto da Espera
SONETO CIDADE QUE MORO
Moro em uma cidade
Com represa imponente
Gera energia para muita gente
E canais de águas que escoam livremente.
Águas que caem abundantemente
Formando as Cataratas sem precedente
Na mata atlântica com suas vertentes
Onde a umidade é permanente.
Cidade bela e atraente
No ramo hoteleiro profissional experiente
Na culinária, tempero a gosto do cliente.
Esta é foz do Iguaçu do presente
Fica na tríplice fronteira felizmente
Lugar de gente bonita e atraente.
SONETO A MINHA MÃE
(in memória)
Mae do seu ventre nasci
A luz do mundo conheci
Dos seus seios o alimento da vida
Nos braços a segurança perfeita.
Seu colo me acomodou
Suas mãos me acariciaram
Seu sorriso era só alegria
Sua voz uma sinfonia.
Hoje apenas lembranças revividas
Sofro pela sua falta, mas
Gratidão pelo que foste em vida.
Amor, ternura e paz.
Retrato de uma passagem
De um amor sem fim.
SONETO A VOCÊ MÃE
Mãe, um ser especial e de coragem
Consegue ser carinhosa e dengosa
Mesmo nos momentos tribulados
Que na vida se depara.
Mãe, a fortaleza do lar
Chora e sorri em silêncio
Guerreira nos momentos difíceis
Deten a sabedoria para a proteção.
Mãe, você é luz para a vida
Sua existência um presente de Deus
Um ser infinito.
Mãe, amor incondicional
Geradora, zelosa, afetuosa...
Mãe! Simplesmente mãe!
SONETO AMANHECER NO MAR
Começa o dia clarear
Distante os morros começam fracionar
Os raios de sol para o mar dourar
O pescador chegando para o barco atracar.
A praia a espera das ondas do mar
Únicas fazem as espuma dançar
Em seu contorno pessoas a caminhar
Na companhia de gaivotas no ar.
Muitos começam de o espaço desfrutar
Vivendo momento muito particular
Sob o som das águas que lhe é peculiar.
A noite está por chegar
Mar e praia ficam a se encontrar
Para seus movimentos continuar.
SONETO AO ANDARILHO
Senhor dos becos e ruas
Das estradas por aí a fora
Sem teto para dormir
Às vezes um pedaço de pão.
Caminhando sem preocupação
De passo em passo sem direção
Alguns caminham sozinho
Outros na companhia de um cão.
Difícil alguém lhe estender a mão
Muitas vezes de bandido é taxado
Um ser perdido e desesperado.
Andarilho sem projeção
Sem carinho e paz no coração
Para ele apenas desilusão.
SONETO AO IDOSO
Por um fio, ao fim da vida.
Enfrenta a dor com sofrimento
Carregando no peito sentimento
Quase sem cura uma grande ferida.
Isolados ou largados ao tempo
Sem alguém com uma mão amiga
Para acomoda-lo na cadeira preferida
Para uma conversa fora do relento.
Compartilhar um pensamento
Até mesmo tirá-lo do isolamento
Promovendo mudança ao comportamento.
Só resta ao idoso, o ressentimento.
Na espera dos últimos dias de vida
Próximo da morte sem argumento.
SONETO ARTE DE ESCREVER
Às vezes tenho necessidade
De algumas linhas escrever
Umas verdades e outras mentiras
Para meu ego satisfazer.
Do nada palavras aparecem
Num momento impar de inspiração
Como um intermediário da paragrafação
Para uma simples leitura e sua distração.
Seria uma sina ou um dever cruel
Nas entre linhas ser um porta-voz
De um louco ou fanfarrão.
Só o tempo poderá elucidar
Como o leitor irá interpretar
Pontos e vírgulas se estão no lugar.
SONETO CAMINHOS
Os caminhos que a vida oferece
Nem sempre é aquele que nos parece
Alguns te levam à felicidade
Outros para a obscuridade.
Dos caminhos que percorri
Em alguns tropecei
Voltas em círculos eu dei
Apenas um deles adotei.
As pedras que encontrei
Com habilidades desviei
Assim me organizei.
A felicidade a cada dia amadurece
Se no caminho certo permanece
De corpo e alma a vida favorece.
Meu primeiro soneto
E todos os barés saberão
Que em meu peito oscila,
Hora o amor, hora a dor,
Castigo de quem sente.
O amor que te ofereço é de graça,
Não tem cor e nem raça,
É seu, feito a mão,
E Deus o artesão.
Ah! Mas a dor...
Ela sim é a pintada tropicana,
Feroz e impiedosa!
Me rasga o peito de uma vez,
Devore em uma só bocada,
Tudo isso que sonhei.
Soneto filha amada
O que posso dizer de Ti:
És todo meu sentimento,
És a continuação de mim ,
Palavras em silêncio.
És meu início e o meu fim.
És parte de minh'alma,
Tu és a metade de mim
O amor que me acalma !
és minhas lágrimas e sorriso,
És meu sul e meu norte,
Minha realidade, meu paraíso.
Meu grande amor, minha vida,
Meu grande presente de Deus !
Querida e amada filha !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
Dedicado a minha filha Nailiene Leite Virgilino
Soneto do Adeus
Vira e mexe sinto a falta de sua companhia
Foram bons momentos que me trouxeram alegria
Mas deixo a saudade bater
Me mantendo distante para que meu coração deixe de doer
A deixo a ir
Para que sua vida possa prosseguir
Estarei de longe acompanhando seus passos
E feliz por ti, seja o que for preferir
Estarei longe mas perto
Com um sorriso disfarçado
E fingindo estar tudo bem
E aqui le afiro meu mais sincero soneto de amor saibas que a te juro minha alma e meu corpo minha honra e lealdade que a terra que eu piso seja sua terra e nenhuma outra que ar em meus pulmões seja o de nosso lar e nenhum outro que ao dormir que seja ao seu lado e de nenhuma outra que minhas lágrimas e risos sejam por te e mais ninguém que meu primeiro pensamento e o último do dia seja seu e só seu e aqui te juro perante o céu e a terra que te darei mais que calor te darei minha vida por completo e se mesmo assim dúvidas te digo que mesmo longe de te ainda serei seu que de mim oque e seu outra não receberá se ainda sim achares pouco oque te ofereço então de mim le ofereço o perdão por ter tão pouco de você em mim a ponto desejar a outros
A te dedico isso é tudo que sempre existiu em mim por você hoje e sempre da terra até os Cofins do universo te vivo em mim
SER DIFERENTE
Ser um soneto ou uma trova, ser diferente
Afim aos olhos de quem sabe o bem olhar
Suspira, chora, tal qualquer um que sente
Nos teus versos, também sabe bem versar
Apenas distinto, interpele sem machucar
É na tua prosa que tem o prosar inocente
Duma gente de vario sentimento para dar
Que pressente, aprecia, sabe ser presente
Cada canto com a poesia e sua inspiração
Então, deixe de lado o desprezo, a aversão
Seja o coração, uma compreensão, tente!
Afinal, mãos conforme, a escrita desigual
Pois, numa trova ou no soneto, cada qual
Com a sua essência, por ser tão diferente...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 março, 2022, 21’58” – Araguari, MG
Nu (flagra)
Quem pegou o meu soneto
e jogou metade fora?
Encontrei só um quarteto
Ai, meu livro! e agora?
Quando abri o meu terceto
Eu flagrei meu poemeto
Com redondilhas de fora
SONETO CHORAR
Chorar é uma forma de comunicar
Se a dor que incomoda
Ou o sentimento que aflora
Até mesmo se amor foi embora.
Chora-se de felicidade
Do amor reconquistado
Da viagem programada
Do esplendor do dia.
Chore simplesmente por chorar
Se um dia o amor não encontrar
O mesmo que possa fazer parar.
Mesmo por nada se deve chorar
Pois lágrimas são belas
Ao vê-las no rosto rolar.
SONETO COMO VEJO POEMAS.
Dos poemas que leio faço reflexão
São versos que me inspiram
Suas estrofes me cativam
Muitas me tiram da solidão.
Suas ideias ao passado me faz voltar
No presente me ponho a pensar
Ambos pelo espelho fico a analisar
Para no futuro mostrar como caminhar.
Os temas soam bem para os ouvidos
De repente algumas frases inoportunas
Nada que possa o meu ego estragar.
Gosto de ler para compreender
A intenção do poeta no momento
Para seu público o que vai esclarecer.
SONETO CORES NA VIDA
Cada cor na vida uma relação
As cores quentes são emocionais
As frias são as racionais
Ambas sensacionais.
Da tranquilidade o branco traz a paz
Do conhecimento o azul a cognição
O vermelho da paixão
Muito astuto o preto da inteligência.
Variável do vermelho vem a rosa do afeto
Da alegria e paixão, laranja da emoção
O verde da esperança que alegra o coração.
São as cores que interferem na vida
Cada uma com a sua motivação
Para a nossa satisfação.
SONETO DA COMPARAÇÃO
Se um dia insano tentei comparar- te
Perdoe-me você não tem comparação
Por mais belo que seja uma flor
Você és uma pétala que grande esplendor.
Dos perfumes das flores e seu vigor
É um pássaro raro tamanha dedicação
Da brisa matutina com todo seu frescor
Seu perfume é natural, um primor.
Dos raios intensos do sol brilhando
Forte escaldante e imponente
Seus olhos brilham com suavidade.
Do brilho apaixonante da lua
Você é uma figura muito marcante
Observando-a com precisão és muito diferente.
SONETO DA DEPRESSÃO
Não tem certeza se falta sono
Ou se muito sonho se tem
Sente-se muitas vezes ofegante
Sem motivo aparente.
Um vazio sem explicação
Que faz flutuar
Pelas mazelas da imperfeição
Um ser fora do chão.
Solidão em meio à multidão
Sempre na contra mão
Perdido, fora da razão.
A tristeza que consome
O silêncio esvazia e retrocede
A carência isola e emudece.
SONETO DA DESPEDIDA
Do nada, o dia se transforma em noite
Pela mudança climática a tempestade
Da manhã ensolarada ficou a saudade
Um transtorno quase uma maldade.
O que poderia ser felicidade virou sofrimento
Da certeza de um amor lindo verdadeiro
Uma pena eu afirmo neste soneto
Do que era sereno a fúria do vento.
Nada foi pelo acaso do destino
E muito menos um romance de cinema
Não é história, uma rota e não devaneio.
Hoje do amor ficou a lembrança
De uma vida sem importância
É o fim! Separação pela indiferença.