Soneto Amor Perdido

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SONETO "MEA CULPA"

Você que sempre foi especial, errei
Então, no meu erro, desculpa peço
É difícil perdoar! Sei! Árduo regresso
Eu confesso: -com remorso fiquei!

E nesta "mea culpa", algo lhe direi
Se o coração escuta, é progresso
Não é fácil arrepender sem acesso
Tão pouco indulto de quem o fazei

Então, com um afeto lhano modesto
No nada é impossível, o meu gesto
De contrição... Na minha incorreção

Nem tudo na vida nos é tão funesto
Pra que seja no amigo ato molesto
E neste soneto de amor: -Perdão!

Luciano Spagnol
27, agosto de 2016
Cerrado goiano

PENAR (soneto)

De outras sei que já não sou a ti importância
Tu, querendo menos do que o querer parece
Tu, amando pouco do que o amor quisesse
E entre lágrimas e preces... a dura distância

De modo que a paixão perdeu a fragrância
O olhar sem o desejo... a melancolia tece
Um coração frio, como se nos polos tivesse
Certo, amor, já é outra a real circunstância

Então, da minha atenção um vazio fazes...
Silencioso, e tão repleto de entretanto
Que nas linhas da afeição só tolas frases

Já não mais ouves o poetar em pranto
Nem mais voga a dor que assim trazes
Essa, dor doída que no peito dói tanto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

O amor deveria perdoar todos os pecados, menos um pecado contra o amor. O amor verdadeiro deveria ter perdão para todas as vidas, menos para as vidas sem amor.

As alegrias do amor são sempre proporcionais ao medo de as perdermos.

Nós nunca somos tão desamparadamente infelizes como quando perdemos um amor.

Há cem mil maneiras de perder o amor de uma mulher, e a única que não se previu é, precisamente, a que se realiza.

O primeiro efeito de um excessivo amor pela riqueza é a perda da própria personalidade. Quanto menos se amam as coisas, mais se é pessoa.

O amor, que não perde nem desvaira, esse é que é o amor.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., O Bem e o Mal, 1863

Perdido é todo o tempo que em amor não se gasta.

Torquato Tasso
TASSO, T., La Gerusalemme e L'Aminta, 1823

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.

William Shakespeare

Nota: Adaptação de um trecho da peça Medida por Medida, de William Shakespeare.

A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor.

Uma mulher perdoará um homem por tentar seduzi-la, mas não o homem que perde essa oportunidade quando ela lhe é oferecida.

A verdadeira amizade é como a saúde: o seu valor só é reconhecido quando a perdemos.

Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.

O coração das mães é um abismo no fundo do qual se encontra sempre um perdão.

Perdoa-se na medida em que se ama.

⁠AMOR PERDIDO
(Edson Nelson Soares Botelho)

Se a pessoa que você ama te diz adeus
Com a promessa que talvez haja uma volta
Pode ter certeza que você vai se sentir
Em um barco afundando

Na despedida do amor
No mar enfurecido do ciúme
Sem salva-vidas para socorrer os erros cometidos
Sobre as águas escuras e geladas da tristeza

Cheio de tubarões famintos
Querendo ficar com sua ex-namorada
Na tempestade que não pode suportar

Porque outro vai tomar o seu lugar
Fazer as mesmas coisas de amor com ela
E você vai entrar na grande tempestade do ciúme

O amor é o juízo perdido dos loucos,
e a loucura encontrada nos sábios.
É um dom que as pessoas perderam,
e o substituído dos fortes que são fracos.

É o sonho que me chama pra dormir,
e a luta que me mantem acordado.
É o calor que esquenta o amante,
e o refrescar que alivia o angustiado.

Uma perfeição acompanhada de confusão,
e a dificuldade que desespera até o mais calmo.
É tudo o que me alivia e também o que me deixa cansado.

Amar se resume em uma grande loucura,
e deve ser algo somente para os loucos,
porém mais louco que os loucos, apenas é quem deixa de amar.

Inserida por Duduzinhodct

⁠" CHAMADA "

Pra onde, o amor, me direciona e guia
eu sigo a sua luz, quando perdido,
pois seu consolo farto oferecido
é escudo certo em que meu ser confia!

Em seu fulgor, amparo está contido
e me é por segurança dia a dia
trazendo-me a esperança e a alegria
ao coração, por vezes, tão ferido.

É certo que me aponta a eternidade
e me assegura da felicidade
que ainda me há por vir ao fim da estrada…

Me direciona e guia, a luz do amor
por onde quer que o meu destino for
e eu seguirei fiel à sua chamada!

CONFISSÃO

Perdoa, pelos tantos erros perpetrado
Pela omissão que em mim acaso calei
A confissão que na falta não confessei
Num tal medo do ser réu no ser culpado

Perdão, se dos enganos eu pouco falei
Quando o silêncio tinha de ser quebrado
E a confidência na confiança ter selado
Mas, na insegurança a coragem hesitei

Na utopia do outro que era equivocado
Levei a ilusão de que ser manhoso é rei
E que num novo dia novo renascia o fado

Se, cedo ou tarde, confesso que errei
Às tantas palavras, se foram desagrado
Perdoa, a nímia mácula que eu causei

Luciano Spagnol
Julho, final, 2016
Cerrado goiano