Soneto Amor Perdido
Tudo o que não fazemos por amor é tempo perdido. Tudo o que fazemos por amor é a eternidade reencontrada. A única coisa que não nos podem tirar, a única coisa que a morte não pode nos tirar, é aquilo que doamos. O que tivermos dado, nada nem ninguém pode nos tirar. É essa doação que fica de nós mesmos.
Poderíamos passar a noite inteira contando histórias de amores perdidos. Nada torna o passado um lugar tão agradável para visitar como a perspectiva da morte iminente.
O amor é um vício como qualquer outro, quem se entrega perde a noção, e quem o deixa está sujeito a uma recaída. Mas dentre todos os vícios o amor é o mais covarde... por nos pegar desprevenidos, e por não depender só da pessoa para deixá-lo.
Quem ama venceu o mundo o mundo, não tem medo de perder nada. O verdadero amor é um ato de entrega total...
Amor é aceitar quando as coisas perdem o sentido, é ser sensível o bastante para entender quando você não cabe mais no outro, quando o outro não encaixa mais em você. Amor é ter a consciência de que o amar não existe apenas enquanto o outro está do lado, o amar deve permanecer principalmente quando o outro não está mais ao teu lado.
Até o amor se magoa com as palavras, ele perdoa mas ele também se decepciona, pois ele mora no coração, um órgão que bate conforme as emoções...
Ao te encontrar me perdi de amores, ao me perder achei...achei aquele momento estranho...nunca te conheci, nunca te amei.
Amor é que nem passarinho: Quando engaiolamos para de cantar, brilhar e perde a graça. Vida de amor é presença e ausência. Na medida certa.