Soneto Amor Perdido
Meu coração é bobo se derrete com um sorriso.
Abre as portas do desconhecido e se perde nos teus olhos.
Tombei distraidamente
no azul do dia
e me perdi em seu olhar de luz.
Das nuvens que fugiram sorrateiras do céu
ouço a cantiga do vento e em seus acordes me embalo
como a criança no balanço do parquinho da praça
sem pensar em nada.
Só o instante interessa:
o raio de sol que aquece o corpo
a palavra amiga que acaricia a alma
a sentimento infinito de ternura e mar.
O amor, jamais prescreve ...
- Ela é ela, caráter invejável e coração impecável, mas esse coração já sofreu, azar de quem a perdeu.
- Hoje ela é mais forte e sabe o que quer, ela é ela, incrível mulher.
- Amor próprio, sorriso no rosto, um brilho nos olhos. Vale mais que o ouro!
Esse tempo fingido, capengo de ti, porque eu quis assim.
Esse tempo doído, olvido, perdido bem dentro de mim.
Esse tempo cortado, que corta sagrado, a verdade de um amor.
Esse tempo danado, com sinais de pecado, que não acabou.
É um amor desmedido, nem por todos sabido, que hoje é tão meu.
De correspondido, se tornou esquecido, ou se tornou mero ateu.
Descrente de tudo, distante do mundo, que o outro queria.
Não quisto agora, por mais que bem quisto; foi quisto um dia.
É tão libertador ter ESSE RESPEITO/AMOR PRÓPRIO.
Não é fazer pelos outros, ou para mostrar para alguém... é poder se olhar satisfeita no espelho, orgulhosa de quem está se tornando... (afinal a mudança sempre vem a gente querendo ou não).
Ter enraizado valores que não abrimos mão por ninguém!
Praticar o bem me quero
mudar hábitos - perder a noção e voltar a viver . .
a esperança deve ser renovada por novos ideais . .
Eu estava completamente desequilibrado, ousado perdido de mim!
Minhas mãos pareciam, pulsar pelo corpo nu sentido o calor subindo pelos dedos...
Tentando encontrar o ponto do equilíbrio desejado, o jardim encontrado...
Se perdeu entre o que era puro, e encontrou o doce e amargo prazer de ser o covarde, invadindo o jardim, sem ser o jardineiro, e se envenenou-se do próprio desequilíbrio.
Poesia
É a relação do poeta com o sonhador. De transportar a realidade em amor, às vezes
em dor.
Poesia não é, poesia deveria: deixe ser!
Poesia é permitir que palavras sejam
verbo.
ou
não.
Poesia é arte
ou
não.
deveria ser simplicidade e cumplicidade
do tomar o café junto a beira da mesa.
de dividir os problemas, os sorrisos,
ou
não
Poesia,
às vezes é dividir o
silêncio.
silêncio do olhar.
no perder de vista,
de se entender,
se perdoar.
poesia.
"Não era dia,
e nem era noite, era um tempo perdido no tempo,
era um espaço de tempo em seu próprio tempo, não havia conversas, não havia ruidos,
eram dois olhares centrados, alguns segundos passados, e o momento único de dois amantes apaixonados."
As pessoas perdoam aqueles que lhes convém perdoar, porque aqueles que não lhes convém e não tem mais nada a lhes oferecer eles não perdoam.
Então na minha concepção o perdão para estes mesmos é uma questão de conveniência e não de indulto ou compaixão.
Autora A.Kayra.
“Todos os direitos reservados a autora A.Kayra”. Vedada a reprodução, alteração, distribuição comercialização, todos os direitos pertencem ao seu criador e só pode ser utilizados com sua autorização.
Amaranhão
Amar-te-ei, Amaranhão
Porque me perdi
Contando estrelas
E me encontrei sonhando tê-las
Amar-te-ei, Amaranhão
Na poesia do seu luar
A cada aquarela do pôr do sol
E no encanto do seu olhar
Amar-te-ei, Amaranhão
Para sempre sem parar
Onde o sempre não tem fim
Vive amor e não me canso de falar
Amar-te-ei, Amaranhão
No infinito do seu olhar
No sonho do seu sorriso
Que Deus me permitiu amar
Amar-te-ei, Amaranhão
A cada sol; no intenso calor
Porque é dele
Que vive em mim a semente do amor
Amar-te-ei, Amaranhão
E me leve pra bem longe; me leve pra alto-mar
Onde eu encontro meu abrigo
E me recuso a voltar
Nas águas do teu rio, Amaranhão
Mergulho pra (re)encontrar
O que sua correnteza levou
E a vida me ensinou a amar
Amar-te-ei; Amaranhão
Até um fim
Pois você é
Um Maranhão de amor
Em mim.
E os olhos da perdição também foram os olhos da esperança.
Esperança que até hoje carrego comigo, trago seu nome e doces lembranças.
Nas lembranças te lembro e no vento te sinto, ó doce fragrância.
Fragrância, desejo, cheiro do medo, desespero desanda, ouço meu peito, coração sem jeito, seu nome chama.
Chama de clamor, chama de calor, chama de paixão, chama que enaltece, chama que ilumina.
Os olhos da perdição, tem aquela menina...
PERDI UM POEMA
Perdi um poema no caminho
Talvez seja semente
Ou quem sabe vire pedra
Era um poema pequenininho
Cabe na palma da mão
Se achar leve contigo
Quem sabe um dia floresça
CAMINHO
Caminho pelas ruas do esquecimento
No chão onde me deixaste perdida
No sabor orvalhado de estrelas
Para beijar-te com a poesia na boca
Para contar os sonhos que por ti criei
No tempo em que o tédio fugia de nós
E os teus olhos cobriam-me da noite
Neste caminho de pedras que submissamente
O teu corpo me tapava com flores
Para caminhar pelas pedras onde deixei
A minha alma, pois o coração contigo ficou
Para amar-te se me deixares.
Sinto-me perdido:
Não quero acreditar que esteja mentindo, ao mesmo tempo que não quero acreditar está perdendo o interesse.
Bom é amar e ser amado, perdoar e ser perdoado, dar e receber, falar e não se calar.
São leis da felicidade.
Um dia ela me falou que: "quem perde o telhado ganha as estrelas..." e eu respondi: O telhado eu já havia perdido, e você era as minhas estrelas. "O meu mundo acabou e ela já não dança mais comigo."
Mas quando eu escuto "O mundo acaba hoje e eu estou dançando" (Agridoce - Dançando) só consigo pensar mesmo em uma coisa: Espero um dia estar tão calmo, mas tão de bem com a vida, que o mundo vai estar se acabando e eu vou estar dançando... Sem me preocupar com o que me espera depois... se é que algo vai me esperar no depois.