Somos Passaros de uma Asamario Quintana
Sonhamos como Jovens
Somos Jovens
Somos loucos
Encontramos barreiras como Jovens
Somos Jovens
Somos poucos
Mas lutaremos como Jovens
Venceremos como Jovens
Somos Jovens
Somos loucos!
É preciso aprender a amar. Afinal, sempre somos recompensados pela nossa boa vontade, nossa paciência, equidade, ternura, para com que é estranho, na medida em que a estranheza tira lentamente o véu e se apresenta como uma nova e indizível beleza.
Combatendo o fogo
Somos seres carregados de emoções, e muito de nosso bem-estar está intimamente ligado com o modo como lidamos com nossos sentimentos, como nos posicionamos em relação a eles e quais atitudes tomamos em determinadas circunstâncias.
Costumo dizer que ante um forte incêndio, é natural que a primeira atitude das pessoas seja simplesmente sair correndo a fim de escaparem das chamas. Poucos serão os que terão a atitude de combater o fogo.
Ocorre que, se você simplesmente correr, você poderá perder tudo o que tem, e sofrer as consequências do desastre depois. Mas se você resolver combater o fogo, mesmo que isto seja arriscado, você poderá preservar o que tem e não sentir-se tão mal após o ocorrido.
Semelhante coisa ocorre com os problemas. Há pessoas que simplesmente fogem deles, e acabam tendo graves prejuízos. É preciso reparar que atitudes negativas em relação a problemas, como ser radical demais ou não condicionar um entendimento, também levam a sofrimentos e prejuízos semelhantes.
No caso do incêndio, seria como combater fogo jogando combustível em cima. Se você decidir encarar seus problemas de frente, principalmente os de natureza familiar ou emocional, de modo a tentar combater o fogo, ao invés de simplesmente fugir ou jogar mais combustível em cima, você verá como muitas coisas acabam se resolvendo facilmente, que conflitos emocionais ocorrem, mas que resolvê-los ou não é uma opção sua.
Lembre-se que não somos seres perfeitos, e que muitos erros que às vezes cometemos têm a intenção de acertar. O verdadeiro amor não consiste em amar "por causa de", mas "apesar de".
No final das contas, você verá que amor, compreensão e perdão, continuam sendo os promotores sublimes da paz interior e da felicidade.
"Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice."
Os outros nunca sentem.
Quem sente somos nós,
Sim, todos nós,
Até eu, que neste momento já não estou sentindo nada.
Nada? Não sei...
Um nada que dói...
Somos todos impostores que nos suportamos uns aos outros. Quem não aceitasse mentir veria a terra fugir sob seus pés: estamos biologicamente obrigados ao falso
Nesta vida, em que somos capazes dos atos mais nobres e dos erros mais terríveis, não somos mocinhos nem vilões: apenas humanos.
Somos punidos pelo que negamos. Cada impulso que tentamos sufocar persevera em nosso íntimo e nos intoxica.
Não importa quem somos. O mais importante é que somos.
O homem traz o universo inteiro dentro de si e a a melhor foma de vivenciar o mistério do mundo é mergulhar em si mesmo.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Devemos sempre criticar as idéias dos outros, mas nunca violá-las, pois não somos proprietários da verdade não somos deuses.
Eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata.
Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
Há vários motivos para não se amar uma pessoa e um só para amá-la.
Nota: Adaptação de trecho do livro "O Avesso das Coisas - Aforismos", de Carlos Drummond Andrade.
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