Somos Passaros de uma Asamario Quintana
"Nas infinitas formas de te amar,
Penso em uma forma de dizer te amo,
Perco-me na forma do teu olhar a mim
E a única forma de te dizer,
É no olhar calado do meu silencioso e intenso amor"
⚘
Um vaso no canto da sala.
A esperar atenção em um canto quarquer,
Em uma sala repleta de beleza e valores matériais,
Em uma cozinha moderna onde tudo está ao alcance das mãos,
No quarto envolvido no que nele há, deixando-o agradável para um imenso nada.
Em uma varanda com belas cadeiras e uma bela vista para sonhos.
Esperando ser tocado ou acidentalmente percebido como o cair de um taça de cristal ou um talher de prata inglesa.
O de sempre, fazendo sempre sem esperar que ali esteja os olhos dos que a vêem.
Há um sol para acolher desejos aquecidos por uma noite na companhia de sua coberta carinhosa.
Dentro da bela do lar, a mulher e seus mais explícitos desejos.
Esquecida ao canto da lágrima de seus belos olhos.
Como um vaso no canto da sala.
Prendendo-se ao que pode tudo ter, sem ganhar o que deseja ter.
Que desabrochar como rosa em qualquer jardim.
É como as rosas que não falam ou talvez evitam que seus espinhos revelem sua ira.
Mas sujeitas a sensibilidade de apenas um toque,
Aquele que com simples e carinhoso olhar faz a vida ter sentido.
Mesmo sem sair de seu canto da sala,
Sem que alguém tropece no vaso do canto da sala,
Sem talheres ou cristais caiam,
Ela pode ser tocada e viver a eternidade de um sonho.
Se olhar for eterno,
Se o toque for verdadeiro,
Se o amor for por inteiro.
José Henrique
Silenciosa madrugada.
De corpos cansados
Apenas o som de algumas gotas
De uma exausta e suave chuva,
Latidos ao longe
Um silêncio descansado
Alimentando muitos sonhos
Ainda aqui repassando uma vida
Que se passa sem dormir
Ensurdecedor silêncio
Que aviva pensamentos
Histórias, contadas ou não
Saudades perdidas ou que se perderam
De trilhas, caminhos e escolhas
Silenciosa madrugada
Sua brisa tocante e latente
Passo contigo mais estas horas
E aqui conversamos em silêncio
Pois sabemos nós o que sentimos
E sabemos sim
Que não há do que falar
E tudo que penso, sabes tu
Tudo que vejo, sabes tu
Os desejos são confusos, sabes tu
E em silêncio me confesso
Enquanto alguns cães agora latem
E não ouço mais aquelas gotas
Grato por devolver-me o sono
Estarei aqui quando quiseres
A mais um cálice de teu doce silêncio
Silenciosamente pensando
Em tudo que sabes tu.
José Henrique
Meu céu.
Vez em quando uma estrela
Passos em nuvens
Céu cinzento sem o básico
Uma navegação de incertezas
Mapas e marcas contendo erros
Buscam apenas uma estrela
Desistir é sempre a opção da busca
No universo dessa frágil universidade
Cálculos não cabem ao desejo
Asas com a esperança desgastada
Penso cair como um anjo
Preso ao solo de uma ilusão
De pé ainda por força de um destino
Que a mim foi doado determinadamente
Me exijo dobrar os joelhos da decepção
Onde não me cabe mais errar
E acertar é uma palavra, nada mais
Perdeu-se nos erros de meus passos
Que encontram brilho e até luz
Mas nunca houve uma estrela
Se apagam ao primeiro toque
Assim como cometas ao tocar o solo
E de volta a escuridão
Corpos que constelam meu confuso eu
Que brilham a noite e se apagam ao dia
Sentimento artificial e sádico, carnal
Onde não se tocam estrelas
Corpos num céu nuvens de lençóis trocados
Fugirei das luzes da cidade
Irei ao topo de mim mesmo
E na escuridão de meu próprio céu
Paciente e consciente
Uma única estrela tocarei.
José Henrique
Poetas.
Era uma vêz !
E não mudou muito,
Lá pelos pequenos anos
Descobrindo gostos e sabores
Ouvindo músicas em suas letras
Percebendo a sensibilidade
Suas frases em harmonia
Algo era singelo e eterno
Um sentimento, um prazer
A escolha pelo romântico surge
A vontade de participar de alguma forma
Uma a paixão sem identidade
Como uma dor sem corte sem sangue
Sem fraturas ósseas ou qualquer trauma
Mas uma grande e intensa eterna dor
O desejo de entender e explicar crescente
O querer expressar tal sentimento
Que a música acentuava como perfume das rosas
E então pensamentos leves e suaves
Obrigando as mãos ao papel e caneta sem lugar.
A insaciável vontade de escrever e dividir
Passar ao mundo um nobre sentimento
Um passear pelos sentidos do amor
Um jornal de sonhos e desejos
De um âncora da então poesia
Que pode tocar ao longe
Assim como sentir em sua alma
Pois é da alma e do coração
Que nasce o dom da poesia
Entregue a aqueles chamados,
Poetas.
José Henrique
Cada Sentimento é Uma Prisão, Cada Pensamento Uma Definição De Personalidade, a Diferença e a Igualdade Entre Ambos, é Que Se Unificam
Em Mudanças Constantes, Para Que Não Haja Uma Perfeição De Caráter, Entre Aqueles Que Trilham Por Caminhos Que Nunca Foram Os Seus.
Sabe porque é difícil de lutar contra políticos corruptos? Porque sempre tem um povo e uma justiça corrompida para defendê-los.
LEIA-ME...
MUDEI MUITO DESDE A ULTIMA VEZ,
DÊ UMA OLHADA PARA MIM
ME PERDI NOS LIVROS QUE LI
NOS CAMINHOS ESCREVI O QUE VI
DE UMA OLHADA PRA MIM
NÃO VERÁS MAIS DE ONDE VIM
APENAS UMA ENVELHECIDA ESSÊNCIA
EM UMA JUVENTUDE AMADURECIDA
MUDEI MUITO NA CAPA E NAS FOLHAS ESCRITAS
NADA APAGUEI NADA PERDI
NÃO TENHO ILUSTRAÇÕES,MAIS LENDO ME VERÁS,
ENTENDERÁS QUE MINHA VIDA TEM HISTÓRIA
DE UMA OLHADA EM MIM
LEIA-ME E ENCONTRARÁS O SEU MELHOR CAMINHO,
ENTENDA-ME E APRENDERÁS UM POUCO MAIS DE SI,
DEIXE-ME SEMPRE A MÃO,
BEM PRÓXIMO DE SEUS OLHOS,
NUNCA DEIXE-ME FECHAR,
NUNCA ME INTERPRETE OU FAÇA ARTE DE MIM.
SEM JULGAMENTOS,
APENAS LEIA-ME.
José Henrique
As vezes parece óbvio que existe uma grande manipulação das sociedades como um feitiço que não pode ser visto,vivemos é morremos nesse feitiço.
Chega uma hora que você já nem liga mais pra nada, brigas, cobranças, tristeza
Chega uma hora em que você somente aprende a sorrir e caminhar
Quando aprender a não ligar, aí sim vai poder aprender a ser feliz
Um dos mais terríveis enganos do inimigo é levar uma pessoa a fazer tudo, exceto manter comunhão com Jesus.