Somos Passaros de uma Asamario Quintana
O limite tem uma natureza cruel e bipolar pelo fato dele ser tão necessário e precavido quanto equivocado e mesquinho.
As palavras podem ser um instrumento de rompimento quando numa união uma das partes prefere apenas falar enquanto a outra opta por se expressar. Ou quando uma prefere não ouvir enquanto a outra aposta na comunicação. E também no caso de uma parte não saber calar enquanto a outra dialoga no plano do silêncio.
Pior do que perder a memória política é perder córnea intelectual, uma vez que a falta desta incapacita o indivíduo no exercício da visão de futuro.
Passamos a ter uma melhor qualidade de vida emocional quando deixamos de viver encantados com tudo e nos propomos a viver conscientes do todo, a partir daí já estamos prontos para vivermos com uma generosa boa dose de encantamento.
Inventaram uma felicidade padrão, aquela que é exibida como a cabeça de uma caça, e não perceberam que a felicidade real se mantém com a sua cabeça num corpo, também como um animal que, ainda vivo e livre, não está preso a nenhuma armadilha, corre pela floresta em grupo ou sozinho, com sua fêmea ou com o seu macho, com a sua cria por perto ou já independente correndo por outros caminhos, mas que exercita a liberdade de correr pelas matas sem precisar explicar o que faz nela, que deixa a marca dos seus passos, mas não o registro da sua presença, muito menos se permite ser trofeu social.
Se uma pessoa se ofende quando alguém faz uma crítica genérica, logo sequer cita o seu nome, significa que a sua consciência está puxando-lhe as orelhas.
O passado deve ser visto como uma advertência para que no presente haja gerência e como consequência um futuro de excelência.
Protestar é diferente de anarquizar. Porém uma sociedade moderna, que mantém uma alma primitiva não sabe diferenciar uma coisa da outra. Para protestar deve haver um mínimo de conhecimento e coerência, como a maioria não desenvolveu essas habilidades, quando pressionados, recorrem ao vandalismo
A construção de um mundo sem preconceito começa na educação base de uma criança. Podemos não chegar a viver nele, mas não estamos impedidos de colocar um tijolinho nesta edificação que poderá abrigar as futuras gerações num ambiente com mais respeito. Não somos obrigados a concordar e a aderir as novas nuances sociais, mas nos cabe evitar que o irreversível se torne objeto de guerra.
Uma criança adotada pode não sair de uma barriga conhecida, mas entra de coração na vida de desconhecidos.
A comida está, cada vez mais, virando uma obra de arte e como tal cara, logo acessível a poucos, consequentemente, como toda arte, comer vai acabar sendo uma espécie de laser de apreciação eventual para todos aqueles que precisam trabalhar para pagar as suas contas já que o "laser" não pode ser prioridade em suas vidas. Para os miseráveis, entre eles os que não têm qualquer renda regular, apreciar a arte em ambientes fechados continuará sendo uma utopia.
O lar ideal para uma criança se desenvolver é aquele onde haja amor, dedicação e respeito. É aquele onde os seus provedores e responsáveis se preocupam em formar seus pequenos em cidadãos de bem cujo os valores sejam aplicados em favor de uma sociedade mais harmoniosa. Discriminar já é caminhar na contramão deste propósito.
Ter opinião uma sobre os assuntos que movem uma sociedade ajuda, não só, a exercitar o intelecto e aprimorar o vocabulário, mas também a contribuir com ideias que podem se espalhar para ajudar na construção de uma melhor maneira de se viver em grupo, além, claro, de tirar as pessoas do patamar confortável de observadoras e usufruidoras dos resultado do trabalho e da exposição dos que se dedicam a viver atentos ao que acontece ao seu redor ao invés de, pautados nas opiniões diferentes das suas, restringir as relações por puro preconceito de ideias ou até mesmo por inveja devido às suas próprias limitações comparadas as atitudes dos demais que se mantém no exercício do pensamento.
É muito cômodo adotar uma postura, quase divina e rotulada de evolução, mas que de pureza e boa intenção muitas vezes não tem nada, para poder justificar a omissão que a muitos adorna, quando não a ignorância, porém garanto, ambas têm cura, basta querer.
Assim caminha a humanidade
Com passos de formiga
E sem vontade.
(Lulu Santos)
Considerando que todo ser humano tem uma alma, penso que algumas feministas são dotadas de almas de homens das cavernas como se no mundo não bastassem os trogloditas machos do segundo milênio.
O Ano Novo é como uma criança que começa a caminhar e carrega consigo um mundo de expectativas e descobertas. Que 2017 traga muita saúde para os pequenos de todo o mundo para que as suas descobertas e expectativas sejam um reflexo da tranquilidade dos seus pais em vê-los crescer com muita proteção num mundo de Amor e Paz.
Que a nova recontagem do Tempo, denominada ano 2017, seja para todos nós uma fatia positiva de um período onde tenhamos muita saúde para darmos conta, com disposição, das atribuições que nos cabe nesta nova temporada. Que tenhamos sabedoria para que os nossos passos e as nossas decisões estejam mais próximas dos acertos que se fazem necessários para que o processo de evolução e busca das realizações sejam os nossos maiores incentivadores pela permanência da esperança a fim de que possamos alcançar com êxito o resultado final do nosso empenho nesta diligência rumo às nossas satisfações. Que consigamos entender que a paz não se pede, se constrói, que o amor não se deseja, se espalha e que ele, o AMOR, só consegue efetivamente se propagar, atendendo ao seu objetivo maior, quando é verdadeiramente puro, genuíno e totalmente desassociado da vaidade, do egoísmo, dos interesses pessoais, do marketing, da hipocrisia, da recompensa e da doutrinação logo pratiquemos menos "ele", o AMOR, com o discurso de que só assim seremos recompensados pelo poder divino, e o pratiquemos mais, preferencialmente, com sinceridade, coerência e boa vontade sentimentos que verdadeiramente resultam numa contribuição poderosa que emana boas energias em direção ao cosmo. Que a sua prática seja mais pelo coração e menos pela razão ou pelo convencimento religioso da importância do ato de amar. Que sejamos capazes de nos desprendermos do peso das imagens que registram a benevolência que supostamente avalizam o amor que doamos, bem como a nossa fé através dos cultos e doutrinações sob a demanda das nossas crenças, especialmente como forma de demarcarmos posição social no segmento da devoção. E por fim que tenhamos a mais absoluta certeza que o Tempo, apesar de já ter sido recontado por milênios, infinitas vezes, Ele é único e é o mesmo que se faz presente no passado e no futuro, mas é no agora que "Ele" verdadeiramente tem o poder de transformar e fazer acontecer para o todo sempre com base no ontem e no amanhã, principalmente quando utilizado sem truques emocionais, sem agregar carências e fraquezas que fazem subir o IBOPE na piedade alheia e sem cenários artificiais que possam melhorar a nossa imagem real aos olhos dos outros ou qualificar o nosso reflexo no espelho da nossa existência, porque Ele, o TEMPO, é mágico e sábio demais para ser enganado, vide a diferença da qualidade de vida individual sob o azul.