Somos o que a Sociedade quer que Sejamos
Somos recortes psicosociais muito diversos e vivemos em uma sociedade egoísta, alienante e exploratória que potencializa a indiferença e deixa de lado o afeto e a empatia.
Todos somos milionários... por dentro.
Todos somos prósperos e muito valiosos,
Mas não percebemos.
Todos somos felizes e geniais
Mas não percebemos.
E por trás das diversas camadas de ilusões,
Graças ao engano dos sentidos,
A verdade é que somos sábios e livres.
No entanto, embora os dias, os anos,
as vidas e os milênios passem,
Nós não percebemos...
Somos infelizes por ingratidão,
Com a vida, com as coisas e com as pessoas.
Estamos infelizes por ressentimento,
Estamos infelizes por arrogância e desdém,
E acima de tudo, estamos muito infelizes
Por egoísmo.
Você vai entender que somos complexos demais para alguém tentar generalizar a existência humana e que todos devemos questionar as verdades que nos ensinam e a desconstruir nossos próprios preconceitos.
Mas o pensamento coletivo é geralmente de curta duração. Nós somos volúveis, seres estúpidos com memória fraca e um grande talento para a autodestruição.
Nós, mulheres negras, somos a vanguarda do movimento feminista nesse país; nós, povo negro, somos a vanguarda das lutas sociais deste país porque somos os que sempre ficaram para trás, aquelas e aqueles para os quais nunca houve um projeto real e efetivo de integração social.
”Nossa vida é baseada em narrativas e muitas delas somos obrigados a aceitar.
Mas o grande ponto, e que muitos não enxergam, é que nós temos o controle da narrativa mais importante que é construir a nossa, ou seja, sair da imposta pela sociedade.”
Somos livres de fazer e dizer o que individualmente queremos, sempre que esta liberdade e ação não prejudiquem ao próximo.
– Não vai querer ouvir isso de mim: temos que amar quem somos. (...) Estou num grupo virtual, chamado “Garotas são perfeitas e não há nada de errado com elas e quem disser o contrário está com medo de seu poder!” (...) Somos ótimas.
– Há algo assim para garotos na puberdade?
– Sim, chamamos de sociedade, seu branquelo privilegiado (...).
Somos seres livres. Mas até que ponto vai a nossa liberdade? Quais as opções de liberdade que a sociedade que criamos nos dá? Somos livres dentro de um conjunto de direitos e deveres, atribuições estas inerentes aos indivíduos de uma sociedade.
Não somos um povo sem oportunidades. Somos apenas um país que não crias as oportunidades para o seu povo aproveitar.
Sou muito pouco enquanto sou eu e bem fraco enquanto é só meu mas somos infinitamente gigantescos, indeterminado e muito, quando somos todos juntos e parte indivisível de nós.
Lição
Ensinaram-lhe na missão,
Quando era pequenino:
“Somos todos filhos de Deus; cada Homem
é irmão doutro Homem!”
Disseram-lhe isto na missão,
quando era pequenino.
Naturalmente,
ele não ficou sempre menino:
cresceu, aprendeu a contar e a ler
e começou a conhecer
melhor essa mulher vendida
̶ que é a vida
de todos os desgraçados.
E então, uma vez, inocentemente,
olhou para um Homem e disse “Irmão…”
Mas o Homem pálido fulminou-o duramente
com seus olhos cheios de ódio
e respondeu-lhe: “Negro”.
Queremos transformar o mundo e somos incapazes de nos transformar a nós próprios. Queremos ser livres, fazemos a nossa vontade, e a todo o momento arranjamos desculpas para reprimir os nossos desejos.