Sombrio
E quando o vazio gritar a fome
E a solidão que te consome
devorar o meu nome
Vazio
Sombrio
Vasto
Frio
Solidão
Tudo grita no vazio
do teu coração vadio
Tudo grita no vadio
do teu coração vazio
O verbete "Negro", pelo dicionário, é sinônimo de "sombrio, triste, tenebroso, amargo, nefando", etc. Se sua cabeça associa tudo isso a um ser humano, então o problema está em você, e não no dicionário!
Olhar sombrio de quem ja sofreu tanto,buscando um outro olhar que diz''eu te entendo'',estamos juntos e vamos até o fim juntos...
Ela foi levada num dia sombrio,
com seu rosto magro, abatido,
olhos fechados, pele enrugada,
da vida triste acabaram os castigos
Acabaram tristezas, lágrimas mil,
adeus à pobreza e torturas,
nada deixara para ser chamado de seu
apenas uma bíblia de capa escura
Só conseguia viver em oração,
lendo e meditando chorosa,
levou seu segredo para o caixão
e sobre ele apenas uma rosa
Surdina (em Alma Inquieta)
No ar sossegado um sino canta,
Um sino canta no ar sombrio...
Pálida, Vénus se levanta...
Que frio!
Um sino canta. O campanário
Longe, entre névoas, aparece...
Sino, que cantas solitário,
Que quer dizer a tua prece?
Que frio! embuçam-se as colinas;
Chora, correndo, a água do rio;
E o céu se cobre de neblinas...
Que frio!
Ninguém... A estrada, ampla e silente,
Sem caminhantes, adormece...
Sino, que cantas docemente,
Que quer dizer a tua prece?
Que medo pânico me aperta
O coração triste e vazio!
Que esperas mais, alma deserta?
Que frio!
Já tanto amei! já sofri tanto!
Olhos, por que inda estais molhados?
Por que é que choro, a ouvir-te o canto,
Sino que dobras a finados?
Trevas, caí! que o dia é morto!
Morre também, sonho erradio!
- A morte é o último conforto...
Que frio!
Pobres amores, sem destino,
Soltos ao vento, e dizimados!
Inda voz choro... E, como um sino,
Meu coração dobra a finados.
E com que mágoa o sino canta
No ar sossegado, no ar sombrio!
- Pálida, Vénus se levanta...
Que frio!
Sombrio minha alma percorre Rondando por todos os temores Acariciando meu ego ferido Tornando-se ate meu amigo Busco nas cores da tinta O tom que me floreça Ate que toda essa tristeza desapareça
VITRAL, CERRADO (soneto)
O cerrado é tal um vitral multicor
Se olharmos do horizonte é sombrio
Se aproximarmos é denso e luzidio
Seivoso nas partes e cheio de fulgor
E, é assim no seu sagrado feitio
Ornado de diversidade, senhor
Desigual, mas nos causa ardor
Verão pluvioso inverno seco e frio
Cerrado, igual vitral, encanto maior
Vento ao vento orquestrando assobio
Súbito, misterioso, da flora mediador
Regulai os olhos, ao olhá-lo vadio
De repente é tudo aos olhos, sedutor
E ao encanto, presságio e arrepio
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Há alguma sabedoria naquele que, com um olhar sombrio, considera este mundo como uma espécie de inferno.
O céu fechado e sombrio do meu pensamento, um oceano de imaginações fora do tempo. A noite grita em seu silêncio, minha alma sai cantarolando e me jura que não aprontará nenhuma, apenas dançará com a lua. Meu coração todo empolgado, logo diz espere, também quero ir, adoro o brilho das estrelas e a exuberância da lua . Minha alma lhe diz sinto muito coração, mais e impossível você é carne pertence a terra úmida eu sou luz e razão. Sou parte desta natureza, deste mundo que te encanta, deste cheiro de orvalho. Sabe coração esses anos todos que estive com tigo; você nunca me deu ouvidos só marca bobeira ainda te digo mais uma hora dessas saio e não volto. Porém não se preocupe hoje só vou dançar com a lua . Boa noite.
Eu tenho um lado sombrio
E tenho um lado iluminado
Tenho um lado tranquilo
E o outro estressado
Tenho um lado que é sorriso
E o outro mau humorado
Tenho uma lado sociável
E outro lado isolado
Tenho um lado bondoso
E outro lado perigoso
e cada um tem de mim
o lado que foi cativado
Quando tudo parecer escuro ou nebuloso, acenda sua Luz Interior e mesmo no mais sombrio dia, ainda haverá beleza!