Sombras
"Não percas a tua fé entre as sombras do mundo, ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá!"
Anjo da noite beleza noturna
Cheia de sombras em tua alma
Com o olhar obscuro
Desvendando minha alma e lendo meu espírito
És a beleza que encanta a todas as criaturas
Livra-me do que me tornei
Salva-me da cultura falsa que nos coloca
És rosa negra com perfume da própria morte
És liberdade dos grilhões
Tens o sangue que sacia a minha sede
Pois sou como um leão faminto
E petrificado por dentro
No brilho das estrelas
encontrei a fantasia
de um sonho sem fim.
Por entre máscaras e sombras
quase desesperadamente perdido
você, eu senti.
Sombras da rejeição...
Medo...
Que medo é esse que,
encontrando o coração aberto,
adentrou e ali construiu o seu reinado?
Que medo é esse que,
temendo o exílio,
formou logo o seu exército?
Medos, medos, medos...
Nada mais que projeções
do medo amedrontado:
medo da rejeição
Amor...
Que sentimento é esse que,
encontrando o coração aberto,
adentrou e se fez servo?
Que sentimento é esse que,
entendendo a fragilidade do medo,
muito amou e aceitou e,
do coração, o medo exilou?
Medos, medos, medos...
Vidas despejadas
nos ralos do tempo
E nós, indiferentes,
não vemos que os medos
são sombras da rejeição,
facilmente, dissipadas
pelo Amor e a Aceitação
Sabemos que existem sombras para as sombras das coisas, como um reflexo visto no espelho de um espelho. Sabemos que existem círculos dentro de círculos e dimensões além de dimensões. A própria realidade é um sombra, somente uma aparência aceita por aqueles cujos olhos evitam oque está além.
Não raro, os que se encontram nas sombras da provação não mais precisam de nossas dádivas, nem de nossas meras palavras; esperam tão somente por nosso coração com a ansiedade e o enternecimento de quem aguarda uma luz.
Quando te sentires entre sombras, quando teus pensamentos e sentimentos estiverem nublados e sombrios, isto será indicio, mais do que claro, que não estás vivendo a Verdade, que não estás centrado(a) na Verdadeira Luz que trazes em ti e que dissipa, em um segundo, qualquer sombra de dúvida, tristeza. medo ou indecisão.
São sempre assim os pais: quando as esperanças se projetam sobre um filho, o resto são sombras mal reparadas. Que vivam, e Deus os abençoe! Amém.
Eu andava distraída, impaciente, e com poucos amigos. Eu estive dançando no vale das sombras, eu quase nunca sorria, eu nunca me divertia de verdade, me contentava com aquelas alegrias momentâneas, aquelas que nunca eram reais, aquelas no estilo Cinderela o encanto sempre acabava a meia noite. Mas uma manhã dessas eu acordei e vi meus olhos no espelho, eu estava tão bela ali sem toda aquela maquiagem, eu estava tão pura. Sorri. Me amei naquele momento, e aprendi não posso mais viver sem mim. Não quero aquela que eu fingia ser, quero ser apenas eu mesma.
A loucura e as sombras – que sempre me espreitaram – parecem insatisfeitas, pois não as convido mais para o café.
Bruxas como eu, não assombram com sombras, com dores...Se não for para iluminar com minha luz,com minha alegria de viver, com sorriso no rosto...Então prefiro me recolher, me refazer, para depois voltar a ser Sol, a ser estrela, a ser flor!!!
Poema:
CAMPO DE TRIGO DE VAN GOGH (tela de 1890)
Cuervos ferinos, mímicos ferinos,
sombras de la genialidad,
murmullo de ríos subterráneos,
canal de las aguas del inconsciente,
campo de trigo con negros cuervos
moliendo las tenebrosas horas.
El viento susurra entre los oídos y la tela
- casi un ulular de muerte.
do livro de Isabel Furini: "Os Corvos de Van Gogh"
de todas luzes
&
sombras
que carrego
- não nego -
as que
mais
me colorem
são as
suas
de todas as
luas
que piso
a única que
me
flutua
é a que
sonda seu universo
de todos os versos
que
eu poderia criar
os que levam
seu nome
é que
rimam
mais forte
sorte
é ser
seu
sem deixar
de ser
meu
tudo que é teu
é
livre
e lindo
tudo que é teu
voa
e
deixa saudades
grita
e faz
silêncio
ama
e
marca
a
pele
[ama]
e
marca
a
pele
ama e marca a
[pele]
**
ENTRE SOMBRAS (soneto)
Ao pé de mim vem o entardecer sentar
No cerrado, a noite desce, sombreando
Vem ter comigo hora pensativa, infando
Em uma visão das saudades a lamentar
Pousa tua mão áspera em mim, causando
Nostalgias no coração dolorido a chorar
São suspiros vaporosos ecoados pelo ar
Tão tristes, ermos, do vazio multiplicando
Na noite há um silêncio profundo a orar
Exalando a secura da dor impactando
No peito, que põe os olhos a lacrimejar
Eu a escuto imóvel, apático, sem mando
No vago da solidão, e me ponho a urrar
Às estrelas, que no céu voam em bando
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Leveza do SER...
Véus se rompem...
Gélidas noites descortinadas
Pelas sombras de um viver errante,
Perdido, sem sentido
Estou só? Não!
Vozes distantes... Cortantes
Ecos de minha consciência
Revelam-se algozes de mim mesma
Estou só? Não!
Ausente... Inconsciente
Lacunas abertas em átimos marcados,
Vazados nas arestas do tempo
Tempo... Que tempo?
Ah! Aurora... Dissolvo as sombras,
Apago o tempo em tempo
Recomeço AGORA viver
A leveza do SER!
Gente em turbilhão
As luzes adormecem.
Finda a noite…
Mas as sombras permanecem.
Comecei a ter medo nesse dia.
Uma noite que jamais se fazia dia.
Por que o sol não mais aquecia?
Ninguém me falou que a dor não diminuiria.
Trevas, solidão.
Gente em turbilhão.
Só… meu coração.
Nas sombras da noite calma,
um sussurro de esperança,
cada lágrima é uma palma,
batendo forte na dança.
A vida é feita de ciclos,
em cada dor, um novo passo,
como flores em seus vínculos,
renascendo no espaço.
E quando o sol se erguer,
abrindo os braços pro dia,
saberemos renascer,
com coragem e alegria.