Sombras
"A árvore da vida",
ela da frutos, da sombras, da beleza,
a mesma árvore que da vida, alimenta e fertiliza o solo,
ela trabalha ocultamente em sociedade para manter firmes e saudáveis uma floresta enriquecendo e preservando a natureza.
Sem sombras de dúvidas se Cristo surgisse em nosso tempo, seria crucificado de novo, só que agora por um decreto.
Enigma
As sombras alinham
as formas da montanha
O dia se esconde da escuridão,
que domina
o horizonte no céu.
Pontos de luzes
se incandeiam ao longe.
Longas distâncias,
que trazem um pouco de luz.
Instantes de claridade
que teimam a surgir ,
mas o breu ė avassalador,
toma conta da paisagem:
das árvores, dos campos e das flores, tudo adormece.
Somente os rios continuam a respirar, sempre em movimento,
Sem se importar que o negro da noite que ofusca o seu percurso,
as suas margens.
Corre, corre, enfrenta qualquer obstáculos, transpõe pedras e tudo que se atravessam a sua frente.
Potente, majestoso, lutador...
Todas as vidas que dependem dessa viagem sobrevivem
e glorificam o crepúsculo,
por toda essa magia.
Somente a lua e as estrelas são cúmplices desse silêncio restaurador de vidas, que habitam na imensidão desse vazio.
Quando o crepúsculo aponta
No horizonte, sombras envolvem as coisas, o ser, a alma.
Entramos no abismo de nós
mesmos
Pensamento do abismo, surgido do fundo de mim mesmo!
Um labirinto com vários caminhos surge, como uma angústia,
Que nos puxa para o silêncio
Dos sentimentos, dos pensamentos, do existir?
Questões? Que nos corroem,
Que dilaceram nosso coração.
Confundem nossos sonhos, nossas vontades, nossa realidade?
De repente a lua aparece majestosa, única.
E tudo se esvae rio abaixo.
Só a paz e o silêncio que envolve a noite fica.
Que doces são os sons do silêncio.
Aquece, enriquece a alma.
As palavras? Para quê?
O silêncio não precisa de palavras, ele por si se basta.
Tem coisas que não são
Explicáveis, só sente-se.
Somente isso, ponto.
Teatro de sombras
Tarde angustiante
Vento sorrateiro,
Quarto fechado
Espelhos iluminados.
Frio.
Vestiu-se com apuro.
Preto e prata.
Amoras colorindo a boca.
Amores secretos.
Silêncio
Brincos aprumados,
Nos dedos anéis engessados.
Gritos no estômago,
Alarde de afetos famintos.
Palavras alteradas,
Olhares esvaídos
Pulseiras.
Encanto nos aros,
Apegos secretos aprisionando o calo.
No pulso
Compasso
O sufoco de um bandorion afogado.
Passos acre.
A calúnia dos dias.
Edificação de inverdades
Aperfeiçoamento embebedado de ternura.
Marcha e ditado.
Guerra.
Mortos.
Feridos.
Fuga
Escoamento.
No luto,
A rua,
O mundo,
A diversidade,
O conceito,
A lâmina da integridade.
Palco.
Episódio
Enfeitado de sombras.
Marionetes e palavras.
Malabaristas equilibrando sonhos.
Frases perfumadas com cardamomo.
Formato e bastidores.
Escrita
Lacrimejado em letras
Literatura,
Teatro do amar
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Em lampejos me recordo
sombras de noites viradas
um sorriso acalorado
colhendo sinceras risadas.
Contra a maré de paradigmas
um encontro breve e intenso
depois de um relativo tempo
me sinto um tanto ainda tenso.
Ela abordava alguns assuntos,
mas eu ainda não entendia...
Com certeza um outro mundo
e hoje vejo o que eu perdia.
Infeliz de ter encontrado
justamente naquele tempo
com meu ser despedaçado
tempos difíceis, lamento.
Mas eu realmente agradeço
eu carecia dessa amarga dor
a consciência me acompanha
lhe pintarei com muita cor!
LIVRO DE SEGREDOS
Vilma Oliveira
Esse livro é de sombras e claridade
Fala do riso, da dor e de toda emoção,
Fala da lágrima, do amor e da saudade,
Da luz eterna a iluminar a escuridão!
Esse livro é de ilusão e desventura
Fala de sonhos, de cor e eternidade,
Fala da vida, da morte e da amargura,
Da flor das horas a verter piedade!
Fala de mim a buscar-te na primavera,
Fala do tempo e dessa longa espera,
A qual tenho que vivê-la inutilmente;
Fala de ti a surgir além do cansaço,
Dos beijos que não dei e dos abraços,
Que não tivemos consequentemente!
A noite absorta em súbita alegria
Jóvem e audáz criatura da era
Negreada de sombras animada se via
Naquele folguedo cavava crateras
Em todos planetas e jogava pra cima
Espaços empoeirados sem proporções
Lufadas passavam estavam no clima
Poeira empolgada se fez constelações.
Custei acreditar
Que aquele amor
Um dia se acabaria
Por vales e sombras
Caminhamos juntos
Mas quis o destino que nossos corpos
se afastassem
Você navegou nas lágrimas de meus prantos
Naufragou em minhas tempestades melancólicas
Remou contra os gritos de amor
E no final o seu barco de despedida bateu contra o meu coração de gelo
Se afogou nas minhas súplicas de desespero.
Muito mais do que mudar, o karma fala em olhar para as nossas sombras , aprender a acolher o que nós somos, o que nós vivemos.
Noite que se envolve em sombras
deixando apenas nesgas de luar
escondes do tempo um pergaminho
onde há estrelas a brilhar
Coloque em meus olhos a luz
para ver todos os caminhos
onde cintilam tristes olhos
que já não encontram algum carinho
Que neles eu veja um pouco de alegria
em sutis lampejos de felicidade
e que me vejam, que me beijem,
nos toques de retinas em saudade
no amor que vivemos transluz o bem querer.
dentro da caverna só conhecemos as sombras da ilusão,
mesmo amamos com devoção,
tendo assim as correntes mais presas
iluminamos nossas mentes com iluminismo...
abrangemos a solidão como desejo no deslumbre de sonho...
esse sonho afrouxa as correntes então vemos uma saída...
talvez tarde demais do que queremos diante do que resta de nossas vidas...
mesmo assim atravessamos o desejo de apenas viver.
"Ninguém chega à Luz
sem antes passar pelo
caminho das sombras"
[...]
Sensação gélida de medo:
limita a capacidade moral,
amarga a bebida da fé,
adormece o sonho colossal
Ponto falho e sem sentido
é ver esse sonho arruinar;
quando há oportunidades,
lute para ele se concretizar
Lute, mas não lute contra a dor!
Essa dor, por vezes, insuportável,
é amiga do processo de evolução;
é dor com a qual se deve conviver,
para compreender sua imperfeição
Deixo aqui uma atitude sábia:
"o exercício de negar a negação"
Permitir-se é o segredo
que nos veste de saber;
armadura que protege,
que nos faz sobreviver
Ir defronte aos seus infernos,
e enfrentar os seus demônios,
reconhecendo suas frustrações
E se for combater algum vilão,
mire quem vende a perfeição,
fórmula utópica dos charlatões
[...]
O outro lado do muro
tem o cheiro da infância;
tudo é mais saboroso,
tem respeito e importância
Não é com sorte que se chega lá,
tampouco aguardar pelo socorro;
na verdade, há um Vale de lições,
experiências que ferem corações
Todos nós chegamos lá,
por vezes atravessamos
para o lado acalentador
Todo dia o portal se abre
para que possamos viver
a doce sensação de amor
[...]
"Um dia, um Grande Sábio desceu
à morada infernal para poder,
então, ascender de vez aos Céus"
Aquele era o tempo em que as sombras se abriam
Em que homens negavam oque outros erguiam
E eu bebia da vida em goles pequenos
Tropeçava no riso, abraçava de menos
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala
Nem a falha no muro
Quero sentir as sombras do vazio
Neste silêncio longo e frio
Quero viver delírios do passado
Como um cisne negro e mal amado
Nas sombras que me tortura sob a luz que me abandonou...
No exato momento do desfecho a dor transmite serenidade do prazer...
No caso que esperar os atos omissos de um mundo doente por conta da manipulação...
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