Sombras
Há sombras, "há nuvens desenhadas que nada dizem, se calam, e, a jovem garota expressa dor em sua fala.".
### A ESTRADA NÃO TRILHADA II ###
Em noites de silêncio, onde as sombras dançam,
Penso nas trilhas que a vida não me fez passar.
Decisões guardadas, sonhos como pássaros engaiolados,
Há uma caixa de Pandora dentro de mim, em silêncio...
Os risos que não ecoaram pelas colinas,
Amores que se desfizeram antes mesmo de florescer,
O tempo perdido, entre incertezas e convicções,
Cada escolha que hesitei, me trouxe até aqui...
Se a vida tivesse outro percurso, outros ventos,
Será que encontraria mais paz, mais serenidade?
Ou seria um espectador de uma outra existência,
Ainda buscando o verdadeiro sentido do ser?
As sombras das vidas não vividas me perseguem,
Ecos de um passado jamais realizado, sussurrando.
Mas no destino que escolhi, encontro pedaços de paz,
Aceito as imperfeições que me moldaram, com gratidão...
A vida, com suas incertezas e suas belezas,
Não pode ser domada, moldada ao nosso querer,
Mas pode ser apreciada em sua essência plena,
Encontrando beleza em cada dia, em cada amanhecer...
A aceitação do agora, com suas alegrias e dores,
Permite que eu viva plenamente meu mundo interior.
O futuro é uma página branca, pronta para ser escrita,
E cabe a mim preenchê-la com experiências e amor...
As vidas não vividas são mistérios guardados,
Mas a vida que escolhi é profunda, verdadeira.
E em cada segundo que passa, encontro razões
Para seguir adiante, buscando o sublime no mundano...
--- Risomar Silva ---
Ainda Estou Aqui
Nas sombras da vida, uma história a brilhar,
Um grito de esperança, um desejo de amar.
Entre memórias e sonhos, a luta é real,
Um eco de vozes que clamam por um sinal.
Caminhando entre mundos, a dor e a alegria,
Um coração que resiste, que busca a harmonia.
As lembranças se entrelaçam, como fios de um destino,
Na dança da vida, um amor tão divino.
Ainda estou aqui, mesmo quando o sol se esconde,
Em cada lágrima, uma força que responde.
A jornada é incerta, mas a luz nunca se apaga,
Na busca por sentido, a alma se entrega.
E ao final do caminho, quando tudo parece em vão,
Descobrimos que viver é a mais bela canção.
Entre risos e lágrimas, a vida se revela,
Ainda estou aqui, e minha história é eterna.
Noite que se envolve em sombras
deixando apenas nesgas de luar
escondes do tempo um pergaminho
onde há estrelas a brilhar
Coloque em meus olhos a luz
para ver todos os caminhos
onde cintilam tristes olhos
que já não encontram algum carinho
Que neles eu veja um pouco de alegria
em sutis lampejos de felicidade
e que me vejam, que me beijem,
nos toques de retinas em saudade
no amor que vivemos transluz o bem querer.
dentro da caverna só conhecemos as sombras da ilusão,
mesmo amamos com devoção,
tendo assim as correntes mais presas
iluminamos nossas mentes com iluminismo...
abrangemos a solidão como desejo no deslumbre de sonho...
esse sonho afrouxa as correntes então vemos uma saída...
talvez tarde demais do que queremos diante do que resta de nossas vidas...
mesmo assim atravessamos o desejo de apenas viver.
Você reclama de teu caos
mas ele é tão caótico
quanto a vida no brilho
e nas sombras do universo.
Que é um dos caos
mais bonitos de se olhar.
Ainda vejo-te, através das sombras das lembranças que ficaram. Ainda lembro-me do cheiro da sua doce pele, da maciez dos seus cabelos. Você está longe, mas deixou que seu coração e sua alma ficasse para sempre comigo, aqui, em mim. Pedaço perdido de mim.
Flávia Abib
Sobre Luz e Sombras
"Altruísta, a luz prefere a sutileza de iluminar constantemente o ambiente todo, ao glamour de ser por alguns momentos um foco inconstante que pode ser apagado ou desligado a qualquer momento."
Kate Salomão
Sobre Luz e Sombras
"A luz não julga e ilumina a todos, o tempo todo, seu único desejo é que um dia todos possamos se enxergar e se iluminar."
Kate Salomão
Sobre Luz e Sombras
"Ser luz é não ofuscar a visão do outro a ponto de cegá-lo; é usar a gentileza e iluminar o caminho para que não se tropece e isso
sem esperar nada em troca."
Kate Salomão
ENTREGA
Aos antigos deuses que espreitam das sombras do mundo ofereço uma prece embebida em lágrimas
O veio de beligerante graça que me nutriu se desfaz em vontades viscerais e ávidas
Vejo empaliceder ao longe, na curva sublime do horizonte esquecido, tudo que busquei no decorrer das eras, consagrado pela abóboda celeste
O peso do inframundo já não repousa em meus ombros, sigo ao desfiladeiro da mortandade e removo minha veste
O brilho do fruto proibido reluzia ao alcance da minha mão
Era furor em beleza íngreme, êxtase em ofegos efêmeros, o ápice da união
O sumo adocidado escorria pelos meus lábios e a vida nunca fora tão absoluta
Perdi o prumo, o rumo, o chão e encontrei lascas de infinidade em segundos suarentos com um toque de cicuta
Que Ártemis zele pelos desafortunados que rejeitam o pesado cálice derramando gozo
Que Héstia ofereça lar aos perdidos e desarranjados que só encontram lábios secos e gargantas ásperas em seu mundo umbroso
Sob os olhos atentos de Urano pode verter leite e mel nas terras inóspitas de um mundo cujo brilho incendeia a alma
No seio de Gaia, unânime senhora, o ápice se eclipsa em vida e homens se erguem para tombar em esmagadora calma
As estrelas mostram a óbvia verdade que o coração que eu um dia possuira sentiu
Há uma infinidade de fios na grande tecelagem das Moiras mas quando dois deles se entrelaçam os céus ribombam em júbilo ou Hades gargalha em seu covil
Do abismo da racionalidade humana soprava o vento gélido da incerteza que a meus olhos já não veda
Abri meu peito e acolhi meu desejo enquanto me lançava naquela gloriosa queda.
Não te aflijas diante da noite carregada de sombras. Pensa no amanhecer quando os raios de sol virão iluminar o dia.
Lamium
É assim que se vive com um coração frio.
Como eu vivo: nas sombras, rastejando sobre pedras frias,
sob as grandes árvores de bordo.
O sol mal me toca.
Às vezes o avisto no início da primavera, nascendo bem ao longe.
Folhas nascem a recobri-lo, ocultando-o por completo. Posso senti-lo
reluzir por entre as folhas, errático,
como quem que bate na lateral de um copo com uma colher metálica.
Nem tudo o que é vivo requer
o mesmo nível de iluminação. Alguns de nós
produzimos nossa própria luz: uma folha dourada
como um caminho que ninguém pode trilhar, um raso
lago de prata na escuridão sob os grandes bordos.
Mas disso você já sabe.
Você e os outros que pensam
que vivem pela verdade, e por isso, amam
tudo o que é frio.
Apesar de todos meus passos,
Todas minhas Fotos e sombras
Armaduras e entregas
Sonhos e ruínas,
Ainda me sinto só.
Ainda sinto o vazio em mim.
Um transtorno de não saber quem sou.
Desconforto em não me achar.
Me busco em livros, poesias,
Ternos, gravatas, procissão.
Me busco em sarjeta, vielas,
Butecos de Vila.
Me reconheço em todos.
Me encontro em tudo.
Me arremeço em tudo.
Me torno tudo.
Porém após todos os atos;
Tiro a roupa que encontrei.
De novo estou Nu.
De novo Eu comigo mesmo.
De novo não sei quem sou.
De novo não aprendi o caminho.
Porém consegui voltar pra casa.
Para meu lar de mim mesmo.
Estou seguro aqui.
Apesar da indecisão, não feri ninguém,
Ao menos ao meu ver.
Mas se feri, que Deus e alheio me perdoe.
Mas no entanto ou tanto,
Continuo a me procurar.
A vestir e me despir do que encontro.
A me compor e me expor.
Num eterno caminhar.
Numa longa estrada de vestes.
Sóis, Ventos, Carmas, Dias
Amor, Berço, Abraço, Despedida.
Aprendendo em cada sorriso.
Em cada ranso de rancor.
Em cada tristeza de penhor.
Em cada canto de louvor.
Amanhã ao acordar, novas vestes a me esperar, a me fazer necessário respirar.
Há me fazer necessário me procurar.
Há me encontrar , e depois, a me procurar de novo.
- Relacionados
- Sombra
- Eu brinco com minha sombra
- Sai da Sombra
- Galhos