Sombras
Pintei anjos no teto do meu quarto
Corri de sombras com vida
Chorei de medo na noite
E os anjos haviam desaparecido.
Olhei as brechas de todas as portas
Guardei segredo de tudo que nada vi.
Pintei então, os anjos em cada espaço vazio.
Sentei calada e junto com eles desapareci.
Fiz sacrifícios por alegria
De qualquer modo me entristeci.
Desgosto ou saudade
Foi com eles que sobrevivi.
Pintei anjos no céu da minha vida
E agora os vejo partir.
Como tola continuarei sonhando
Um dia com eles, quem sabe eu possa ir.
Casa velha;
Cheira poeira, mofo.
As árvores te dão as sombras;
As sombras te descansa no calor.
O sol ilumina sua imagem.
Casa velha tu és!
Nas noites és sombria;
Ninguém se aproxima;
O medo domina.
Casa velha;
Quem te quer, quem te deixou?
Continua no mesmo lugar;
Casa velha;
Que te renovas?
Paredes rachadas,
Telhado quebrado;
Quarto escuro;
Sala sem luz...
Mas ainda seduz.
Houve alguém,
A quem te planejou,
Nunca esquece...
Teu coração padece.
Mas ainda há forças,
Continua em pé.
Sobrevive o frio do inverno sozinha,
Mas casa velha...
Não de seu tempo...
Mas, de um passado.
Seus olhos molhados.
Sabe...
Há alguém do outro lado...
Que ainda te quer.
Passaram-se os dias...
A luz retornou.
A alegria bate a porta...
A porta se cai,
És tu que anseia,
Que adentre alguém...
E viva contente...
Em seu interior.
Paulo Sérgio Krajewski.
31 de Março de 1998.
Não deixe que as sombras noturnas pousem sobre a sua cabeça. Elas possuem garras e presas, e poderão tentar matar você.
Trago versos de um mundo distante habitado por sombras somente, são reflexos distorcidos de momentos passados....
Deserto amor
Sob o sol que arde em minh´alma
Sob as sombras e ventos que acalma
Um calor que em fervor de amor se exala
Um deserto que o ódio se instala
Ventos fortes que causam até morte
Poucas águas quem tem, é de sorte
Onde perdes, sem sul e sem o norte
Galhos secos, transformam gravetos
Lenha farta sem querer queimar
Pois não tem o que se cozinhar
É deserto em todo lugar
É a falta de amor, pra se amar.
Conselho
Líderes imaginados disputam por sombras.
São nuvens se chocando a favor do mesmo vento.
As palavras aqui tem peso de ouro; antes de engano são verdades. O primeiro toque no outro.
Os interesses são astúcias e desafiam, mas não se sente queimar. Não se sente arder.
Tenha mais liberdade; tem outro amor aqui pra se experimentar.
Sinta. Estamos a favor do mesmo vento.
Não poderia ser diferente o desfecho da historia na qual as sombras, desde o seu inicio, vasculhavam a sua mente.
Sombras de um corpo inexistente.
Criações de uma racionalidade que temia aceitar que o coração era o seu general.
Comandado por seu instinto autoprotetivo, bloqueou a visita da doce brisa do mais singular dos sentimentos.
E, no fim, conclui-se que o amor até vem para todos, mas não brota em qualquer um.
As veredas da vida são como as sombras da noite.
Algumas vezes não vemos os buracos dos caminhos percorridos.
A maneira apropriada de encarar a luz é perceber os espaços que ela ilumina e as sombras que ela produz.
Você pode plantar uma árvore à beira do caminho, mas todos usufruirão de seus frutos e suas sombras.
Noite de melancolia
etéreas nuvens vestindo o infinito
um canto ecoa na imensidão
sombras indefinidas vagando pelo azul
um leve clarão de saudade
devagar a divagar a alma flutua
nos versos translúcidos de céu e mar.
Quando num preito, as corujas calarem seu pios, Quando os lobos cessarem seus uivos, e as sombras sumirem dos bosques...O príncipe dos magos descobrirá sua cabeça, deixando ao vento seus cabelos prateados, somando seu respeito aos elementos e aos elementais, numa reverência a lua, que envaidecida irá orgulhosamente mostrar tu e eu como um troféu, por ter-nos conseguido unir a despeito de todos os óbices...
odair flores
Alma dilacerada...
Nas sombras turvas
Como desejo expressa se,
Na fome de viver,
Alva sem destino
Solidão...
NÃO
Não desistas de mim
Para que eu possa enterrar
As sombras, os medos
Que tanto me atormentam
Não desistas de mim
Para que tente agarrar todos os sonhos
Que há tanto deixei de sonhar
Não desistas de mim, por favor
Preciso de retomar o vôo
Que deixei a meio
Porque sozinho
Tenho medo de não conseguir
Não desistas de mim
Tu sabes porque eu te amo.
Nos seus olhos vejo vida, flores e luz sem sombras
Custei acreditar no bem que me faz, no carinho que me traz e no conforto do seu colo.
" Sombras de alheios,
aviões de guerras
lutas pelas terras
uma confissão
o poder na batuta,
da capa do ancião
e o medo covarde
insano medo
atropela até o amor
sufrágios, latidos, cães
ávidos pelos potes de ouro
que abundam dos nossos tesouros
impostores,
seus amores são ridículos
aposto nas suas inércias, como matriz
de um novo amanhecer...
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