Sombras
O FIRMADO
Que vejam as sombras dos mistérios...
O meu corpo firme ao truncado,
À árvore do destino... Magistérios!
— Folhagem que poupara meu pecado...
Que vejam ondas espumadas... — O ateu,
Que se banha de fortuna, que falece,
Quê aos mares, resoluto, de apogeu,
Repousa o firmado indulto duma prece!
Crepúsculos d’ouro, à terra de fulgor...
Que vejam entre as montanhas o porvir
Dum incrédulo nefário de acalanto...
Que vejam novas graças de esplendor,
Duma face celeste e dum sorrir...
— A mesma cruz em que deliro e canto!
A noite que se encarregue da queda de seus impérios, pois nada foge a sombras, nem se omite aos olhos dos loucos...
Se cada um de nós estivesse atento nas próprias tarefas, não colheriam as sombras do fracasso. O mais intrincado problema do mundo, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem intrometer-se nas atividades alheias. Enquanto cogitamos de responsabilidades que competem aos outros, as nossas viverão esquecidas.
Em Um espelho qualquer,eu chego devagar porem com medo do que verei vejo as sombras e Luz da minha vida mas ao mesmo tempo vejo o que eu tento ser, Um Fantasma.
Quem sou eu além daquele que fui?
Perdido entre a florestas e sombras de ilusão
Guiado apenas pelo meu amor
Jogado aos chutes pelo ódio do opressor
Salvo apenas pelas mãos do meu Senhor
Reerguido, mais forte, redimido e
consagrado
Por justiça lutei
E o amor novamente busquei
Quem sou além daquele que quero ser?
Puro, sábio e de espírito em paz
Justo, mesmo que por um instante,
E corajoso o suficiente para dizer “tenho medo”
Mas quem sou eu além daquele que aqui está?
Sou vários, menos este.
O que aqui estava, jamais está
E jamais estará
Sou eu o que fui e cada vez mais o que quero ser
Mudo, caio, ergo, sumo, apareço, bato, apanho, odeio, amo…
Mas no momento seguinte será diferente
Posso estar no caminho da perfeição
Cheio de imperfeições
Sou o que você vê…
Ou o que quero mostrar.
Mas se olhar por mais de um segundo,
Verá vários “eus”,
Eu o que fui, eu o que sou e eu o que serei.
O que é a noite
A noite é um festival de sombras
que se erguem rumo a lua,
à imensidão das torres ,
onde o mal urra no jardim
semeante das flores
Vim colher vocês,
uma pessoa por vez ,
para colher e semear
as sementes do êstase crestado
com prazer ardente e paladar refinado
Deixe-me espalhar a semente perdida
necessidade avassaladora
e soltar a angústia em ti contida
Pequenos passos, sombras eclipsadas, perante a imensidão do infinito; berço acolhedor da eternidade.
Árvore seca, tempo confuso
Sombras de sombra
Sonoras, pulsantes, ecoantes
Sistema corrente trazendo o “outono”.
Mente que desprende
A lúcida e passageira arte!
Soberano em sua lástima
Astuta e polvorosa mácula do tempo.
Estações a mil
Loucas perspectivas de um instante louco
Insano, profano e largo universo.
A sua verdade se esconde em ti
Traços marcados no acaso.
Puro descaso do descontento
O zig-zag de uma vida no passar do tempo.
De quem são aquelas sombras
Perdidas como outras tantas,
Sem nomes, sem retratos,
Espalhadas como sujeiras
Pelos pedaços de calçadas.
Não sabe o que é frio
Não imagina o que é calor,
Sem cor, sem sentimento.
Esperando, o tempo, o momento,
Alguma forma de alento.
Ainda que as sombras do mundo queiram apagar seu
brilho, RESISTA e não permita... Lembre-se que
você têm um Deus que te escolheu para brilhar,
n' Ele você encontra refúgio, paz, sabedoria e
forças para encarar toda e qualquer sombra. E
quando você sentir que a sua luz está se apagando,
se liga lá no céu e fale com Aquele que te escolheu
para VENCER!
Evolução
Não sou mais o espírito errante
que vagueia pelo vale das sombras
Pedindo piedade aos que riem do meu julgo.
Não sou a luz no final do túnel
que reflete a esperança dos que sofrem e a busca dos incompreendidos e injustiçados pela razão.
Sou apenas um espírito comum
Que já passou várias vezes por este planeta escola
Experimentando a pobreza, humilhação e dor que neste mundo assola
Em busca da verdadeira luz da evolução.
Autor:Ivan Hauptman (23/02/1998)
Sombras projetadas ao fim do dia
(Pelo sol que novamente se vai)
Devoram as luzes com covardia,
Aos poucos, e enquanto a noite cai.
No fim não há sombra... Ou tudo é sombra.
ILUSÃO
Em instantes o som se fez silêncio
A luz se fez sombras
O riso se fez lágrimas
O amor...
Tinha tudo ao meu alcance
Tinha tudo ao meu lado
Seu amor em minha vida
Mas...
Logo a dor já era intensa
Motivos não haviam mais
As palavras cortantes haviam sido mencionadas
O vazio tomou conta
Lembranças e saudades
Sempre juntas
Como éramos antes
Como éramos...
Passado que não volta
Presente que não existe
O tempo parou
Parei de viver
Esse é o preço que eu pago
Tudo por me apegar a isso
A essa ilusão
Onde nada é o que parece ser
Não queiras irreparáveis danos no coração e não destine a viver o vazio das sombras, atraindo a solidão;
Não viva o silêncio que interrompe o descanso do guerreiro em seu habitar natural, o repouso amplo e verdadeiro redireciona a brisa que tarda mais não falha;
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