Sombras
Final de Maio
por Mark Mendonça
Nossas sombras espalhadas pela noite, articuladas e inalcançáveis, concordavam entre si em silêncio. Nossas vidas distantes, apresentadas em uma dança, ficaram cada vez mais juntas... e sem perceber se apaixonaram.
Escondemos o beijo, mas não o sentimento. Todos perceberam que estávamos nos amando. Um pouco mais adiante e desgraçou-se tudo. A música desafinou e não voltou mais o tom. O que aconteceu com a gente? A música já está tocando de novo e a gente não está mais dançando.
Você fugiu e ainda são 'dez e quinze', falta muito pra meia-noite. Meu ônibus passou e agora eu fiquei só. E ainda por cima, você esqueceu seu perfume em mim. Eu tentei soprar, mas ele não sai com o vento. Era melhor se fosse um sapato. Jogava fora enquanto ninguém estivesse vendo.
Sentado na calçada e de cabeça baixa, pouco a pouco eu vou me refazendo. A noite vai ser longa e reservada a lembrar de você na madrugada. Menos mal, pelo menos não está chovendo.
Ah se essa rua fosse minha, eu mudava ela de nome. Chamaria ela de 'Rua final de maio'. Mudava de mão. Fazia feira aos sábados e aos domingos proibia dança de salão.
O negócio agora é eu mesmo me amar. Esperar minha condução passar. Sair daqui e nunca mais voltar. Existem tantos lugares pra conhecer, por quê eu iria querer voltar ali? Talvez a lembrança tente me seguir, capaz de me alcançar na outra esquina. Aff deixa eu sair daqui.
Vou pra casa. Vida que segue. Já já é sexta-feira. Vamo que vamo. Vou continuar tentando. Se bobear foi melhor assim.
IMAGENS E SOMBRAS
Eu surjo do nada,
Do nada eu me respondo,
É por trás desse nada,
Que vivo e me escondo.
Se faz sol, apareço,
Se faz sombra, desfaço,
Sou seu reflexo no espelho,
Sigo sempre os seus passos.
Eu sou companheira,
Em todo seu tempo,
Não me molho na chuva, nem queimo no sol,
E nem voo com o vento,
Sou o seu rosto, cansado, lassidão e viço,
Sou sonhos de amores, fantasia perdida,
Estou sempre consigo, prestando serviço,
Fiel companheira, nas viagens da vida.
Sou sua sombra ou imagem, em filmes e fotos,
Em cinemas e vídeos ou televisão,
Se a cores ou não, eu não me importo,
Em telas e estátuas, feitas à mão.
Do nada eu reflito, a sua eterna vaidade,
No espelho me fito,
Imagens de dores,
Felicidades de amores, tristezas e saudade.
Não me sente e nem pega, não toca ou escuta,
Eu lhe acompanho, às vezes visível ou oculta,
Porque eu sou você, em todas as lutas,
Sou suas imagens e sombras, fieis e absolutas.
Nos caminhos perdidos ou nas curvas da vida,
Mesmo que chore baixinho, ninguém ouve e nem vê,
Eu sempre presente, lhe darei a guarida,
Porque você sempre sou EU, e EU serei sempre VOCÊ.
Sua sombra ou imagem!
Márcio Souza.
as sombras do meu coração
olho para profundo da escuridão,
relembro fatos da morte,
esculpido na alma.
VAGABUNDO
Vagabundo que viveu e vive nas sombras
Esquecido treme de frio nas noites sem fim
Com fome, sede sacia o cansaço na sua própria solidão
Imerso no seu silêncio, na escuridão senil
Alma solitária, vinda do escuro da luz
Queima o inferno na coincidência da vontade divina
Esquece tudo, até mesmo as suas próprias deficiências
Solidão compartilhada no seu silêncio desligado do mundo
Vagabundo nas ruas da vida, encontrou um lugar para brilhar
O seu próprio coração magoado, senil, triste e maltratado.
O amor pode até não durar,e pode até trazer sombras do passado mas ele sempre será a chave para a nossa sobrevivência.
Alvos fáceis para o mal,
concretizando todo o pecado proposto pelas
sombras.
Assim é descrito os homens
sem Fé!!!
Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda Que Os Teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima De ti mesmo. Crê e trabalha.
O domingo é sombrio
Passados nas sombras
O meu coração e eu
Decidimos acabar com tudo
Daqui a pouco haverão flores
E orações que dizem saber
Mas não os deixem chorar
Deixem saber
O quão feliz estou por partir
A morte não é um sonho
Pois na morte eu te acaricio
Com o último suspiro da minha alma
Eu te abençoarei
Domingo sombrio
minha alma vive no deleite da solitude,
seja o temor mais frio a sombras não me faz mal,
as pequenas dores do coração são momentâneas,
o valor do coração é punição da alma,
embora esteja no intenso vazio,
meu espírito ainda resiste,
de frente a que sentir o frio da alma,
seria proposito da vida na escuridão,
o temor é parte do que sinto,
nessa vida tudo tão superficial,
em tantos dilemas,
meus pensamentos gritam como tempo que passa,
no demais o que tem valor sempre é colocado um preço,
a vida foi coisificadas diante dos termos...
que se aplica ao viver ao bastardo do amar,
a simples perguntar por que sentir?
a necessidade implica no preço do teu sentimento,
para que se obter lucro se desta vida não leva nada?
as pessoas são objetos sem valor aparente,
pois sim se pensamos logo existimos,
se existimos a algum valor nisso,
por que vender ate própria alma,
o temos é apenas parte de um sentimento,
que atravessa o tempo e determina o verdadeiro amor.
por celso roberto nadilo
Perpetua escuridão
Nas sombras do vale me perdi, minha vida sem sentido desapareceu diante do meu olhar triste e sem vida, não se via campo, nem flores, era tudo vazio pois não tinha você, mutantes andavam em meu mundo, perdidos e querendo se alimentar de minha dor, e a encontraram, pois estava sem vida alguma sobre meu ser, vivendo em um campo minado de bombas nucleares de dor, perdida e sem rumo busco em todas as pessoas o sorriso teu, e sem sucesso não o encontro, me perdendo cada vez mas nessa floresta sombria cheias de fantasmas de minha vida.
as sombras que cobre minha alma
delapidam meus desejos infernais,
sei que meu tempo terminou,
cometo meus crimes...
sinto a escuridão da minha alma,
em cada ato insano,
vejo teu olhos mortos,
meus desejos são profundos,
como os espinhos que estão no teu coração,
são igual as mentiras que pensa que digo,
entretanto caminho pelo certo,
a um preço bem mais alto,
nem todos compreende o sentido de honra...
então caminho na escuridão de meus pensamentos
por celso roberto nadilo
NAS SOMBRAS DA SOLIDÃO
Solidão não tem explicação
Talvez seja um vazio dentro de nós
Diferente seja à noite
E a gente só
Ouço então um sino ao longe
A chuva cai e banha meus olhos
Busco então me conter
E não sofrer
Entre a chuva e um sorriso
Procuro ver além dos espaços
Uma fuga, uma razão,
Para viver
Vago em sombras de meus pesadelos
Confundo então meus sentimentos
E me condeno, sem querer,
A solidão.........
escrita por Eduardo Pinter, Hilton Custodio Alves Junior e Renato Nova. não recordo a data.
A amizade contraditória
Nada mais é que... o oportunismo
De alguém que vaga através
De sombras do mau-caratismo.
O sol não tem memórias, o sol invade a terra, atravessa os homens, escurece-os de sombras, seca-os.
- Relacionados
- Sombra
- Luz e Escuridão
- Verdade
- A Necessidade da Dualidade