Sombras

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Tempos perdidos

Em busca dos tempos perdidos,
Nos vales das sombras eu encontrei,
Nos desafios da vida,iludido,
Minha mente vagava e me deparei.

Me deparei com um rosto oculto de mulher,
Que mexeu com todo o meu ser,
Mulher que o meu coração quer,
Mas até o momento não conseguia ter.

Estou em busca do amor verdadeiro,
Nesse caminho de infinita sabedoria,
Preciso ser forte e muito guerreiro,
Para me manter em plena harmonia.

Nos grandes tempos do esquecimento,
Onde se deleita uma boa alma,
Da grande mesa desse momento,
Êxtase e desejos que geram a calma.

Dentro de mim vive uma força,
Que faz meu coração bater forte,
Ao avistar essa linda moça,
Menina que meu deu um novo norte.

Quando olho ao meu redor,
Descubro algo essencial,
Me tornei uma pessoa melhor,
Cheio de alegrias e alto astral.

Astral que brota na gruta da emoção,
Onde os sentimentos são bem aflorados,
Amor que cura um coração,
Coração cansado de viver enganado.

Lourival Alves

⁠ Aquele que renderá bons frutos deixou as sementes da árvore em solo fértil, nas sombras do destino que a protege e somente quem ouve o grão, regozija do aprendizado da colheita.

Permaneço calado, entre as sombras sou tão frio
Abismo, onde encontra minha dignidade?
Foi levada junto aos ventos de ilusões
Ou fugiu de minha alma obscura?

Deus ensina todos os dias a alegria de viver na Luz, mas alguns continuam morrendo nas sombras da obtusidade.

As mãos vão esticadas
na altura dos olhos,
há sombras e jogos;
Recordo o gesto da Lua,
quando decidi ser tua,
a potência dos desafios
e a audácia dos sonhos.

As nuvens insurgentes
encobrem o azul
profundo do Universo,
A brisa da noite
balançando o arvoredo
me faz sentir viva,
e esbanjo expectativa.

O silêncio companheiro
inseparável mima
a previsão com sabres
do Sol rompendo sutis
a escuridão no trajeto,
é para os teus braços
quentes que me projeto.

O barulho dos motores
dos carros na vizinhança
desconcentram o transe
e a luz ainda não voltou;
por você o meu peito agita,
és a minha história bonita
e desta orquestra a melodia.

⁠E a luz dispersou as sombras do peito de quem sabe a diferença entre moldura e conteúdo.

Pois ainda que as sombras dos maus testemunhos de outros nos rodeiem, nosso convincente gesto de fidelidade e apreciado zelo cristão, servirão como garantia de que é preferível servir ao Deus que nos promete a eternidade além do futuro, e o céu tomará como registo cada batalha vencida neste grande conflito

Tem dias que ela não quer se redescobrir
Quer se deixar inerte, onde nem as sombras são capazes de se mover
Tem dias que não há fome
Não há sorrisos
Não há vontade
E não tem nada de errado nisso
Viver seus dias
Como quiser
Como der
Como vier
Viva suas dores
Viva seu luto
Viva suas tristezas
Dizem que o tempo cura tudo...
Ela segue esperando.

⁠Existe um mal reforçado pela ignorância que é difícil de exterminar, as sombras que existem em nós se exteriorizam em meio ao desconhecido e o ódio que o desconhecido pode causar inflama os corações daqueles que são covardes demais para buscarem o conhecimento.

Bruciare, A Lenda.

Eu vivi nas sombras dos deuses por tempo demais!
O tempo dos deuses chegou ao fim!

Sussurro

Dê-me as sombras oh, cálido cerrado
Das que as poucas nuvens sombrinha
Chore árido orvalho mesmo que forçado
Em um cadinho de brisa, nesta tardinha
- olha que é um sussurro abafado

Dê-me alívio com o rústico vento
Que aspiram as poeiras dos galhos
Em suspiros e frescor em rebento
Foiçando o calor em brandos atalhos
- olha que é um sussurro de alento

Dê-me da tua sequiosa suavidade
Desafogando o peito deste mormaço
- olha que nem peço chuva - raridade
- olha que é um sussurro e cansaço
Nesta seca sufocação, por caridade...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Abril, 2016
Cerrado goiano

SENTIMENTOS

Vivo nas sombras, não sei o que pensar.
Sou parecida com uma árvore, morta e sem vida.
Os variados galhos secos mostram minhas dores escondidas em meus olhos.
Só eu sei da minha dor.
Só eu sei da minha tristeza.
E mesmo ardendo por dentro,
Eu sei como dói lembrar
De algo que poderia ter sido e não foi...
Não consigo sentir mais nada, pois essa tristeza me cala.
Talvez amanhã eu acorde alegre
E me liberte dessa tristeza que em mim se faz presente,
Minha alma senta na calçada
E meu coração chora.
Olho as poças de lágrimas que eu mesma criei.
Ontem eu chorei antes de dormir,
Eu estava triste e deprimida
Briguei com meus pensamentos
Estava pensando sem parar,
Não julgo o dia por amanhecer chorando, até porque hoje eu amanheci chovendo.

Despi-me do horror das sombras da alma.
Senti o fulgor da vida desabrochando;
Beijei o espelho, fiz as pazes com os meus demônios.
Superei sangrando os meus traumas,
Quando uma nova aurora em mim
estava nascendo.

⁠Eu, passeando em mim...
Nas sombras que não quero ver, nos sonhos reveladores do sem fim.
Sou estranha garça que sobrevoa a própria escuridão. Que fecha os olhos, com medo do real que me assola os dias.
Voo pela superfície, por não suportar a dor de quem sou.
Não mergulho, pois sei que, à falta do ar, me entregaria ao chão...

Todo sol vem logo depois das sombras.

⁠Nós que nascemos sob as sombras das árvores, conhecemos a linguagem das raizes.

⁠Quanto mais holofotes se acenderem à frente,
mais sombras surgirão às costas.

⁠Sempre há alguém nas sombras
de um desânimo que sufoca,
que engana,
então, podemos ser a luz
que emana,
que socorre numa hora oportuna
pra que o ânimo se renove,
a ajuda um dia volta,
isto é um fato,
hoje, iluminamos,
amanhã, talvez, sejamos
os iluminados.

⁠⁠Somente quando você entra em contato com seu lado oculto, das sombras, e aceita-o como parte de você, é que começa a compreender o sentido da vida e a espiral entra em ascensão.

⁠É preciso conhecer suas próprias sombras
para clarear sua escuridão.