Som Alto
Sopro
Os lábios soam
Naturalmente,
O vento passa
Pela a ponta dos labios;
O vento passa
Entre os dentes;
Os lábios forma
Coração.
Os olhos badala
Natulmente,
Quando
ver.
Poema - O Violinista do Louvor.
Entre as cordas do violino ressoa um lindo som,
Nas mãos do violinista, o mais puro louvor.
Com cada arcada, um hino ao Senhor,
Que ecoa na igreja com sublime fervor!
Sua melodia eleva, envolve os corações,
Auxiliando a irmandade em sincera comunhão,
O som do violino em perfeita inspiração.
AO SOM DA SAUDADE
Ó, cessai, que está cadência entedia
Aperta a sensação, causando lacuna
E, com tristonhos ritmos importuna
Sem a poética que o amor quereria
Deixa inquieta e desejosa a poesia
Indo em busca de recordação una
Se com a falta o vazio se coaduna
Então, não deixai estar na teimosia
E, o que passou no passado perece
Ao vento ali mirrando. Ó agitação!
Que tédio amargo está lembrança:
Viver catucando a chaga em prece
Ter o versejar turrão na inspiração
E a saudade em uma eterna dança.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19/10/2024, 13’15” – cerrado goiano
Enfatizo com muito gosto que existe um vínculo sonoro de amor bastante evidente entre o som emocionante do teu violino e os batimentos do teu coração, sendo cativante, veemente e tão expressivo.
Numa precisão de notas e sentimentos, que emocionam com a tua verdade e entrega em cada momento que tocas, seja com um ritmo intenso ou tranquilo, o tempo te ouvindo é precioso e muito aprazível.
É uma dádiva ouvir a sonoridade de um lindo instrumento abraçada por tua amável essencialidade e ainda ser agraciado ao contemplar a tua distinta beleza, certamente, uma imersão de vitalidade que vinda de Deus, é uma benção.
Quando desliguei todas as luzes a noite, consegui enxergar as estrelas, quando eu desliguei todos os aparelhos, consegui ouvir o som dos pássaros.
O Bailarino
Suave momento de meditação.
Preparo para o início dos movimentos.
Solta no ar o som do violino.
Fecha os olhos. Passa pela mente um sentimento de paz.
Estira o corpo. Esguio. Ponta dos pés elevados. Movimentos lentos e leves. Acompanham o som do instrumento.
Leveza. Delicadeza. Corpo em ação. Passos para direita, pés firmes, gira pelo chão espelhado do palco.
Representar impecável. Arte. Perfeição.
Todo corpo em sintonia. Com o som vibrante.
No momento. Visualiza outros movimentos para seguir.
Dentro do próprio ser. Lembranças. Passado. Presente.
Futuro? Acelera mais os passos flutuando levemente ao som ...
Lágrimas escorrem à face. Curva a cabeça para baixo. Eleva a perna para trás.
O público julgando. A arte? O Bailarino? O espetáculo?
Finaliza. Deitando-se ao piso. Puxa uma pistola discretamente.
Com as mãos firmes. Leva até a cabeça. Aperta o gatilho.
Entre a plateia. Ouve se um alto estampido.
Oh! Gritou uma senhora ao final da cena.
Fecham se as cortinas.
FIM
No corpo físico é a Música construída em formato líquido; Já no estado físico sólido é música congelada.
SOM DO CORAÇÃO
Ouço aquele som, porém ainda me sinto só.
Pensamentos surgem.
Esse som caminha livremente em minha alma.
Fecho os olhos.
Ouço o dedilhado ao longe.
O som do piano surge na visão da minha mente.
Som afinado, partitura perfeita.
Aquela música é clara, suave e envolvente.
Som que encanta.
DÓ LÁ RÉ MI... LÁ... FÁ LÁ DÓ MI
Porém, as batidas do meu coração se derretem ao som da perfeição.
Está quente.
Corro para a varanda e olho para o céu.
A cor é púrpura, eu quero ter certeza.
O mundo está em chamas?
Eu já esperava, eu avisei.
Queria que meus olhos, ultrapassassem o tempo.
Não consigo processar esse sentimento.
Chegando a hora, não há tempo para mais nada.
Será que tenho tempo de ajoelhar e rezar, uma Ave Maria para acalentar minha alma?
Por onde andarás, você está bem?
Se não há ninguém para escutar, não há som, só se ouve o som de uma árvore quando se está perto dela.
Eu vou te procurar depois do entardecer
Fiz esse som pra inventar
Um jeito de te ver
"Amando em libras...
e eu nas escuras...
a ouvir e sonhar...
com todos os sons do beijo!"
Autoria: Cláudia Valéria/ Kakal (@claudia.valeria.kakal)
Há sons e imagens que ficam dentro de nós fazendo um eco que só aumenta. É algo enlouquecedor, não é mesmo? Parece que nunca mais iremos nos livrar desse som, desse eco, dessa sombra tão escura, desse lugar de loucura.