Som Alto
Reflita na força ressurgindo no raiar da aurora, renascendo como som da musica nos olhares, de tambores da felicidade desta harmonia por nome vida.
Quão bom é, acordar ao som dos pássaros, e ver-se despida de tudo, despida de orgulho, despida de vaidade, despida do desamor, do desencanto e da incompatibilidade.
Assim você se olha no espelho,
E se vê como realmente é,
É aí que você pode escolher,
Onde, como, e se... Deve mexer!
A vida é rotulada, como:
Própria,
Como um sopro,
Como o "se não houvesse amanhã",
Como "espera o tempo de Deus".
Você é quem escolhe!
Você, é quem resolve onde se encaixa!
As consequências também são suas; mas aaaah! Que vida estranha, alguns escolhem seguir o caminho do "não arranha" e vivem pagando um sofrimento ao que seu olhar estranha.
Não tenho mais rotulagem,
Cada um a seu modo,
Seja livre para seguir,
Procurar evoluir,
Agora vou dormir,
Amanhã cedo acordo.
Amanhã eu escolho,
O que quero ou sinto ser,
Me redescubro no impensável,
Sou amor, sou poeta
Sou ódio, sou beata
Vivo letras,
Vivo da caneta prata,
Vivo do inimaginável.
Brado Brasileiro
Acordai para este berço esplêndido, com o som do mar, mais não vendo muita luz, mesmo com o céu profundo.
Fulgura-te Brasil deste lodo fétido e do grume da corrupção, óh florão da América.
Que seu povo heróico solte novamente o brado retumbante, porém, que não só das marges plácidas do Ipiranga seja ouvido.
Mas que seja por todos os lados: dos bosques que tem mais vidas, aos campos que tem mais flores e que reviva em teus seios sempre e sempre mais amores.
E que assim, esta terra garrida dê fruto para teus verdadeiros filhos e não para os falsos filhos teus movidos que pelo orgulho e a preponderância da corrupção só querem roubar suas cores, ficarão pávidos pelos gigantes de própria natureza, verão que os filhos teus realmente não fogem a luta.
E assim, compreenderão, óh Brasil, como tu és belo e colosso, pois seu futuro é agora e queremos lhe entregar esta grandeza, terra adorada.
Entre outras mil és tu Brasil, porque tu também és minha, oh pátria amada.
Dos filhos deste solo, onde os políticos não estão sendo tão gentis.
Seja realmente livre, Pátria Amada Brasil.
Verde Natureza
Terra dos verdes pastos, ao som dos pássaros, encanto a alma. Cheguei no meu recanto, estou aqui em meu canto, onde acaba-se o pranto.
O lugar de riso fácil, de paisagem admirável, de presença incomparável.
Eu gosto mesmo é do campo, do verde, do silêncio, me amanso.
Ah, boba moça!
Se achava dona da cidade
Quando viu a felicidade
Escapar de suas mãos.
Foi no campo que ninguém viu
A menina se redescobriu
Dona desse mundão
Sua vida com certeza é
No verde natureza
Rodeada da criação
Já nos veneraram. Lembra-se? Eles se sacrificavam por nós. Hoje tem um nome diferente, mas ainda somos importantes para as pessoas desta cidade.
"Andei pelo mundo afora,intensamente vivi o agora, até gastar as solas do sapato.Vi som de pandeiro comendo mariola,vi mulatas sambar com a viola,vi samba ao som de cavaco.Esperei você chegar,com o peito a te amar,com o coração em puro caco!"
(Rodrigo Juquinha)
Muito melhor é dançar no carnaval, do que assistir carnaval. Dançar e pular ao som das marchinhas, de preferência num clube cheio de foliões requintados.
— A alma existe entre o cantar de galo e o som do nevoeiro em dias de pura noite por isso dormes numa cama e sonhas procurando tudo e o tudo que encontras é o nada !
Nasce um menino influenciado pelo som pesado e amargo do blues. Emocionado com as noites felizes que lhe inspiravam uma letra triste.
Este menino procurava nas estrelas um porque de tudo. Com as mãos no bolso e um cigarro na boca ele andava a noite. Com as mesmas sensações e pelos mesmos lugares, talvez fosse outra história, porém ele sabia, que como todas outras, teria o mesmo final.
Meninas novas falando as velhas mentiras que ele amava acreditar. Fazer o que, ele só quer blues e assim entorpecido por aquela sensação perguntava pra noite:
- Por que não deu certo? Talvez eu gostasse dela.
Ele sabia muito bem qual seria a resposta, perguntava mais por deboche da sua própria vida. Sentia-se confortável quando as coisas não estavam indo bem. Pensava e ansiava por um amor correspondido. E no silêncio, repetia pra si mesmo:
- Mas e aquele blues do cara enganado que me emociona, que eu escuto fumando um cigarro e bebendo uma cerveja, será que ele não vai mais falar de mim e eu não vou fumar nem beber por ele?
Ele fazia tudo à sua maneira. Imaginava-se um vira lata na noite, logo ele, que não aconselharia nem um cachorro a segui-lo, mas, sim, virava latas a noite. Com certeza e com cerveja ele se sentia completo, colecionava mágoas durante os dias, para então, bebê-las em um copo gelado a noite. Gelada, loira e amarga como várias garotas que ele conhecera.
As histórias que ele contava eram novas, mas o final era sempre o mesmo e ao menor sinal de que daquela vez seria diferente, fazia de tudo para que fosse igual. Sem muito esforço, notava-se nos seus olhos, quase fechados, e naquele sorriso amargo, que a noite estava boa. Ele só precisava disso, a parte melancólica da noite estava guardada nele e ele sabia disso, mas o brilho ou sereno da noite lhe fazia esquecer. O amargo da cerveja e a fumaça do cigarro lhe fazia bem. O menino boêmio sabia que assim que amanhecesse o sol viria, os amigos iram e a ressaca chegaria.
Com um bom café, um cigarro e o triste silêncio da manhã é chegada a hora de lembrar-se dos problemas e de resolvê-los sem fazer nada, apenas transformar aquele sentimento horrível em uma bela letra, uma bela poesia. O problema deixava de ser visto como problema.
Agora tudo aquilo virou música, virou frase, virou arte. Ele se via como um palco onde muitas pisaram e deixaram lindas apresentações. Onde todas atuaram muito bem.
Todos viram e ele acreditou que o personagem fosse real, afinal, ele era o palco e gostava muito dos ensaios.
Quando ficava sozinho, com a atriz principal, sabia que ela estava ensaiando para outras pessoas, mas mesmo assim só queria que ela fosse bem porque quando ela fosse aplaudida iria dizer:
- Essa é a minha garota, pisou em mim, me deixou ver por baixo do seu vestido e agora aplaudida por todos, ela vai pra longe de mim, essa é a minha garota.
Boêmio, bluseiro, o cara mais fácil da cidade, mas, também, o mais complicado de se entender, mesmo que pra ele aquilo fosse tão simples e tão óbvio.
- Você namora; você é enganado; você se sente mal; você sai; você faz tudo errado e depois, volta pra menina com a boca manchada por alguém que nem te conhece.
- Eu não namoro, eu até sou enganado, sim! Sinto-me mal também, mas eu vou para o bar, bebo o que posso pagar, depois procuro alguém, de preferência que não me conheça pra eu manchar a boca dela, depois, com um sorriso de canto, que é a marca do boêmio, é hora de dizer adeus.
Ele é como um livro de blues andante e sabe qual página ler para qualquer situação, muitas não vão fazer sentido pra vocês, mas acreditem é exatamente o que um boêmio faria naquela situação.
Já se imaginou casado? Perguntei a ele. Animado me disse SIM!! Eu dei uma risada, perguntei o porquê da animação se o blues nada mais é do que um amor não correspondido. Ele me disse:
- Boêmio da noite, meu escritório é no bar, boa noite meu amor, estou indo trabalhar.
Em qualquer realidade ele é blues.
A solidão amiga do poeta
Traz consigo o som
Das vozes que o cerca.
Surgem cores, sabores
Dores, dissabores
Furta o afago
Deixa amargo
O gosto inebriado
De sua amiga sincera.
Empuxo e gravidade
Há dias, em que eu apenas existo.
Dias em que escuto com impaciência cada som transmitido a minha volta, e espero angustiada a normalização do silêncio, que é quando a hora de dormir é anunciada e as luzes apagadas.
Dias em que questiono minha própria existência e mergulho profundamente em um oceano de emoções negativas.
O mais assustador neste oceano é de início não saber precisamente como sair dele.
O desespero de tentar me emergir, só faz com que eu me afunde ainda mais.
Existe uma força que, na água, atua contra a gravidade chamada empuxo. Me obrigo a lembrar desta força em momentos assim. Caso o peso seja maior que o empuxo, o corpo afunda; caso o empuxo seja maior, o corpo sobe para a superfície.
Mantenho meu corpo manso para que não se afunde no meio desse oceano imaginal. Com a mente leve e destemida, sou capaz de percorrer este oceano sem que ele me exaure. Flutuo até que ele me conduza a beira-mar e enfim, eu me encontre estabilizada.
Sinto um enorme alívio.
Estou bem. Sim, estou bem.
Ocasionalmente terei de atravessar um desses oceanos de novo. Mas, sei que se eu me lembrar dessas duas forças contrárias e nunca me permitir pesar mais que o empuxo das minhas emoções negativas, conseguirei atravessa-los e chegar no lado da praia onde faz sol e não é difícil respirar.
"Por mais que o som de um coração em chamas acalme a mente pertinente, não sossegará o ego que se mantém em seu orgulho profundo".
ao som da musica francesa,
ferem aos meus olhos,
não me deixa dormir.
traz na minha boca, o gosto de fruta no pé,
com cheiro das manhãs de outono,
na brisa que abraça o corpo.
vem,
dança comigo.
Joy Brasil.
O grito preso na garganta foi dado pelo som da maresia.
As correntes que travavam todas as emoções, foram quebradas pelas mais afinadas notas de um Marujo destinado a seguir suas intuições.
Era o Palco. A Plateia. Eram os sonhos divididos em um só espaço.
O Medo? Não existe medo quando se tem coragem de sonhar.
Cada intensidade do corpo movido pelos sons da flauta, do violão e da percussão, tornaram-se ainda maiores, a cada verso cantado.
Foi como um voou no alto das nuvens, sentido pelo frio na barriga e a emoção de olhares curiosos ao nosso encanto. Olhares sobe nossas formas de caminhar, dançar, atuar, cantar e sentir o último som transformar-se em silêncio.
O espetáculo acaba.
As cortinas se fecham.
Os nossos sonhos continuam.
Imutável
Dentro de uma cabana confortável, escuto o som inconfundível de uma cachoeira, ao meu lado dividindo o mesmo colchão inflável, esta ela,
Levanto-me, e vou apreciar a camada de nuvem fina que cobre a vegetação, o rio e esconde as montanhas,
Escuto o barulho de animais pequenos aprontando pela mata a dentro, me animo com o som dos macacos do alto das árvores,
Daqui a pouco o meu amor vai acordar, então vou ascender uma fogueira e preparar aquele cafezinho quente para nós,
Paro por um momento admirando tudo a minha volta, respiro firme, algumas lágrimas com sabor de alegria deixo cair, agradeço com muita emoção por estar neste paraíso,principalmente por estar com a mulher que amo,
Sinto o meu coração destemido recarregando as pilhas, sinto o meu amor se consolidando como imutável.
5 sentidos
Toque-lhe a face e sinta a textura da alma
Toque-lhe os ouvidos e escute o som do mundo
Toque-lhe as narinas e sinta o cheiro da vida
Toque-lhe a boca e deguste os mistérios deste mundo
Toque-lhe os olhos e veja o reflexo da criação Divina
Você
A constante onda ao a areia tocar, tem em sua essência o som fúnebre dela à se quebrar, deixando sua branca espuma para a nova onda que virá.
Gosto de ficar só, contemplando minha própria existência, vasculhando em minha alma coisas que somente eu consigo enxergar, talvez de forma simplória, porém de uma satisfação magnânima...