Som Alto
Soando o som da vida.
O som do coração... Pobre coração, que com tanto esforço guardou-se, fez uma construção.
Pensou que estava protegido de bandidos, das pessoas.
Iludiu-se
No som da gaita que soava o som da vida escutaram, som de machados.
Alguém quebrava seu muro, sua proteção, tirava do castelo.
E te trazia pro mundo, o som da gaita aumentava.
A vida aumentava
Agora não havia muros para atrapalhar a visão, estava tudo diante de si,
A dança, o cheiro, o tono da voz, as cores ganharam vida,
E a gaita aumentava a vida,
E o passo diminuía, diminuía e depois de sentir a vida, dois rodeios...
A queda
Não havia mais proteção, nem muros e quem a tirou da construção, partiu.
Estava perdida num mundo que não conhecia, que se protegia
A queda, a gaita,
Não havia mais som,
Não há mais o som da vida.
A ausência causava dor.
E o som morria dentro de si.
Eu já não posso passar mais um dia sem te sentir, ouvir teu som, olhar teu rosto, um dia sem ao menos sentir sua presença. Eu já vivo de desejo, já vivo te querendo, andando por aí como se tivesse a procura de uma caça. Você anda provocando, falando diretamente com algo que se tornou mutuo em nós dois. Você anda ligando a minha saudade, e nossas vontades de se querer juntos. você se tornou meu vicio, ele me alimenta, mais quero hoje ... quero mais .
Me visto de fantasias porque o meu mundo é um eterno carnaval !
Meus dias tem sempre o som de um batuque, de um bateria...que me obrigam a sambar, que eu saiba ou não.
Desocupação:
O gosto do desgosto...
Tem sabor de dissabor
Tem som do silencio
Tem o tato do desmaterializado
Tem o cheiro da obstrução nasal
Do mel ao fel
Da luz a escuridão
Da coragem a opressão
Da euforia a depressão
Da esperança a desilusão
Sem definição, não há nada igual!
Passando pelos carvalhos, sinto uma paz tremenda ao ouvir o estalar dos galhos. O som do vento ecoa estrada a fora, trazendo consigo o cheiro do verde das plantas, o cheiro que entra pelas narinas, cheiro esse que me lembra de um lugar, o cheiro que proporciona-me paz de espírito, esse cheiro traz o aconchego de um lugar que é essencial, mágico, único. Esse cheiro lembra meu lar
H AGÁ
“H” difícil falar de uma letra sem som,
Em outras línguas ela tem um semitom.
Sei que ela é a oitava letra do alfabeto
Sua origem não é algo tão concreto.
O “H” está na língua dos egípcios e dos semitas
Nos sumérios e fenícios tendo formas tão bonitas.
Para mim a letra “H” não é uma consoante
Como também não é vogal acho-a arrogante.
Ela é equivale ao cromossomo mutante
O “L”, “N” e “C” com ele assume uma forma sonante.
Ou então a letra “H” tão sem som,
Coloca na vogal emoção num tom!
Agora por que há palavras com “H”?
A explicação deve estar nos eruditos do Ceará.
“H” para mim é Hidrogênio e histidina
Coisas aprendidas numa antiga disciplina
Hoje o “H” é de amigos que são queridos
Helyet, Helena, Henrique e Heliomar.
Amigos que mostram que o importante é amar
André 09/09/2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4411068
Não e não, sou e sou; pedra e pedra, som e som, carne e vento:
Salada e sopa, pimenta no vento... solidão na floresta, valsa do sangue escorrendo entre os dedos dos macacos perdidos, hipócritas, vencidos, ricos ou pobres ?
Famintos de sentimentos apenas de uma palavra nostálgica "solidariedade".
ALAZDE NANAR LER
Alazde Nanar Ler veio ao vento,
Parecia um som familiar uivado,
Numa duna de areia num deserto,
Uma caravana passando ao longe,
A criança brincando com escorpião.
Alazde Nanar Ler uma mão infantil,
Pele escura numa mão tão pequena,
Veste que não é minha e o som,
Som com palavras que não entendo.
Alazde Nanar Ler a caravana continua,
Num ritmo lento e compassado,
Nada reconheço nem o calor
Nem conheço o meu corpo ao sol.
Alazde Nanar Ler o som é claro,
Tão claro como é a luz do sol,
Como o é o brilho na areia que cega,
Claro como o estar ali perdido.
Alazde Nanar Ler largo a vareta,
Corro em direção à caravana,
Ela está passando ou está indo?
Indo ou vindo não mais importa.
Alazde Nanar Ler o som vira cheiro
Algo doce que chega a enojar
Sinto vertigem Alazde Nanar Ler
Alazde Nanar Ler, Alazde Nanar Ler.
Acordo suado...
Respiro.
André Zanarella 21-12-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4633277
Som do abalo
O som harmonioso me contamina
um som que foi amado por gerações e se apagou
um som onde existiu nas rádios e agora não existe mais
um som onde ficou nas mentes, e nos corações
foi um som variante que transformou gerações
mutações sofreu variando a cada década
do puro ao misturado abalando gerações
uma sinfonia a qual histórias mudou
seja da fantasia até mesmo a realidade triunfou
deu esperanças a aqueles que precisam
mudou pensamentos e atitudes
um abalo sísmico universal
uma força estranha que mudou gerações
um som que pega, e não se desgruda mais
um som harmonioso até seu fim que nunca chegará
O som e ninguém mais
abalando gerações.
"Simplesmente chorar ao som de um piano, contemplar os arpejos que deslizam sobre a fina cortina que tenho entre o sonho e a realidade, finalmente entender, minh'alma está pronta."
Se a lua nossa desce o canto no alpendre
eu sobre o som daquela noite triste
escorro em prantos - uma dor que existe -
a melodia que me sai do ventre.
Canto a certeza de só ter em mente
O que nos braços o desejo clama.
Há dor maior que essa, de quem ama,
que emudece o ato que se sente?
DOR DE POETA, DOR DE PALHAÇO
Eu amo ao ponto de me dar ao sim,
de me vestir de ais, de ser o nunca,
o todo, o meio, começo... enfim.
Eu amo ao tanto que não cabe em mim,
Sonho o instante que não chega; junca.
Meço o começo, mas o que tenho é fim.
O silêncio é caracterizado pela ausência de som, falta de barulho, no meu caso é pela sobra na mente
Quando o trabalhador deixar de lado a reclamação estéril, deixar de ser "coxinha" e se somar a luta, a coisa muda.
Eu sou um silêncio, a inércia do universo, o vácuo, reverso ao som, O que é o silêncio? Um milagre? Pra alguns um dom.
Posso ser tudo, mas sou um nada, sou um silêncio, nada além de uma possibilidade, complexo de entender, sou um nada, mas sou uma possibilidade, realidade abstrata, nada mais retrata senão a confusão, do nada, do silêncio. Sou um silêncio, sou algo, mesmo sendo nada.
Nao é por nada que o primeiro som da vida é o choro
e que o último seja o silencio.
Nascemos desesperados num mundo débil.
Morremos perplexos ao ratificar a imprecisao da alma.
Nascemos sós
Morremos sós
Somos apenas um par de almas a travar linhas imaginarias
Um par a descrever todos os detalhes, a resolver todas as incógnitas, a seduzir as palavras.
Somos apenas um par de lembrancas, gravadas em um pedaço de jornal, ou mesmo em memoriais recém esquecidos.
Somos apenas um par de corpos, misturados a uma multidão de transeuntes apressados pelo badalar do tic tac, envolvidos pela perpetuação, pelo desejo.
Somos apenas um par.
Eu, e minha mente.
O Par mais solitario e mais completo que ja vi.
Nascemos sós e morremos sós.
Mas como o fizemos de forma tao fiel!
Eu tinha defeitos, e eu, mais que ninguém, os odiava, mas aceitei eles como parte de mim e agora somos aliados.
BANAL
Daqui a alguns instantes,
Ao som da tua voz ou do teu sorriso,
Ao som do teu pranto...
Ao som do teu silencio,
Vou te contar
Como se fosse a coisa mais banal...
Sem que você perceba toda esta ansiedade,
Que fervilha nas minhas veias...
Daí então andorinhas farão tantos verões...
Quantas manhãs relutarão
Com seus raios dourados
A se entregarem calmas, fagueiras
Às tardes silenciosas e preguiçosas,
Até que você perceba a dimensão exata,
Então algum dia depois de todas andorinhas
E todos verões, numa manhã ensolarada
Ou numa tarde quase noite, cinzenta,
Fria e monótona de algum inverno,
Admirando o orvalhar nas plantas,
Sob uma neblina fria e constante
O olhar perdido na luz tênue
De alguma estrela teimosa,
Entre nuvens grafites,
Ouvindo a voz assustadora da realidade,
Dando-te a dimensão exata
Do daqui a alguns instantes...
Daqui a alguns instantes...
Nesse esvair-se...
Nesse dissolver-se...
Nesse descompor-se...
De uma forma assim inapelável e quase imperceptível..
Como açúcar na água ou como sal.
Como se fosse a coisa mais banal...
Você percebe que as tulipas murcharam
E que as auroras se foram...
Nós homens muitas vezes não dizemos a quilo que sentimos de verdade a uma mulher. Apenas dizemos somente aquilo que ela quer ouvir...