Som Alto
Algo chegou em minha vida como uma luz que quebra a escuridão, foi como um suave som que encantou meus ouvidos, foi como a palavra doce que entrou em minha alma. Foi o que faltava em minha vida.
Seu destino, sempre modificado por segundos de atenção. Onde isso nos levaria ou nos levara? Um som, um toque, umas palavras, um esbarrão, um tempo perdido, um tempo ganho e tudo modifica o que você será amanhã. Acreditar e por em pratica um bom motivo para mudarmos o que somos e o que queremos é o sentido que a vida precisa para viver.
"Simplesmente chorar ao som de um piano, contemplar os arpejos que deslizam sobre a fina cortina que tenho entre o sonho e a realidade, finalmente entender, minh'alma está pronta."
O tempo passa como o vento que sopra, o som da vós se perde na distancia, a vida em um piscar de olhos muda da noite pro dia, mudam as direções, pessoas, sentimentos, mais ao mesmo tempo parte fica guardado dentro de nós. O mesmo vento que seca a lagrima, também leva embora o cheiro e o perfume. O abraço acanhado, a despedida contida, o sorriso de canto, entre outros detalhes, serão sempre guardado na memória, são detalhes que o tempo talvez não será capaz de apagar.
Quando ouço gritar Mahatma Gandhi Ki jai, cada som desta frase me traspassa o coração como se fosse uma flecha. Se pensasse, embora por um só instante, que tais gritos podem merecer-me o swaraj; conseguiria aceitar o meu sofrimento. Mas quando constato que as pessoas perdem tempo e gastam energias em aclamações vãs, e passam ao longo quando se trata de trabalho, gostaria que, em vez de gritarem meu nome, me acendessem uma pira fúnebre, na qual eu pudesse subir para apagar uma vez por todas o fogo que arde o coração.
Na hora da solidão.
É no momento de agora,
A noite só e ouvindo um som,
Que me pego na solidão que aflora,
Lembrando-me que aquele sorriso era bom.
E ao lembrar deste sorriso de criança,
Que me pergunto onde esta meu erro,
E finjo ser apenas um sonho,
E pra tentar me enganar meus olhos cerro.
Mas meu desejo é desabar,
E deixar que um oceano role de minhas retinas,
Como gostaria de lhe pegar pelos braços e gritar,
Lhe apresentar toda esta dor enrustida.
A como eu queria,
Que fosse simples como esse poema,
Bem simples e com poucas linhas,
Desabafar as dores, sentir a vida amena.
Mas não é!
E isso me corrói o corpo e a alma,
E tenta questionar ironicamente minha fé,
Mas mesmo assim vou com calma,
Mesmo com lágrimas, mesmo com lágrimas.
Amo a chuva!
Amo ver o espetáculo...
Ouvir o som tilintante...
Sentir o seu cheirinho na terra.
Do barulhinho adorável batendo na vidraça.
De como limpa a atmosfera.
Ela embala meu sono.
Vento Sul
E toda a grama
E flor de jardim
E pedra
Borboleta,
Cor do som
Zunido bom
E o ônibus
Nem veio
Será porque foi
vento que acelerou?
Sal que nada
Sol assim
E mar, olhada
Tom de sono
E o estômago
Embrulhou,
Tem, mas
Acabou.
...ao fundo a impressão de ouvir som de violinos...mas, é só impressão...não há violinos, só trovões...(ania)
A ÚLTIMA DOSE
Sentado naquela cadeira,
tive um momento solidão.
Não sabia onde ela estava,
Somente como estava meu coração.
O Garçom não era meu amigo,
Tava apenas cumprindo sua função.
As pessoas que ali estavam,
Nem me davam atenção.
Meu pensamento estava longe,
Era um momento de tensão.
Acaram minha moedas,
Não sobrou nenhum tostão.
Só me restou mais uma dose,
De tequila com limão.
Cantando Radiohead com toda força dos nossos pulmões
Com a caixa de som retumbando
Enquanto estamos nos apaixonando
Temos uma garrafa de sei lá o quê
Mas está nos deixando bêbados
Cantando, "um brinde para nunca crescermos"
Devemos ajudar todos, mas um preguiçoso, deve se ajudar com criterios e cuidados então sua ajuda somente piorará a conduta e a condução do cooperado que tende a nos deixar conturbado por feito e efeito da etica social que resta em um fato que sobreviveu ao enfado do trato politizado...
Quando os relacionamentos amorosos não dão certo, por variados motivos, temos sempre a ideia que somos culpados por alguma coisa, não temos sorte e tal. Acontece que amor é entre duas pessoas, se uma não ama, não há nada a fazer e nem se culpar por isso. Segue a vida. Outro amor - quem sabe dá certo? - pode estar esperando nas esquinas da vida.
" A simplicidade no
mundo é ter o céu e
querer apenas uma
estrela, é ter o mar e
querer somente uma gota,
é ter o mundo e querer só
uma pessoa: você."
Percepção do Momento
No tão confiável escuro de um cômodo muito cômodo, ao som da respiração pesada e ofegante , tão pesada que poderia até se ouvir os sons dos altos pensamentos. Ficaram ouvindo esse silêncio cálido, que da ao ar a imagem de todas as transcrições das tantas verdades substantivadas,essas que dão função ao verbo “ amar”.
Nada as atormentavam, pegavam o mesmo verbo conjugavam e desconjugavam,cada uma passeava na variação de tempo do mesmo tema , encaixando-o pronome por pronome , simples e composto,perfeito e imperfeito, rodeavam, rodeavam uma para cada lado, como se tivessem solitárias, ligavam o pensamento uma a outra ,era apenas uma síntese da saudade de corpo presente que sentiam. Até céticas se virarem .
Olhavam bobas, descrentes, apavoradas e vislumbradas o mesmo ponto de pensamento que estacionavam , tentavam ainda desconfiar de suas visões e intuições, até que se encontravam as mentes, as mãos, os olhares e os corpos, ironicamente na mesma intensa epifania.
Criavam naquela penumbra a mais grave das admirações, que vinha lumiada a luz de uma pequena vela acesa na lanterna esquecida ao canto da cômoda, a luz tão fraca que dava até certa magia ao ambiente, não era preciso enxergar tanto, seus corpos conversavam desejo.
Por fim o olhar daquela que quase sempre lhe turbava a transparência em inconstâncias, acidentalmente se distraia de suas propositais distrações enquanto a outra que vivia trancada no fundo oco de sua retina olhava pelo buraco da fechadura da porta que criara em seus olhos, olhos que ha anos trancava o seu brilho em um falho mistério, perfeito e proposital que ficava inútil com o brilho que lhe fugia sem nenhum controle agora. Suas bocas quase não pronunciavam, muito se escondiam, mas até os seus poros gritavam amor.
Em algum momento atônitas nos tantos detalhes daquela aurora boreal sentimental que preenchia o ambiente, elas se abraçavam e no tão confiável escuro de um cômodo muito cômodo, elas assistiam, o quanto se amavam...