Som
Como aconteçe as vezes o momento estancou, exitou e permaneceu por mais de um momento e o som parou e o momento parou
por mais muito mais que um momento e então o momento se foi.
Ouço o canto dos pássaros
ao ritmo que trás paz
O caminho será embalado
ao som dos pequeninos, que vai crescendo
Vejo encanto na dança dos galhos
o chão está cheio de folhas mortas
é o adubo pra terra fértil
Gotas de orvalho, mata a sede
que a madrugada tão generosa deixou
As flores singelas,
mostra sua beleza, pra nos trazer alegria
Nascente de água límpida
na sua fragilidade
a essência que nos faz viver
Ao percorrer a estreiteza da estrada
seus veios se alastra minando
a procura do seu maior
O rio um espelho de água cristalina
margeando histórias simples
Desliza ao encontro de uma mestiçe
A natureza sábia divina
promove esses prazeres da vida.
ouvi falar!
ouço cantar!
a voz rouca
sem soar algun som
quero te ouvir
tente gritar!
preciso saber a verdade
quem é vc?
não consigu entender!
o que quer me dizer
só me diga uma coisa
se me ama como um dia eu amei vc?
Os sussurros rompem as barreiras do som
Damos para o amor um novo tom
Compomos as mais lindas melodias
Dedilhadas na sintonia
Cantadas em nosso olhar....
Nossa, e eu ouvir ecoar o som dos meus pensamentos.
(acredita ?)
O pior de tudo é que esse barulho canalizou a minha invenção, e eu acabei de encontrar as minhas mentiras de felicidade.
(Cadê o espelho ? Serve até uma poça de leite, só quero olhar-me e não mais ver o presente.)
Pensou no passado ou no futuro ? (e para piorar, não obtive resposta)
Segue, levanta o seu pensamento.
Continuei, só que me molhei na poça do felino e não consigo acreditar em algo que me desagrade.
(o que fazer agora?)
Corra para o sol e ao menos uma vez se mostre, se recupere.
E quem sabe assim o portador de seus pensamentos é tão parecido com você que resolveu mudar o caminho.
(NÃO! Não terá um atalho)
A escuridão ofuscava os nossos olhos. Nada de via, e o próprio som de um silêncio da escuridão parecia adivinhar o triste desespero.
Na luz as grades predominavam como se de uma prisão de tratasse, sem deixar sequer sair um sentimento por pequeno e ínfimo que este fosse.
As grades rodeavam sem sequer deixar respirar como quem corta todas as liberdades. Com isto uma sensação de limites que cerca o próprio Homem e que come a sua própria essência, e o reduz a um nível que nem os próprios vermes e tristes animais que olham mas não vêem conseguem atingir. Um nível tão baixo e tão pequeno que o torna grande e o torna diferente mas ao mesmo tempo um ser impotente.
A luz já não se via e predominava a escuridão que os nossos olhos não vêem nem sequer querem ver. Ando, ando mas sem saber para onde fica a saída de algo que nos prende e que nós não vemos. Caminhamos à procura de um novo horizonte que brilhe nos nossos olhos mas a bendita escuridão que nos afoga e nos restringe todos os sentimentos é mais forte e não nos deixa ter outra sensação que não seja a do modo de que lá nunca mais pudéssemos sair. Assim andamos devagar com as mãos à procura e não sei do quê, à procura de não sei sequer de quem em que o sentimento é forte.
O sentimento esmagamos em toda a sua grandiosidade e é aí que se vê que não somos nada, apenas somos um ser muito pequeno no negro do Universo em que as estrelas parecem querer iluminá-lo, mas que são tão pequenas que parecem desaparecer com toda a sua impotência contra essa força negra. Andamos devagar, cerca de duas horas e nada se avista, apenas alguns obstáculos que não sabemos o que são mas que nos fazem cair. No entanto, o desejo de liberdade é Maios do que tudo e faz-nos parecer um gigante que nos encobre como se de uma tempestade em norte de nevoeiro se tratasse.
De repente, e depois de muito andar acabamos por cair, mas desta vez de uma forma que nunca tivemos. Assim, além do medo causado pela escuridão que ofuscava os nossos olhos juntasse o medo provocado pelo facto de estarmos a cair indefinidamente e sem nunca parar no mudo do próprio Universo. Assim tentamo-nos agarrar a qualquer coisa mas este elevador do Universo não pára, acabando por descer com uma maior velocidade quanto mais resistimos. Tentamos estender os braços e as pernas para ver se esta bola de neve negra pára ou abranda mas sem nenhum resultado.
A escuridão deste poço sem fundo não pára de aumentar e nós caímos, caímos, caímos…
Os minutos passam a uma velocidade redutora e à medida que o tempo vai avançando o relógio vai entrando em contagem decrescente. Este relógio de uma vida que naquele momento parece toda perdida não pára e inicia uma contagem que avança rapidamente para um fim que parece anunciado. Os metros são contados um a um e os centímetros são vindos como se fossem os últimos perdidos sem nada fazer numa triste mas emocional escuridão. De repente caímos com estrondo no chão e o nosso corpo parece que se separa da nossa alma em que nos tornamos dois. Estes dois que eram apenas um antes daquele ciclo de escuridão tornar um separadamente.
O nome coração parece saltar como que se estivesse tudo acabado e bate com toda a sua força como antes nunca tinha acontecido. Este bate com toda a sua força como se fosse as últimas batidas que daria.
Então é que se acorda perto de um rio onde nós mal o conseguimos ver devido à diferença de luz existente então. À nossa volta tudo parece calmo mas predominava uma areia negra parca em vegetação, que ninguém vê. Tristes solos estes que não dão o fruto que um dia deram e que agora permanecem esquecidos.
Assim aproximamo-nos do rio de sua textura negra para pelo menos perceber porque é que naquelas águas turvas de um rio que não existe não fertilizam aquela maldita e contaminada terra. Todos sofrem mas que parecemos aguentar, e é nessa altura que quem mais sofre são os animais. Estes que dizem que não têm sentimentos mas que sentem, e parecem sentir mais do que nós.
É assim que quando nos aproximamos daquele rio em que a margem era turva e o seu leito era ou pelo menos parecia de terra, que caímos sem que ninguém estivesse para nos segurar. É nesse momento em que aquele rio que tudo parece dar-nos parecia tirar nada, um nada que é tudo pois apesar do nada ter ainda acontecido existiria muito ainda para acontecer.
É nessa altura que parece que estamos na bendita recta final de um rio de águas turvas que nos parece querer engolir nas suas tristes, lamecenses e asfixiantes tentáculos.
Tentamos agarrar-nos à pouca vegetação que sobrevive nessa luta, enquanto descemos para quem sabe de um fundo em que nos parecem querer tapar. As plantas parecem sorrir nesse curto momento e dizendo que não se vão desprender daquele solo, que um dia nos conseguiu enganar e levar ao triste desespero de uma morte lenta e dolorosa.
Estranhamente algo luta contra essa força que nos quer submergir e engolir naquela maldita escuridão e traz-nos em fim à terra. Quem será que terá tais poderes que conseguiram vencer a escuridão e trazer-nos em segurança para o leito daquele falso rio e permite-nos salvar do que um dia parecia inevitável. Quando saímos tudo parece mais belo e mais efémero e como nos ajudaram nessa situação de aflição, também nós temos o dever de ajudar quem está em aflição.
Obrigada meu Deus.
Será que foi o som da vida?
Não saberia dizer, mas olhou pra fora, as mãos no vidro gelado da janela, os olhos atentos a qualquer simples movimento mágico que fazia tudo simplesmente continuar. Porque não importa o que aconteça, tudo continua, não é? Você pode estar sangrando, entregue ao seu último suspiro, mas lá fora o mundo continua. As pessoas dirigem seus carros, andam nas calçadas, trabalham, dormem, fazem amor. Foi exatamente assim que aconteceu.
Som de pneus cantando e uma voz assustada que dizia que o moço tinha sido atropelado. Ali do lado, bem embaixo dos olhos deles, na mesma avenida em que seguiam suas vidas. E foi mesmo: estava lá estirado no asfalto, com as pessoas aglomerando-se em volta. Mas foi rápido demais, logo já não podia mais divisar o corpo e tudo o que via através da janela era a vida em movimento, porque apesar do fato de o moço ter sido atropelado, a vida continua. E o ônibus continuou o seu caminho, levando-os pra fora da cidade, para o trabalho de todos os dias, para o cotidiano. A mesma estrada, o mesmo cenário, o mesmo tempo cinza de inverno.
Ficou se perguntando se talvez aquelas gotas finas de chuva que começaram a cair era o choro triste da vida por toda essa indiferença. Quis gritar que o moço tinha sido atropelado, mas passaria-se por louca. Todo mundo tinha visto e ouvido, com exceção de alguns que estavam dormindo envoltos apenas em seus próprios sonhos. Algo em seu estômago retorceu, doeu, incomodou. Como poderiam continuar a vida assim? O moço tinha sido atropelado. Estava lá, estirado, ainda vivo no chão, com dores, ou talvez até já morto.
Poderia ser filho de alguém que ao saber da notícia enterraria o rosto nas mãos com lágrimas inundando os olhos, ou ficaria em choque olhando o nada por um longo tempo e só choraria lágrimas silenciosas, quando visse o caixão baixando na terra. Poderia ser irmão de alguém que viesse correndo até seu corpo e gritasse aos quatro cantos que NÃO, não poderia ser verdade. Poderia ser pai de uma criança que viveria todos os demais dias de sua vida sem a figura de um pai, uma vida inteira modificada por um segundo de imprudência. Talvez tivesse um amor impossível, que no exato momento em que o acidente ocorrera, sentira uma dor esquisita no coração. Uma dor que lhe trouxera lágrimas aos olhos e alguém ao seu lado poderia questionar se estava tudo bem ao que ela responderia que só estava com um pressentimento ruim. Ou talvez tivesse uma esposa que no momento estava em casa dando café da manhã aos filhos, e quando descobrisse perderia o chão, o equilíbrio, desmaiaria.
Alguém em algum momento teria parado pra se perguntar o que ele estaria fazendo justamente ali, naquela avenida e naquele horário? Estaria indo para o trabalho? Ou comprar o pão para o café da manhã? Ou talvez estivesse indo à casa do seu amor impossível dizer que iriam se casar, pois não poderiam jamais viver separados. Ou indo visitar a mãe para dizer-lhe que a amava, ou talvez estivesse apenas andando depois de uma briga para espairecer?
Notou de repente e com espanto que nada disso importava a ninguém mais além das pessoas queridas relacionadas ao moço. Porque para todos os demais, a vida continua. ‘O moço foi atropelado’ foi só mais um acontecimento normal e comum nos dias de hoje em que estamos acostumados com a violência, acostumados com a morte, acostumados com sangue e dor e guerra. ‘O moço foi atropelado’ poderia ser também ‘Choveu ontem à noite’, ‘A rua foi interditada’, ‘Dizem que vai fazer sol no final de semana’. As reações são as mesmas. Apáticas. É o nosso cotidiano.
É necessário o silêncio pra que exista o som,
é necessário paginas em branco para as palavras assim como é necessário ter um pouco mais de paciência para tudo acontecer.
É necessário saber a hora certa de ser paciente, e ser.
É necessário um caminho para os passos, uma vida para amar, um amor para uma vida, é necessário o vazio para o completo o simples para o complexo.
É necessário diser tudo que senti e mais ainda sentir tudo que diz.
É necessário saber ser, saber dizer, saber sentir o coração de alguem, é necessário perder o medo e encarar a verdade.
È necessário apenas tua existência, teu sorriso, tuas palavras... somente tuas palavras e se for possível, é
ainda mais necessário tocar, sentir, ter... voçê.
Nossa amizade só acabará no dia em que um pintor reproduzir em uma tela o som de uma lágrima caindo.!
Metamorfose - I
É bossa nova o som que sua luz toca
Mescla os raios de sol ao puro vermelho
Que enaltece sua branca face em anseio
A confirmar meu juízo: é carioca
Mas não conclua agora nem muito pense:
Leves traços, mas seu olhar irradia
O poder de atrair com toda a ousadia
E assim me faz pensar: é brasiliense
É a moça que brinca com meus sentidos
É dentre todas, a mulher mais bela
É a dona dos tesouros escondidos
Onde o sol e o céu são somente dela
É a menina que faz sonhos partidos
E eu pergunto: afinal, quem é ela?
“Pátria Mãe”.
Ecoar o som da visão ao ponto de um surdo ouvir e um cego enxergar, os lamentos de sacramentos me faz na calada calar até a vontade de chorar, de ferido patriotismo pelo pauperismo de seus filhos esquecidos ao mundo obscuro sobrevivemos em diferentes mundos isolados exilados escravos dos números, de números, de inúmeros desencantos sempre aos prantos por falta de algo ao prato, minha pátria mãe camuflaste sua raiz, aqueles que as mãos sangram calejadas pelos trabalhos mal remunerados prestados a ti, nos exclui-se...mas ainda resistimos, sei que não estarei aqui para vivenciar nossa branda e estrondosa vitoria, pois pátria mãe já é me próximo a idade de todas as experiências se findarem, mas sempre
Lutei, resisti, persisti... até os últimos momentos, certamente seguiram o exemplo que assim deixarei em minha amada terra, de ter nascido sim pobre, mas rico em dignidade e respeito ao meu semelhante, e jamais usar de má fé confiança em mim depositada, espero que os meus e os demais sobreviventes dos guetos... tenham imenso e eterno orgulho de ti pátria mãe, assim como eu, com tudo, com tudo, orgulho-me de ser teu filho... um excluído brasileiro.
“O meu castigo
é o desterro das minhas idéias,
o desamparo das vozes famintas,
o som do desabafo das desilusões.”
“O meu grito é mudo e surdo
A minha palavra, o silêncio.
O silêncio dos meus anseios”
A minha mente ouve o som da sua voz, fazendo com que o meu coração bata mais forte e os meus olhos imagine você, deito-me para dormi e em vez de sentir sono eu sinto você... E cada hora que passa vai ficando mais frio, assim é a madrugada... Assim é o meu coração...
Não consigo ti esquecer e muito menos viver sem você, parece a minha própria alma... Não sei se estou sentindo amor ou paixão, acho que são as duas coisas... Por que ao seu lado sinto frio e calor ao mesmo tempo, é como se eu tomasse um choque térmico e ficasse sonhando acordado por alguns minutos...
Nem sempre um grande amor
É lindo como uma flor
O sol pode queimar,não paro de sonhar
Sei que somos fortes,capazes
E podemos recomeçar
Eu nunca vi sua face
Nem vi as palavras brotarem de seus lábios
Eu nunca ouvi o som de seu sorriso
Ou a suavidade de seu suspiro
Mas seu que você é amável e atencioso
Você não está aqui em corpo e alma
Mas vem diariamente a mim,
Atravéz de uma mensagem em minha tela
Uma mensagem
No qual posso confiar e que
Faz o meu dia mais FELIZ!!!
A água chia no púcaro que elevo à boca
A água chia no púcaro que elevo à boca.
«É um som fresco» diz-me quem me dá a bebê-la.
Sorrio. O som é só um som de chiar.
Bebo a água sem ouvir nada com a minha garganta.
ALBERTO CAEIRO
O som do silêncio é tudo!!! É o som das falas vegetais... O som de uma folha caindo... do voo de um pássaro... o som da nossa respiração... do palpitar dos nossos corações... é a essência da vida. O som do silêncio é o verdadeiro som de DEUS!!!