Solitude e Solidão
"A solitude é a arte de estar em paz consigo mesmo, sem solidão, sem tédio, apenas em um momento de reflexão, autoconhecimento e contemplação."
Um brinde para todas as pessoas
Que aprendeu que solidão não é solitude
Chama-se opção de viver dias melhores
Estando em Sua própria Companhia
Solidão ou solitude?
Ela veio conversar comigo
Levantei a cabeça para ouvir, pois me encontrava no chão
Me sentia ferido
E ela estendeu a sua mão
A solidão não parecia um monstro assustador
Eu pensava que ela seria assim
Mas ela só queria aparar a minha dor
Parecia mais um reflexo meu, olhando para mim
Me levantei
Fortemente a abracei
Solucei um pouco
Enquanto ela se incorporava ao meu corpo
A completude me inundou junto com as lágrimas
Apesar da solidão estar aqui, não há peso
Não estou mais no chão
Eu me sinto amada
Estarei sempre a segurar a minha mão.
A SOLITUDE
Na solidão silente, ecoa o ser,
Entre sombras, a alma a renascer.
O silêncio, poesia do coração,
Na solitude, encontro a reflexão.
No vasto campo da própria mente,
Dança a solidão, suave e envolvente.
Em cada pensamento, um universo,
Na solitude, descubro o meu verso.
Entre páginas vazias, o diálogo íntimo,
A solidão, um amigo autêntico.
No silêncio das palavras não ditas,
Encontro a paz em suas escritas.
Solitude, trilha da introspecção,
Onde o eu se encontra em comunhão.
No abraço do silêncio, descubro a plenitude,
Em cada instante, celebro a magnitude.
Talvez a grande diferença entre solidão e solitude, seja que a solidão carrega o sentimento de incapacidade, e a solitude de poder de escolha.
Para chegar a solitude é preciso superar a solidão!
Entre a Solitude e a Solidão
Parei, pensei, fiquei sozinho,
Não saí, não mudei, só continuei.
A extensão do vazio,
Mostra como é confortável isso,
A solitude, onde angústias profundas,
Entram em colisão.
Com a solitude, não se precisa de ninguém?
Me pergunto com frequência,
Quanto tempo dura o eterno?
Já ouvi essa história antes,
Minha mente me diz.
Cada poema escrito,
Remete ao mais profundo interior.
Pessoas brigam por nada,
Pessoas não pensam por nada.
Disseram que a solitude pode resolver isso,
Mas e quando a solidão,
É mais forte que a solitude?
Respostas permeiam minha cabeça:
O que é correto,
Quando o amor não é correspondido?
O que deve ser feito,
Quando se ama e não se é amado?
Sem dúvida, uma pergunta,
Que não tem resposta sem a solitude.
Na solitude, encontramos a liberdade de ser inteiros; na solidão, enfrentamos o desafio de aceitar essa completude sem precisar de mais ninguém.
A solitude, muitas vezes confundida com solidão, é na verdade um estado de autossuficiência emocional que pode proporcionar grande prazer e crescimento pessoal, especialmente após uma perda amorosa. Quando se passa por uma separação ou um término de relacionamento, o vazio inicial pode ser avassalador, mas, com o tempo, a solitude revela-se uma oportunidade valiosa para se reconectar consigo mesmo e alcançar uma nova forma de paz interior.
No contexto de superação de uma perda amorosa, a convivência com o silêncio e a introspecção pode ser libertadora. O silêncio, antes temido como um lembrete da ausência do outro, transforma-se em um espaço para refletir e reorganizar a vida. Ele permite que emoções não resolvidas sejam processadas e que feridas sejam curadas. A paz que emerge dessa jornada não é imediata, mas surge lentamente, conforme a pessoa aprende a desfrutar de sua própria companhia e a se redescobrir fora da relação que a definia.
Essa fase de solitude é fundamental para o amadurecimento estrutural do amor-próprio. Ao estar sozinho, o indivíduo passa a perceber que sua felicidade e bem-estar não estão vinculados à presença de outra pessoa, mas sim à sua própria capacidade de cuidar de si. O tempo consigo mesmo ensina que o amor-próprio é o alicerce de qualquer relacionamento saudável. Sem essa base sólida, a dependência emocional pode gerar um ciclo de relacionamentos desequilibrados e codependentes. A solitude, por sua vez, é o antídoto contra esse ciclo, pois ela reforça a ideia de que a verdadeira força vem de dentro.
O processo de superação da perda também envolve a transformação do medo da solidão. Inicialmente, a ausência de companhia pode ser vista como uma ameaça, uma fonte de angústia e insegurança. No entanto, à medida que o indivíduo se aprofunda em sua própria solitude, ele descobre que estar só não é o mesmo que estar solitário. Pelo contrário, a solidão se dissolve quando a pessoa encontra satisfação em seus próprios pensamentos, hobbies e crescimento pessoal. Esse aprendizado transforma a percepção da solidão, que deixa de ser um estado de sofrimento e passa a ser uma escolha consciente de paz e harmonia interior.
Superar uma perda amorosa por meio da solitude permite que a pessoa renasça emocionalmente mais forte e consciente de seu valor. O silêncio se torna uma ferramenta de autoconhecimento, e a paz interior se consolida como um porto seguro. Ao perder o medo da solidão, o indivíduo finalmente se liberta da necessidade constante de aprovação externa e se abre para futuros relacionamentos com uma nova perspectiva — não mais movido pela carência ou pelo medo, mas por um amor-próprio que o sustenta e o guia.
Essa jornada de solitude é, acima de tudo, uma redescoberta do próprio ser, uma renovação que transforma a dor em força e o isolamento em oportunidade de crescimento. A solitude, quando abraçada com serenidade, deixa de ser um vazio a ser preenchido e se torna uma fonte profunda de liberdade e autossuficiência.
Solidão ou solitude
Às vezes tenho a sensação de não
pertencer a este lugar.
Não gosto de estar entre multidão
de pessoas, prefiro lugar calmo.
Onde o vento passa mansinho
e as árvores cheias de pássaros.
Ouvir o som das águas e até o canto do galo.
Cheirinho de chuva misturado com do café.
Onde a grandeza é a simplicidade.
Desacelerar...
Não peitar o tempo e fingir que ele parou.
Dar corda pro sonho e dizer que eu posso.
Não é solidão, é a alma pedindo espaço.
Pensamento autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 16/01/2024 às 09:30 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues