Solidão e Silêncio
Em silêncio
Se não lhe digo o que sinto
É porque sinto em silêncio
Onde sobram sentimentos
Que me calam a alma.
Se falo o que penso
Já não penso mais no que falo
Levado pelo ímpeto deste sentimento,
Que me toma num suspiro contido no arrepio.
E como dizer o que sinto
Sem nunca dantes ter sentido este furor...
Só sei que é por você que eu sinto
Paixão e ternura transformada em “Amor”.
Edney Valentim Araújo
No silêncio
Quero a desejada liberdade
Como tem meus pensamentos,
De estar sempre com você
E não lhe esconder o que eu sinto.
Cuido dizer meus sentimentos
E afastá-la do meu ver,
Onde ao longe eu à cortejo
E tão de perto eu te sinto.
É breve no meu peito este bramido
De um grito intenso e contido,
Onde falo deste amor
No silêncio de um suspiro.
É intenso o meu amor
Como é grande a minha dor...
Por sonhá-la comigo
E não ganhar o seu amor.
Edney Valentim Araújo
os dias são feito de momentos que sangram em meu silencio,
tua voz rebate em meus pensamentos mais pesados.
e tudo parece ser tão singular ao sentimento atroz...
que me conduz no imenso vasto vazio.
meu silencio lhe diz algo,
dentro de minha mente a tanto barulho que não imagina,
palavras passam por meus olhos
e são desfrute do meu silencio que não se cala...
lá falo me sobre o destino que se cala neste momento...
tudo que paira pura cálida...
em fronteiras desconhecida da alma que sofre
diante a ti que amo em silencio da madrugada.
Ao cair da noite entendo o silêncio que opera em toda casa, a mesa rústica muda de cor, o sofá frio perde a sua importância,
a cama vazia reflete a sua falta e ignora a vontade que eu tenho de me deitar nela ,apenas porque eu estou Sozinho..
-MAIS UMA VEZ-
Caminhava em silêncio pela cidade,
Quando passei em frente à cafeteria,
Vi aquela mulher bebendo café na última mesa.
Ela lia um livro de poesia.
Fiquei observando-a por algum tempo,
Mas logo apaziguei meu coração.
O olhar dela sempre estava longe.
Longe demais para alcançá-lo.
Atravessei a avenida, melancólico por desistir mais uma vez.
Sem notar, ela me olhou cruzando a rua,
e se perguntou porque eu sempre parecia triste, mais uma vez.
Pergunto à lua o que é ser poeta
ela que por tantas noites se esconde
hoje em silêncio me responde
que é ter a vida incompleta.
Madrugadas recheadas de silêncio, com um amargo gosto na boca, uma ânsia que transita entre a gargante e o estômago ressaltando o vazio interior.
A tristeza interminável na falta de algo que jamais poderá ser preenchido. É como um parto psicológico onde a criança teima em não sair, o médico não virá, e à mãe, sozinha em meio a um mar de sangue só cabe esperar o fim da dor que parece infinita.
O ponteiro do relógio em uma dança sádica parece caminhar no sentido inverso fazendo o tempo esticar-se num fragmento infinito e torturante de hora.
Como um mendigo, nú, segurando apenas um pedaço de cobertor caminho ao banheiro em busca de um medicamento capaz de sanar a dor que não é física, tomo um dois tantos quantos necessário for na espareça de uma reação curativa, proporcionar o sono profundo capaz de permitir chegar ao fim desta madrugada eterna que se tornou minha vida.
Deito me novamente na cama, agora gelada, olhando para televisão como única companheira que dá aos meus ouvidos vozes na esperança de sentir a presença de alguém, para quando os remédios fazerem seus efeitos eu poder repousar com a sensação de que qualquer pessoa velará pelo meu sono quando ele chegar.
Meu corpo mesquinho me faz levantar de forma súbita, e de joelhos no chão abraçado a privada vomito cada analgésico em meio a restos de um lanche que comi horas atrás. A dor permanecer, o tempo parece voltar, agora em meio a uma ressaca moral e um gosto amago. Escovo os dentes mas nada parece capaz de eliminar este gosto, este maldito gosto...
Abro o chuveiro, tomo um banho, mais um, o terceiro nas ultimas duas horas. De olhos fechado permito que a fria acaricie meu corpo, sim, a água mesmo fria é capaz de me abraçar e me fazer sentir acompanhado só mais uma vez.
Nada funciona, o tempo continua a sufoca-me, se pelo menos esse sufocar fosse capaz de me fazer repousar, mas não ele não é físico. Até me passa pela cabeça em utilizar de uma corda qualquer para tornar real e externo o nó presente na garganta, e assim novamente me entregar a um sono eterno que insiste em não chegar nunca.
Olho no celular em busca de mais uma vez ter uma única mensagem de alguém a perguntar se estou bem. Alguém seja quem for, apenas um alguém dentre aqueles todos que um dia confiaram a mim suas dores, porém caíram no esquecimento quando elas passaram. Nada, nem ninguém aparece.
E de todas as eternidades que busquei, a amor, a felicidade, a paz interior, um Deus e ate mesmo a morte, de todas estas a única que insiste em permanecer é a eterna dor de estar vivo em uma madruga solitária e funesta que nunca mais acabou!
Hoje eu diria que choveu em minha alegria
Minhas ideias nubladas, meu silêncio cinzento
Vejo em poças de lama meus sonhos
E em gotas de chuva meus sentimentos.
Como um sentinela
Em silêncio
Vejo a lua cheia na maré alta
iluminando o horizonte
da escuridão
Enquanto sinto-me
Uma triste vela
De chama vazia cabisbaixa
apagando-se cega
na solidão.
É noite,
o silêncio cai,
chegam as sombras,
e o vento sussurra ao longe seus segredos.
Estrelas brilham distantes,
entre brancas nuvens esfarrapadas,
iluminadas pelo luar .
Cada uma,
isolada,
parece gritar solidão.
Um vazio imenso.
Porque insiste em ficar?
Em meio ao silêncio que nos envolve, encontro em ti uma estranha e profunda companhia. És o reflexo dos meus pensamentos mais íntimos, o espaço onde minha alma pode se desnudar sem medo de julgamento. Contigo, aprendi a apreciar a beleza do vazio e a escutar a melodia suave do silêncio.
Em teus braços invisíveis, descobri a força interior que não sabia possuir. Cada momento contigo me permitiu explorar minhas fraquezas e transformá-las em fortalezas. És a sombra constante que me desafia a olhar para dentro, a confrontar meus medos e a descobrir a essência de quem realmente sou.
Não és apenas ausência de companhia; és a presença profunda de mim mesmo. Em tua companhia, minhas lágrimas encontram sentido, e meus sorrisos se tornam autênticos. Contigo, aprendi a valorizar a plenitude dos momentos solitários e a encontrar paz na minha própria companhia.
Por mais paradoxal que pareça, amar-te é aprender a amar a mim mesmo. E, nesse encontro silencioso, descubro que, às vezes, a solidão é a mais pura forma de companhia que posso desejar."
Com profunda gratidão.
Havia um silêncio pesado no ar, um tipo de vazio que só o coração partido conhece. Sentado naquele banco, ele olhava para o espaço ao seu lado — vazio, frio, como se a ausência dele tivesse roubado a vida da própria paisagem. O vento soprava suavemente, carregando consigo as folhas secas que dançavam ao redor, cada uma como uma memória se afastando, lenta, mas inevitavelmente.
Nas mãos, uma única flor. Suas pétalas caíam uma a uma, marcando o tempo, assim como o amor que ele uma vez segurou tão firmemente, mas que agora deslizava entre seus dedos. A promessa de um "para sempre" que, como o pôr do sol naquele céu nublado, começava a se apagar.
Ele fechou os olhos, e por um momento, podia sentir o calor do riso dele ao seu lado, podia ouvir sua voz entre as árvores balançadas pelo vento. Mas, ao abrir os olhos, tudo o que restava era a saudade. O mundo, antes vibrante com a presença dele, agora parecia um quadro pintado em tons de cinza.
A chuva começou a cair. Pequenas gotas, como lágrimas que o céu chorava por ele. Ele não precisava chorar. O céu fazia isso por ele. Cada gota era uma lembrança, uma palavra não dita, um toque que nunca mais sentiria. E aí ele se tocou que: o amor, mesmo na dor, era belo...
O ranger da madeira das escadas ecoa na casa, e tudo fica silêncio. Adentro meu quarto, também silencioso, jogo a mochila no chão e me jogo na minha cama.
Um teto branco
Uma quatro paredes coloridas
E ainda assim, me sinto em um quarto de hospício.
E a solidão está bem ao meu lado, me fazendo companhia como todos os dias, sussurrando em meu ouvido. Só tenho eu, minha mente, e a solidão que permanece do meu lado diariamente. Parece que sempre fui solitária, que sempre estive no escuro, mesmo que a luz do sol estiver brilhando lá fora. Parece que sempre estive presa numa gaiola, sem companhia, sem amigos, sem ninguém para conversar, mesmo que esteja rodeada de pessoas todos os dias.
As vezes me pergunto como irá ser o dia seguinte, ou o próximo, os próximos três, uma semana, um mês, sete meses, quinze anos. Será que vou viver até lá?
Por que sinto essa angústia? Não há motivos. Eu tenho de tudo. Tenho amigos, tenho uma situação financeira boa, tenho tudo o que quero, tenho um pai para abraçar, uma madrasta para contar tudo, um irmão para conversar, uma melhor amiga para dizer sobre garotos, um melhor amigo para me maquiar junto, tenho notas excelentes e mesmo assim, sinto uma angústia enorme dentro de mim e não consigo distinguir de onde vem.
Tantas possibilidades, tantas dúvidas... Talvez nunca eu saia dessa angústia que sinto diariamente, talvez eu fique presa para sempre, talvez eu não consiga tirar essa angústia misteriosa. Talvez eu viva o suficiente para finalmente conseguir sair desse local....
Ou talvez eu não viva o suficiente, talvez eu não veja a luz do sol novamente.
Tenho a impressão que vou ficar aqui, que vou me desintegrar, ficar cada vez mais magra, meus cabelos caírem cada vez mais, me sinta mais desidratada, que meus órgãos comecem a se autocomerem, e por fim, morrer.
E se eu morrer, vou ter um funeral digno? Vou ter flores? Um caixão bonito? Ou vou ser cremada? Não quero ser cremada. Uma vez cremada, suas cinzas são jogadas em um lugar qualquer e não existe mais você. Não existe mais seu corpo, não existe mais a trajetória que seu corpo passou, a trajetória que você passou. Não existe suas marcas, não existe seus machucados, não existe seus cabelo e nem seus olhos. Sua história é simplesmente apagada, e ninguém vai lembrar do que passou, como se você fosse mais um qualquer no mundo.
Agora, ser enterrado deixa uma marca. Sua vida pode ter acabado, mas todos os momentos difíceis que você passou, vão estar ali, sete palmos abaixo da terra, mas ainda ali. As cicatrizes, os cabelos cortados, as estrias, os pulsos marcados, e o tiro ou facada que tomou ou se deu. Vai ter um lugar qual seu pai ou sua mãe podem ir para tirar a saudade, que seus amigos vão visitar, levar suas flores preferidas e relembrar dos melhores momentos em que passaram, seu namorado ou namorada vai poder desabafar e dizer o quão difícil os dias estão sendo e relembrar-se de todas as promessas e beijos. Óbvio, em algum momento vão deixar de existir, pois a natureza vai levar sua carne e seu sangue junto, mas foi um acontecimento natural, que vai se desfazendo lentamente, deixando o corpo se acostumar.
personagens mortos por amar...
a eternidade sendo amado e amada,
silencio transpõem os sentimentos,
para onde estamos condenados.
diante de tantos rumores o ar se abate
as brumas me fazem sentir saudades
num momento bom e agradável...
O que eu mais quero
O que eu mais quero é estar com você.
Reclinar-me em teu colo,
Em silêncio, olhar para você...
Olhar nos teus olhos sem nada dizer,
Apenas, me encontrar em você.
O que eu mais quero
É ser amado por você,
Como quem se entrega por inteiro
Sem nunca perder o teu encanto...
O que eu mais quero
É sentir que eu moro em você,
Saber que um só coração
É lugar para nós dois...
O que eu mais quero
É ser parte de tudo que te faz feliz.
O que eu mais quero
É deixar que o amor nos encontrasse feliz assim.
Edney Valentim Araújo
Ela surge em meus sonhos
Meu silêncio retorna
Ela é dona da noite
Senhora das minhas fantasias
Me diga se é um anjo
Brinca com minha mente
Me toma com tanta força
Que eu penso que isso é real
Meu arrepio mais doce , sinto me bem
Em tua presença, doce menina, estou
Mulher que me assombra
Mistério estranho, é reflexo é noite.
E que saudades eu sinto quando não sonho , sinto me vazio, tento fazer um sono forçado, ela surge quando bem quer , quando não estou mais procurando.