Mensagens sobre solidão e silêncio que tocam a alma
Sei, pois o silêncio diz;
Diz a solidão.
Fala da escura e densa falta
Que soa do meio da fronte,
Em tom grave e díssono;
Que se ouve só ouvindo
De olhos quase fechados.
Quero o barulho imenso do silêncio no meu templo,quero a solidão agora pra lembrar do hoje,vida afora.
O silêncio e solidão engrenam meus pensamentos, pensamentos que recordam um passado sofrido, de um coração amargurado, mas com esperanças.De noites frias em claro me perguntando o por que dessa sentença cruel de perer minha minha alegria de criança.
Analiso o presente sem imaginar o futuro, pois acredito que para a tristeza, a solidão e a injustiça não exista futuro, e sim dolorosas repetições do passado. "Um museu de grandes novidades".
Eu quero gritar, mas não consigo; quero olhar pra frente, mas sempre todos os lados parecem o abismo.
Pessoas entram e saem da minha vida. As que me fizeram mal insistem em permanecer, tento expulsa-las, mas apenas saem lágrimas. Não são lágrimas que jorram como uma cachoeira ou as que fazem soluçar, são lágrimas lentas e penosas que simplesmente caem, Apenas saem!
Estou apenas de passagem nos corações e nas mentes, sendo esquecido antes que o próprio tempo se encarregue disso.
NO SILÊNCIO DA NOITE
NO VENTO SOPRANDO SUAVE
NA ESCURIDÃO QUE COBRE OS CÉUS
A SOLIDÃO É MINHA ÚNICA COMPANHEIRA
Sofro no meu silêncio, choro na minha solidão, penso está entre milhares mas estou só, vejo ao meu redor centenas de pessoas, grito, suplico, ninguém me vê nem me escuta, Jesus está à porta e bate.
"Penso na madruga como um silencio que me ouve, um barulho que me respeita, uma solidão que me cabe. Um escuro que me submete a pensar, a refletir."
''Na rua do meu silêncio''
Canto já só em minha solidão,
Na quietude desta minha rua,
Onde amores passam corridos
Como pássaros perdidos,
Acalentados pelo brilho da lua
Que os abraça em nuvens d'algodão
Na rua do meu silêncio,
Passam figuras risonhas
Do passado à que pertenço,
Contando histórias tristonhas.
Conservo no olhar uma tristeza incomum
Que veio de não sei de onde,
Mas que me é um grande tormento,
Sento-me nas calçadas do sofrimento,
Procurando a minha sombra que se esconde
Dentro de mim não indo a lugar nenhum.
Na rua do meu silêncio,
Há vozes que ecoam pelo ar,
Pensando que me convenço
De que devo um dia falar.
É difícil e nobre ser advogado. Fazer sua a solidão da pessoa que defende. Fazer voz ao silêncio de quem não consegue falar diante de uma injustiça. Quando tudo e todos estão contra alguém, é a mão do advogado que vai ser estendida para dizer: a partir de agora seu interesse é meu. Essa é a beleza e o altruísmo da advocacia: não a defesa do seu interesse, mas a defesa do interesse do outro, como se seu fosse
Em algum lugar.
Noite fria, silêncio e solidão são companhias de fidelidade. Sigo calado pelas horas, viajante de um tempo perdido dentro do meu estranho coração!
A vida'' lá fora'' segue, e eu queria sorrir que nem eles. Mas ainda não aprendi a ser feliz com absurdos, migalhas, metades.
Os dias passam despercebidos como estrelas cadentes que divagam no infinito, cumpro aqui o propósito de tentar ser feliz, mas o maior desafio é evoluir e crescer numa -casa que não é nada familiar.
Se não é disponível o direito de viver de forma inteira, resta lutar por sentimentos genuínos. O amor que algum dia, em algum lugar nos foi dado e ensinado de uma fonte disponível e vitalícia. O Verdadeiro amor que Deus Criador nos deixou, aquele que sentimos na alma.
... e que aos poucos está se extinguindo, nesse planeta.. chamado TERRA.
Sei e sinto que, daqui não sou.. queria voltar para algum lugar que não sei exatamente onde é.. algum lugar meu... o verdadeiro Lar!
Este silêncio
Ah, este silêncio!
Aflora minha solidão.
Mas, confesso
Que há um gosto de sol da tarde:
Perto do amanhecer noturno
Que me agrada a alma
Que me ilumina à luz ao ser renascente
Do que leve se torna opaca
Ao que foi instaneamente
Meu.
E de instante e distante,
Neste exato momento, nada me importa;
Talvez a saudade me consola num violão
Em tons de lágrimas de notas ausentes.
27092013
Eduardo Pinter
A MINHA CASA
Amo-te, escuro-silêncio, dos amados,
Quais na tua solidão se alimentam!
Aos seus amores não inventam
Olhos caídos de sentidos conjurados.
Amo-te, escuro-silêncio, dos pecados,
Quais nos teus ardores amam!
Nas tuas entranhas cantam
Aos espíritos que te vagam desolados...
Das almas que a tua casa é conforto,
Sou de igual mendigo-absorto
No desejo ao teu perfume, em flor...
Amo-te, escuro-silêncio, das sepulturas,
Dos quais te morrem às amarguras
Por renascer dentre as verdades o amor.
Silêncio profundo explodindo dentro da alma , essa solidão que me apavora ,essa vontade de voltar ao meu eu mais moderno me sufoca e faz querer evaporar meus sentidos , me faz querer ... me faz querer ... uma nova vida ... uma nova mulher talvez...
Onde
Onde você estava enquanto eu gelava,por dias e noites? Açoites de silêncio e solidão...
Onde você estava, onde se escondia, em que vão?
Será que ria do meu desespero, enquanto eu me unhava, descabelava e urrava como mulher das cavernas
que não queria mais abrir as pernas? Pra ninguém!
Onde estava você, meu bem?
Onde se encontrava você nas muitas vezes em que eu precisei? Eu tanto penei...precisando de um colo, de carinho, precisando de atenção.
Onde estava você, em que quarto, em que colchão?
Onde vagava você quando eu me sentia perdida, doente e quase demente de tanto sofrimento?
Será que seu pensamento alcançava a medida exata do meu tormento?
Onde você estava, que muralha tão impenetrável ergueu em volta do meu castelo, como reduziu meus sonhos a pó, a farelo e me deixou a ver navios, por muitos cios?
Onde você gozava? Em que sexos? Por que levou de mim todos os reflexos de luz, energia e calor? Como me causou tão grande dor?
Não foi você? Será que fui eu mesma que me causei apenas porque confiei?
Onde você estava enquanto todos os pecados eu pagava, pecados que nem mesmo cogitei?
Onde se escondia você, assim tão querido e tão fugido como nunca imaginei?
Será que também estava ferido? Incomunicável? Preso ao medo ou a ironia, se fez escravo de qual covardia?
Onde estava você meu bem, enquanto eu não perdia a esperança, enquanto eu buscava na minha criança interior a capacidade de perdão.
Onde estava você, perdido numa multidão ou na solidão de quem também sofre e chora?
Onde se escondeu você, quando de mim foi embora, onde se entranhou você, em cada minuto, em cada hora?
Seu cheiro ficou comigo, seu olhar animal, o abraço amigo, seu jeito paradoxal, eu fiquei com muitas coisas, eu fiquei no lucro, eu fiquei de luto por muito tempo. Eu fiquei sem tempo pra nada, eu fiquei descalibrada, mal amada.
Um dia não sei como nem porque você voltou a se comunicar. De onde saiu você, o milagre veio de que lugar?
Aos poucos eu voltei a sorrir, voltei a sentir que posso te tocar, voltei a vibrar e a enxergar o colorido que andava fosco. Esqueci aos poucos o desgosto, zerei a mágoa, achei melhor nem perguntar.
Mas agora aqui pensando eu queria te dizer:
Não me faça mais sofrer, porque não faço por merecer, eu só quero te amar !
Onde você estava? Tão longe de mim...
Onde você está agora? Tão perto assim...
Por favor nunca mais vá embora! Diga sim!
Solidão
Olá! Minha insípida solidão
Ainda permaneces dentro do meu silencio?
Toma-me nos braços por sentir-me recolhido;
Enquanto seco minhas lagrimas turbulentas.
Veja, como elas caem pelas margens do esteiro;
Tecem longas ruínas na minha memória ;
Nebulosos e confusos invernos fora de época;
Impedindo que a primavera não chegue a mim.
Deito-me em meu leito e pergunto-me;
Estou eu ainda aqui, encontro-me dentro de mim?
Enquanto eu olho sobre o chão do meu destino;
E vejo as sombras rastejando sobre meus pés.
Será que estou sucumbindo a pena capital?
Devo envolver-me a uma mortalha de linho?
Preparar-me para o descanso de minha alma
No vale das secas folhas e da eterna morte?
Pois a fria noite chegou em meu caminho;
Com ventos soprando no estuário do sado;
E a dor domina minha alma flagelada;
Sob os tormentos da falta brilhante da aurora.
Fossa
Nesta solidão
A que me imponho
Tenho teu amor
Mesmo que por sonho.
E do silêncio
Que me cerca
Faz-me o teu amor
A mais bela seresta.
E destes pingos
Insanos de nostalgia
Vou criando meu plano
Nesta vida vazia.
Enide Santos 22/06/14