Solidão e Saudade
Solidão é tudo o que eu estava sentindo nesse momento, me lembrando de sua presença, vendo o seu olhar carinhoso em minha mente e querendo sentir mais uma vez o seu beijo.
Amar, amando, um novo amor. Seria possível amar de novo, se o amor de verdade que senti nem tive a chance de sentir, viver?
Essa tristeza que impera em meu olhar, me faz carente de ti. Penso se você estaria pensando em mim também, será?
Será, amor que estaria pensando em mim como penso em você? Meu corpo deseja o teu, meus lábios estão necessitados dos seus, meu bem querer, meu bem, meu mal.
Vejo a lua e ela me lembra a promessa que fizemos na ficção, mas que me traz tanto a realidade, de amolecer nossos corações de pedra e colocar em seu lugar, um de carne, que ama demais e quer demais, um querer sem fim, sem findar, porque o que é belo nunca finda. Como te amo, tanto.
Está cada vez mais difícil de suportar essa dor da sua inexistência, você está longe de mim, amor. Mas você continua sendo meu querido, meu tudo, aquele que me faz rir só de lembrar do seu sorriso.
Triste estou, falo com a lua todos os dias, me conecto com ela e peço que você esteja se conectando comigo através dela, me beijando através de sua claridade, te beijo, te amo.
Desperta amor, desperta, em minha alma te imploro, te escuto, te anseio, ouço a sua voz me dizendo te amo, muito.
Lua traz ele pra mim, já não estou suportando a sua ausência, estou desfalecendo, não consigo mais disfarçar, preciso muito me animar, preciso desse menino, homem, meu anjo, meu príncipe.
Então engulo meu choro e digo pra mim mesma: Preciso de você.
Solidão assusta e conforta
Protege e sufoca
E mesmo quando chega alguém
Solidão sempre esta batendo na porta
Para entrar quando esse não vem.
É solidão se fazendo presente nas seis prateleiras da minha estante. É dor de viver, é cansaço. É o estalar de ossos ecoando na alma. É prazer de morrer, é agonia angustiante. Distância pra nada, pra tudo. É o medo de andar, de falar, é um vale silencioso. É abandono e saudade, é culpa. É sol, é chuva, é mar de lágrimas desesperadas. É amizade enterrada. É um nó enlaçado. É música não tocada. É o peso da madrugada. É a tristeza batendo na porta dos fundos. É uma rachadura em meio a testa da nuvem, é sangrante e dói. Ela fugiu e nunca foi encontrada... É o esconderijo mais secreto. É o olho roxo e cortado, vermelho e inchado, morto e pálido. Nos lençóis manchados de preguiça, é o desagrado. Para não mais correr por entre as águas. Para deixar de lado as mágoas. É indiferença, é o grunhido que gasta meus ouvidos. É uma queda ao abismo sem fim que termina bem ali. É temor aos passos mais leves. É horror à multidões em cima da cama. Há monstros detrás da geladeira, é mentira. É rancor, é crime escondido em um caderno de anotações. É desesperança. É cuidado somado à várias taças de vinho. É uma vida, duas, três, nenhuma. É complicado. Creio só, não creio. É displicência. É eu, não sou. Era eu, não é mais. Ainda vai ser. É besteira...
Sinto-me viva, eu danço com a solidão. Ele dança do outro lado do salão, não está sozinho, mas sinto que está solitário. Ele acha que não me entende, mas no fim, ele é tão louco quanto eu. Ele está sozinho, por mais que esteja acompanhado, ele se engana ele acha que normal. Ele tenta. Seus passos são tão sincronizados, ele me irrita.
"Caminhei até o fim da noite, mas não encontrei o por do Sol.
Velejei pelas águas da solidão, atraquei em alguns portos, mas não encontrei farol.
Nessas mesmas águas, fui presa fácil, com os seus olhos castanhos, fisgou-me, em seu anzol.
Preso em sua beleza, calhou-me encalhar, em seu atol.
Existem mares vastos e profundos, mas nenhum se equipara a solidão, ao vazio do lençol.
Amor meu, sei que não sou nenhum escol.
Naveguei por esses mares, mas não vislumbrei, meu por do Sol..." - EDSON, Wikney
Oh, solidão acerba
Que, em mares desconhecidos,
Navega rumo à mansidão do infinito
Buscando um horizonte perdido
Através de espelhos d'água
Que se confundem com reflexões
Profundas como o mais vasto oceano
Que abraça cada pedaço de saudade
De quem, só, sofre calado.
Pensamentos que afogam
Embaraçam, pressionam.
Só te arrosta quem amou
E quem ama em vastidão
Outro coração, outros corações
Em distante escalada.
Eis o que move a vida:
Aprender a dançar
A dança da Solidão.
Volta!!!
A distância realmente afeta o peso da solidão,
por cinco dias incomunicáveis a falta desse acesso ao teu coração tem deixado marcas profundas nas minhas noites e dias intermináveis,
tenho a sensação de estar vivendo em luto mentalmente falando, tá faltando calor, paz, pulsação vibrante e sim tá faltando os teus olhares penetrantes junto aos meus,
o que eu tenho de mais disponível no momento é o gosto amargo da saudade e as minhas preces para que tudo isso passe como uma chuva rápida de verão e você volte para completarmos a outra parte de um todo a qual nós pertencemos.
Volta logo, volta!!!
O tempo voa e o que resta é a memória no fundo da alma.
Todos se vão e a solidão fica,
Até chegar o momento da nossa partida ao reencontro da nossa saudade.
É difícil olhar pros lados e perceber que você não está aqui, solidão que me acompanhava todos os dias, me acostumei com tua presença te fiz de crença e rezei para que se esvaísse tão rápido como dias felizes.
Breve solidão
Estes dias foram especiais para mim, acho que regressei da minha breve solidão, como quem abre a porta de um quarto escuro e se ilumina com a luz radiante que vem do outro lado de lá, e com ela vem também o aroma da vida que entra no corpo pelos poros e revigora as forças.
Quantas emoções, quantos suspiros eu já dei, sou incapaz de ignorar que já estou experimentando a felicidade que você me traz, sem você se quer se esforçar.
Com você eu vivo mais, eu brilho, meu sorriso não tem hora certa, o ar que eu respiro é puro, as cores que meus olhos veem são mais nítidas, as horas são como as nuvens no céu, meu espirito é paz.
Eu te conheço a alma, eu explano sua consciência, mesmo quando eu não estive lá, você esteve, cobrindo a lacuna da paciência em esperar, mesmo quando eu não sentia mais, você sentiu meu coração vibrar mesmo que estático, mesmo quando adormeci em meus fracassos, você venceu o medo e me amou.
Você me estendeu a mão e me puxou da inercia, mesmo meus olhos estando embaçados pela dor que sempre senti de ter te perdido pelo tempo, você insistiu em me buscar, a corda que nos prende não tem nós, ela faz parte do nosso sentimento que é intrínseco.
Enquanto ardíamos em desespero pelo cinismo do destino que rasgou nossas vidas em dois pedaços afastando-nos do nosso tempo, o amor, poder maior que tudo une colidiu com o muro que nos separava e reatou nossas almas, como ultimas peças do quebra-cabeças das nossas vidas.
Hoje eu posso escutar seu coração, como o som das ondas do mar que quebram dentro de mim, você faz parte de mim é metade perfeita de mim, uma gota de você encheria meu universo de esperança, assim eu posso amar como nunca imaginei amar alguém, como alguém que descobre que pode voar eu me lanço até você voando em pensamentos na sua direção.
Hoje estou em você vivendo como um parasita, se alimentando do seu sorriso, sou um parasita do teu coração, pois é o lugar que quero estar e enquanto você sorri eu me energizo eu me revigoro, me eternizo em você.
Hoje vejo a ponta do iceberg de quem amou de mais, de quem não se atreve a falar que conhece o amor, pois ontem te amei menos que hoje, mas amanhã vou te amar bem mais que agora, pois quero fazer do amor algo trivial, que seja assim, que cresça exponencialmente dentro de mim e que dure eternamente.
Hoje é o epilogo da breve historia da minha solidão, pra renascer algo que possa ser bem maior que todos os filmes ou músicas de amor que já tenham seus olhos vistos.
Hoje eu tenho olhos que veem bem mais que apenas a tempestade que cai em minha vida, do caos e inercia que são meus dias sem você, vejo um céu que tem sua cor, seu brilho, vejo entre as nuvens seu rosto, que clareia minha esperança.
Hoje é o prefácio da minha historia, o começo da rasão de quem assente pra vida, você mudou minha esperança a mesma que ontem era desilusão em alento, me transformei naquilo que eu já era pra poder me encaixar de novo em você, você me fez lembrar a metamorfose da viva que eu tinha, ressurgi pra você como borboleta que cria asas e voa para seu destino.
Hoje eu vivo pra poder te ver, pra poder guardar na memoria suas lembranças de hoje, pra poder amanha relembrar de como você me faz feliz mesmo só abrindo seu sorriso, creio! ninguém me faz feliz como você me faz...
Nem sempre vamos lidar bem com a solidão, podemos até fingir por um tempo. Mais a nossa alma sente saudade do que ainda não foi vivido, saudade das suas expectativas e planos para o futuro. Mesmo quando nem você lembra, lembra daqueles planos que você fez no futuro? Você determinou que faria isso, aquilo e seria sabe se lá o que. Aquilo foi determinado na sua alma, talvez aconteça ou talvez não. Mais a sua alma capta todas as suas expectativas, por isso você sofre quando nenhum delas é realizada.
A solução? Saber lidar com as decepções, a vida é uma caixa de surpresas que pode te dar coisas boas ou ruins. Lidar com as decepções não é se fazer de forte, muito pelo contrário, é você se mostrar fraco. A sua verdadeira essência, chore, bata em algo ( não em alguém), coloque a sua raiva para fora.
Relembre do que perdeu, sinta saudades. Somente sinta, para depois quando lembrar você não vai sentir tanto. Porque todas as suas reservas já foram gastas em lágrimas.
GRILHÃO
Por que hei, desta solidão, o memorial
Por que hei, do silêncio, o chamamento
Se o caminho tem o seu início e o final
E o fado nunca é só descontentamento
Fosse possível ser apenas um ato fatal
Depois de tanto e tanto aborrecimento
A vida seria apenas passagem acidental
E no acaso não teríamos o sentimento...
Vária lembrança no tempo, nunca lento
De vias que nos parecia uma eternidade
E que nos foi reservado no esquecimento
Por que? Me encadeias sem piedade
No grilhão do vil ignoto e do tormento
No cárcere dum martírio da saudade?
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25 de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
MINHA SOLIDÃO
Eu andei me apaixonando pela minha solidão
E não é sobre não gostar de companhias
É sobre abraçar minha presença e sentir paz no coração
Afinal, solidão só é boa quando é opção
Se alguém chega, é um presente
Se alguem sai, sigo em frente
E não é sobre ser autossuficiente
É sobre gostar de estar a sós com a gente
Mas se a saudade vez ou outra bater
Eu abro a porta se de fato valer
E não é sobre orgulho ou recaída
É sobre saber o que eu mereço na vida
Eu andei me apaixonando pela minha solidão
E não é sobre me isolar do mundo afora
É sobre reconhecer meu mundo interior
E saber que minha própria companhia tem valor.
(10/07/2019)
O amor verdadeiro nunca será cobrado, não importa por onde andas, jamais sofrerá de solidão; terás saudades, mas nunca estará a sós. Clodoir Vieira - 2015
Sinto sua falta
Seu sorriso tímido
Sua fala comedida
Sua ausência dói demais
Solidão que machuca
Coração que bate descompassado
Um vazio profundo
Em uma partida necessária
Falta um pedaço de mim
Tão prematuro fiquei só
Olho ao redor e não te vejo
Sinto ainda seu cheiro
Seu calor
Penso em você
A todo instante
Tem horas em que a solidão grita tão alto, mas tão alto dentro de mim que chega a ser desesperador. E não tem música, filme, jogo, comida, cigarro que me faça parar de ouvir esses gritos tão altos.
Gritos que só incomodam aos meus ouvidos. Por mais altos que sejam ninguém os ouve além de mim.
É impossível ignorá-los e quanto mais eu tento, mais altos e potentes eles se fazem.
Entre o desespero da solidão e a urgência para calá-la, lembro de você. De todos os momentos bons, de todas as frases bonitas que eu ouvi e li, mas que não foram suficientes para sustentar todo o sentimento que você criou em mim.
Eu não te faço bem, você disse.
Tudo que eu queria era te fazer bem, como você me fez tão bem naqueles dias. É uma pena que eu não tenha sido suficiente.
Você calou a voz da solidão sem esforços mas hoje, olhe para nós, o que sobrou foram só destroços. Todos os momentos foram com o vento, era tudo "de momento" você não me olha mais, você com certeza me deixou para traz. E eu te vendo na frente na esperança de um dia caminhar do teu lado.
Nas areias do tempo
Sou eu quem lhe dar as mãos solidão
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Texto de Renata Pereira (Relopes)
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