Solidão e Companhia
Em dias de silêncio, de aparente solidão, surgem companhias inusitadas, desvalorizadas em função de tantas ocupações, e de tantos afazeres. As palavras, usadas costumeiramente, em aparelhos eletrônicos, em papéis chamados de documentos, em notas chamadas de dinheiro. Porém, não observadas por falta de tempo. Por isso, ditas apenas de acordo com as necessidades e interesses, e bem pouco ousadas no que se diz respeito ao ser.
O ser que é alguém, o ser que sou eu, o ser que apenas é um ser. Que não se relaciona apenas com o trabalho; que não fala apenas sobre dinheiro; que não existe apenas para cobranças; o ser que é alguém, que espera mais do que a formalidade, mais do que a educação por obrigação; que espera a resposta que puxe outra pergunta; o ser que quer dialogar acerca de algo que não esteja na moda; o ser que sente saudade dos vivos, quando fala-se tanto dos mortos.
Há o ser que espera encontrar-se com as palavras bonitas, e carregadas de algum sentimento ofuscado em função do tempo, e da doença que tomou conta dos olhos, da alma e do coração. Há quem queira as palavras. Elas ainda funcionam, e podem ser ditas de forma a acalmar um coração, e a curar uma alma.
Sempre existe um bem no mal.
Um amor no ódio.
Uma companhia na solidão.
Uma genialidade na loucura.
Uma luz na escuridão.
Acabe com a solidão da noite sentindo a companhia das estrelas através do brilho sobre seus olhos ao observa-las.
Solidão que me acompanha
Diga a ela por favor
Que não suporto viver
Sem seu amor
Desprezo que estás comigo
Que insiste em ser meu amigo
Peço com todo carinho
Que diga a ela que estou sozinho
Vida entenda de uma vez
Sem ela não sou nada
Nem mesmo sorrisos
Muito menos gargalhadas
Sem ela sou apenas a metade
Da metade de um por cento
Sem ela de tudo duvido
Sem estou em eterno desalento
Alguém por favor diga a ela
Que estou a sua espera
Que jamais ei de desistir
Que jamais ei de partir
A melancolia é companhia
A solidão é aquela antiga amiga
A racionalidade faz parte
O sentido é inexistente
E apenas sigo em frente
Levanto da cama
Faço o que dizem
E vejo eles sorrirem
E imagino como conseguem
Mas deixo de lado
Esse pequeno questionamento
E volto para minha realidade
Onde sei, que tenho a mim mesmo
Não importa
Se não são sonhos
Mas sim pesadelos
Às vezes, na brisa da manhã depois de uma boa noite em companhia da solidão, sinto-me vivo, percebo o mundo, de repente, quando me sinto provavelmente feliz, percebo que esta, a felicidade, não existe por impressão e sentimento, ele depende de carnes e ossos, e estes... ...brisa nenhuma carrega!
Não fale de solidão para quem anda em companhia dos livros: provavelmente essa pessoa não saiba o que é isso.
Na escuridão da noite, tendo apenas meus pensamentos como companhia a solidão desejada e temida se aproxima furtivamente e arranha a superfície da minha sanidade deixando sua semente sombria.
Em determinado momento se constata a solidão e o silêncio como ótimas companhias para quem se desiludiu das companhias humanas.
Quando tudo parece estar escuro
e a solidão aperta.
Nada melhor que a companhia da lua.
Ilumina e encanta.
A tristeza só nos abate se não prestar
atenção, que até em noites de breu total.
As estrelas e alua estão prontas para o espetáculo.
"MINHA VIDA longe de você meu filho MORÔNI, sempre foi acompanhada de muita SOLIDÃO pelo fato de não estar presente em sua vida, sei que perdi os melhores momentos em que eu poderia ter desfrutado em minha própria vida."
"Talvez esse seja o maior remorso que carregarei em meu tumulo."