Solidão
Mais uma noite e mais um cigarro, e mais uma vez, sob a luz do luar, e o encanto das estrelas, eu vou escrever sobre a estrela mais bonita que já conheci. Mas dessa vez é diferente, eu sinto que preciso escrever sobre esse sentimento que não vai embora, não importa o que eu faça, não importa quanto tempo passe, não importa o que aconteça, e eu já não sei mais o que fazer, já não sei mais como reagir a esse sentimento, que deveria ter sumido, se extinguido, desaparecido. Eu já tentei de tudo, tentei conhecer e me relacionar com outras pessoas, mas por algum motivo não adianta nada, meu coração sempre volta para você, e eu sinto que não consigo mais viver sem o seu brilho para iluminar minhas noites mais escuras, de alguma forma, eu sinto que não sei mais viver sem ter você, mesmo me convencendo que o tempo passou, e mesmo sabendo que eu mudei muito, e provavelmente você também, por mais estranho que pareça, me conforta saber que quem eu sou agora nunca daria certo com você naquela época, e provavelmente, com você nessa época também não, e eu já me convenci disso, eu já sei isso, então por quê? Por que você não sai da minha mente? Por que você não sai do meu coração? Por que não consigo deixar de ver você como minha cachinhos dourados? Por que parece que nada faz sentido sem você? As vezes minha vontade é de simplesmente dizer dane-se para qualquer coisa e te enviar esse texto patético, mas eu sei que não faria sentido, sei que isso só me machucaria mais, o frio da madrugada e a sensação fúnebre da fumaça dançando em meus pulmões são as únicas coisas que aliviam esse sentimento sufocante, o silêncio da noite e o vazio nas ruas refletem o meu coração. Será que um dia você vai voltar, nem que seja para perguntar como eu estou? É melhor não, isso só alimentaria mais esse sentimento, que eu sei que só o tempo pode curar, mas quanto tempo mais será que vai precisar? Quanto tempo mais será que eu vou aguentar?
Aprenda a estar sozinho e gostar disso pois, se você não gosta da sua própria companhia quem vai gostar?
Um copo de whisky...
Um cigarro apagado...
Uma ligação perdida...
Um canto sujo de um bar decrépito...
Meus demônios cantam em meus ouvidos...
Uma música sombria...
Uma melodia conhecida...
Eles cantam...
"O amor te foi negado...
Sua sorte roubada...
Sua alma arrancada...
Vida longa ao poeta solitário..."
►Esquecimento Árduo
Eu a deixei, senhor
Não estava mais suportando a dor
Meu coração gritava diariamente por socorro
Mas, ao tempo em que ele queria desistir,
Ele criava motivos para persistir
Não sei o que sua santidade planejou,
Mas, ela fora a deusa que em meus sonhos deitou-se
E, o senhor sabe bem das minhas lágrimas
Sabe bem das noites claras,
Que fiquei esperando suas mensagens.
O senhor sabe o quanto chorei
O quanto solucei para manter um semblante,
Calmo, tranquilo, como um monge
Mas, por dentro, me encontrava despedaçado,
Visto somente em relance.
Por que o senhor me fez assim?
Escrevo dedicatórias quando por alguém estou afim
Escrevo depressão quando estou sozinho
O tempo passa diante de mim, e,
Junto dele, as lembranças da amada
Daquela que decorava minha imaginação mais adorada
E que hoje, me maltrata em sonhos lúdicos
Que me abraça em devaneios tão lindos e únicos
Por que, senhor, eu continuei, mesmo em desconfiança?
Por que, após a mágoa que sofri, desejei as alianças?
Por que eu a desenhei em textos de vulgo “dama”?
Por que ela não se desprende de meus pensamentos?
Nem mesmo um dia sequer da semana?
Silenciei-me por todas as vezes
Que você, me julgou como errado
Porém, quando tive a certeza
De está certo! ao ouvir o seu, adeus
Eu, nunca quis tanto ser o errado.
como um espelho no sol
os olhos queimam
e eu já não consigo enxergar
a luz penetra irresistível
a pupila se esvai
tombo assombrada
com minha própria desilusão
como um espelho no sol
a água flui
pelas maçãs descoradas
da minha face
confunde-se entres os vales
mergulha em minhas entranhas
liberta-me a solidão
como um espelho no sol
o equilíbrio desvanece
subo em montanhas macias
confundo-me em fantasias
a pele e o pelo enrijecem
canto o som dos tementes
cego-me pela canção
como um espelho no sol
nada enxergo
tudo vejo
ao encontrar-me espalhada
pelo vasto
pelo nada
da minha própria imensidão
Sexta-feira!
A lua está chegando e não será como aquela sexta que estivemos juntos
Sinto que ela me encontrará sozinho
Mais espero que o amanhã te traga e fiquemos juntos.
Vivo
Vivo porque sinto tua energia
Vivo porque sei que não estou só
Vivo porque tenho a alegria
Vivo pra depois virar pó
Vivo porque só vós tem dó de mim
Vivo porque a humildade é tudo
Vivo porque o caminho não tem fim
Vivo porque me encontro neste mundo
Vivo porque sei que tenho Fé
Vivo porque tenho tua força
Vivo porque estou de pé
Vivo porque ninguém me coloca na forca
Vivo porque tenho o livre arbítrio
Vivo porque sou do bem
Vivo porque tenho o alívio
Vivo porque Deus me fez alguém
Enquanto não tiver algo melhor para me oferecer além de um relacionamento casual e mesquinho, não me tire da solidão.
Hoje eu entendo o que as pessoas que não querem viver sentem. Porque hoje eu só queria morrer.
Não suporto mais tantas pessoas maldosas, tantos julgamentos alheios, tanta gente ruim que te machuca, inventa coisas ao seu respeito. Isso é horrível. Como dói ser caluniada e desrespeitada. Como dói a falta de empatia, a falta de amor e de respeito ao próximo. Eu estou não desistindo, mas estou já adoecendo por causa de uma sociedade machista que só sabe criticar tudo e a todos. Que prega um falso moralismo.
Hoje eu só queria viver em um mundo onde só existisse amor, e muito amor.
Estafa mental, cansaço, tristeza...Hoje eu entendo você que tem vontade de morrer ou de sumir. Hoje eu te entendo e consigo entender a tua dor. Vocês não querem morrer, vocês querem matar a dor na alma... Vocês não querem sumir, querem fugir desse mundo tão ruim em que vivemos.
"As vezes tenho medo do escuro e daquela viga
Ela me chama, me enoja, mas ainda é linda
O renascer do sol significa que ganhei
Mas uma vez, eu não me sufoquei
Quem diria que a lua me traria tanto conforto?
As estrelas do céu ainda me parecem distantes
Porém um dia serei eu lá, outra inconsequente"
O verdadeiro eu é inabalável, o verdadeiro eu é solitário. Mesmo que minha vida seja o pôr do sol, viverei meu próprio esplendor.
O rio corria incessantemente, mas parecia secar vagarosamente. Gota por gota, pude sentir se esvaindo de mim. Não somente indo para longe, mas sugando tudo de mim e me deixando com sede e totalmente vazio. Já não tinha mais forças para correr em busca de suas águas e já não podia mais sentir a brisa no meu rosto. O Sol castigava dia após dia e a estiagem se prolongou até hoje e quem sabe até amanhã ou depois.
Meu universo que havia se tornando um pouco azul, voltou a ser acinzentado, agora com traços negros de solidão, algumas texturas vermelhas de traumas, e vários tons de ingratidão.
Meu corpo inerte e sem forças jogado pela imensidão do universo, como um astro desgovernado, perdido no vazio, vagando sem rumo
“ Vai... não olhe para trás
Para frente aprecia-se a vida
Prossiga quem você foi não
Ficou no passado não importa mais.
Siga as setas da sua intuição
De um chega pra lá na solidão
Vai... em busca do que te dá sentido.
Permita-se os desencontros e os
Encontros com os outros e consigo
Tome as rédeas do seu coração.“
Viviane Andrade
Não tenho medo da escuridão, a luz sempre rompe, e faz das sombras, um teatro, onde as histórias são sobre medos, mas quando criança, quando a lua brilhava, dormia com as luzes apagadas, com as janelas abertas, iluminada pela claridade mais hipnotizante, e quanto ao medo, fica nos contos, nas lendas do passado, não é a escuridão que assusta, é a falta de amor que temo.
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