Solidão
A solidão atormenta a alma dos que buscam a liberdade
A liberdade aprisiona a alma dos que buscam a solidão
Numa dualidade de sentimentos, vê se perdido em meio a tantos caminhos.
O que busca a liberdade na solidão, acaba por não ser compreendido por aquele que está preso na liberdade.
Saudade
E sei hoje na saudade mais pungente o peso da solidão.
Vale mais aquele sorriso torto, que a lágrima fria.
Valem as cartas que gritam que o silêncio pálido.
Bem, quando a voz cala, o tempo para.
Nada a dizer, nem a ouvir, apenas o silêncio surdo.
Sobrou pouco, daquele tudo, sobrou nada.
Alguns poemas, o arranhão na garganta, o nó no peito.
O gosto do beijo quente gelado sem cobertor.
Nossas mazelas, sem perdão .
Coração de pedra, desalmada, desgraçada.
Xícara de família estilhaçada.
Uma passagem só de ida pra Madri.
Opus profundo do amor fecundo.
Aquela música me toca e dança agora só com o vento.
Adeus sem despedida, só ressentimento.
No Silêncio da Solidão
No silêncio profundo da noite vazia,
Onde a lua sussurra sua melancolia,
Habita um coração cansado e ferido,
Por anos de dor, sozinho e perdido.
As ondas do mar vêm beijar a areia,
E levam segredos que ninguém anseia.
Mas, no horizonte que nunca se alcança,
Há apenas o eco de uma esperança.
Os dias passam, sempre tão iguais,
Memórias que pesam, lembranças fatais.
Sonhos que morrem antes de nascer,
Num corpo que vive, mas não quer viver.
O vento murmura histórias de outrora,
E o peito responde: “não há mais agora”.
Olhos que fitam o vazio sem fim,
Como se ali encontrassem um "sim".
E, mesmo cercado de imensidão,
O vazio permanece como prisão.
Pois, no final, o que dói verdadeiramente
É saber que o mundo segue indiferente.
Na solidão, encontro meu abrigo,
Um espaço onde me descubro e me celebro,
Planejo meus sonhos, moldo ideias ao vento,
Organizo pensamentos, dou forma ao momento.
Às vezes sou rotulado, antissocial em debate,
Outras, tímido e sério, sem ser tão um atrativo,
Mas dentro de mim, há um mundo pulsante,
Amo conversar, embora não seja constante.
Prazer em conhecer, sou um introvertido,
No meu silêncio, há um universo perdido,
E nesse jeito único de ver e sentir,
Meu ser se revela, pronto pra existir.
Quando sopraram minha luz...imaginei a infinita escuridão de solidão, mas sem esperar a brasa se ascendeu...aquecendo o coração meu! Sorri e senti o amor incondicional do calor de quem és sol.
A vela acessa pra direcionar
O sol aquecendo pra revigorar
Em infinitas possibilidades de criar.
É na solidão que admiramos a paisagem e refletimos sobre a vida, buscando caminhos e saídas para as mudanças de rumo.
Não abro mão da minha solidão construtiva. Evito assim muitos ruídos de quem só divide ao invés de somar.
A solidão é uma condição mental, espiritual e não social ou de ambiente.
Aqueles que são atormentados, presos a traumas, mesmo cercados de gente estão numa masmorra.
Do que adianta a riqueza, beleza e inteligência sozinho?
A solidão, para alguns, é o fim de quem ama e é o fardo dos sábios; enquanto para à multidão, a "riqueza" é um prato cheio para criar idiotas, que saboreiam o entretenimento de baixa qualidade e ter uma vida ínfima e mediocre.
Para uma mente vaga, à multidão seria mais do que o suficiente ou nada e tudo aquilo - do que nada agrega -.
Tua beleza é tão grande, parece um Luar.
É assim, o luar é pequeno se for comparado a ti, quiçá o universo.
Amar é um dom e uma conquista. Ser uma pessoa feliz e ter parte disso: o amor.
Enfim, valorize seu amor, procure um amor verdadeiro e recíproco; e, não tendo encontrado ainda, permita que os que encontraram vivam em paz, harmonia e tranquilidade.
Amor próprio ou solidão amada?
Ah, se eu soubesse que para se sentir confortável é preciso estar sozinho, jamais saberia escolher o maior valor entre o amor ou a solidão.
Se não desistir, o motivo é bem simples, de alguma maneira, ainda quer acreditar no amor incondicional.
Ficar acordado até de madrugada a fora, conversando com o sentimento e sabendo que iria ficar cansado de manhã, mas não importava com isso, vale o desejo de dormir menos para ter um excelente tempo com a pessoa amada.
Eu não posso desistir, se não daqui a pouco não vai ter mais 'arte' neste mundo.
Estou no paraíso ainda.
O segredo é retribuir o valor a quem está com vontade de felicidade e de progredir contigo.
Uma mente aberta que não voltará mais ao irracional e adornamento desta ínfima sociedade ao desluxo das falsas profecias.
Eu sei que a distância pode até mudar algumas coisas entre nós, todavia saiba que você nunca estará sozinho.
É como se você fosse meu espelho, meu espelho olhando para mim.
O amor me faz sorrir. Sou uma pessoa feliz, o amor é parte disso. Melhor, se for as pessoas que amo sorrindo.
Quero estar com a cumplicidade vendo as estrelas sobre o mar.
Quero voar muito alto, e, em algum lugar, ao menos, amar e ser amado.
Eu queria morar em um planeta onde os amantes humildemente estivessem felizes e os desonestos e ilusionistas nos deixassem em paz e procurassem algum motivo para amar.
Na trama sutil da solidão que tece,
Num fio de ausência e memória perdida,
Cadê você? Sozinho, ecoa a prece
De quem na vida não quer ser só partida.
Esquecera de mim? Nas horas tardias,
Teu nome toco em cada acorde baixo,
Sinfonias de amor, melancolias,
Na beleza pura que ao prazer faço laço.
Só penso em ti, na vastidão do dia,
Minha alma, em seu deserto, te busca inteira,
Sentindo falta da tua companhia,
No coração só, tua presença é ceifeira.
No caminho, um encontro, simples faísca,
Transforma o ar em júbilo, a solidão em festa,
Não desejo te possuir, apenas a mística
De um carinho que no amor sempre resta.
Lindo ser que sabe viver, é verdade,
Teu sorriso me desarma, me faz rei,
E nessa canção que em mim invade,
Canto o que foi e o que ainda não sei.
Por onde andei? Te procurando sem ver,
Na ignorância de um coração que tarda,
Mas agora sei, tudo que preciso é você,
A peça que faltava, que a tudo aguarda.
Eu protegi o teu nome, Beija-Flor,
Codinome de amores, escondido e sentido,
Nos lábios meus, o gosto do que é amor,
Atrasado chego, arrependido e remido.
Ainda é tempo, o ontem é tarde demais,
Hoje as horas estendem as mãos,
Para amar, para viver, para a paz,
Para aumentar o mundo, sem vãos.
Amar, desejar ser amado, verdadeiro elo,
Dar-se pelo outro, o ato mais generoso,
Na partilha do sentir, no doce apelo,
De viver o hoje, no amor, formoso.
Nas páginas brancas da solidão,
Teu nome escrevi, um elixir, uma canção.
Cada letra, um sussurro de luar,
Prenúncio do sol que há de brilhar.
Sua letra é poesia, etéreo acalanto,
Necessito do sol, mas de ti preciso tanto.
Teu calor ressuscita o que em mim jazia morto,
Na penumbra de um coração que se queria absorto.
Que coincidência ser o amor, essa estranha magia,
Que preenche os vazios, transborda utopia.
A melhor sensação, descobrir-te em mim,
Desvendar os segredos que guardas, enfim.
A vida, outrora pálida, sem teu sorriso passa,
Mas tua presença transforma, o tempo, o espaço abraça.
Conto segundos, cada instante é um tesouro,
Pois perto de ti, cada minuto, eu devoro.
Vem, oh amada, desta névoa me retirar,
Preenche com tua luz o meu lugar.
Faz deste coração, antes solitário,
Um abrigo feliz, um santuário.
Para todo mal que minha vida possa convocar,
Tua essência é bálsamo, sem hesitar.
Uma dose de ti, e tudo se repara,
Em teu abraço, a paz se declara.
Protejo teu nome, meu amor, em segredo,
Em codinome, Beija-flor, findo meu medo.
Metaforicamente, meu mel, a eternidade prometo,
Pois mesmo quando eu partir, nosso amor, eu decreto:
Permanecerá, doce herança,
Em cada flor, em cada esperança.
Na tapeçaria noturna, onde os ecos da solidão bordam silhuetas obscuras, cada fio entrelaça-se com a sombra sutil do isolamento. Caminho por corredores de pensamento, onde as paredes são adornadas com retratos de reflexão e introspecção, guardando no âmago uma melancolia elegante. O silêncio é meu companheiro constante, um confidente que escuta sem interromper, que observa sem julgar.
A solidão, essa dama enigmática, dança ao redor, seus véus sussurrantes tecendo a fria beleza de sua presença inescapável. Ela me ensina a linguagem dos não ditos, as sutilezas das pausas entre palavras, onde o verdadeiro significado muitas vezes se esconde. Em sua companhia, aprendo o valor da autocontemplação, do mergulho profundo nas águas tranquilas do próprio ser.
A sofisticação da solidão não reside na dor que pode infligir, mas na clareza que oferece, um espelho implacável revelando quem verdadeiramente somos quando despidos das distrações do mundo externo. É no reino do silêncio que as verdades mais profundas são sussurradas, onde os segredos mais guardados são revelados ao coração que sabe ouvir.
Assim, enquanto me deleito na austera elegância deste isolamento, reconheço que a solidão, com sua presença tanto austera quanto instrutiva, não é meramente um vazio a ser temido, mas um espaço sagrado de crescimento e descoberta pessoal. Com ela, sou tanto o escultor quanto a escultura, moldado pela quietude, revelado na tranquilidade de um mundo que se cala para que eu possa verdadeiramente falar.
Meu Céu e Minha Sina
Ó solidão que amarga em cada minuto distante,
Um tempo que se estende, qual dor incessante.
Foi assim que vieste, destino imprevisível,
Qual sombra fugaz, mas tão indivisível.
Entraste em minha vida, sem aviso, nem razão,
E já roubaste os sentidos do meu coração.
És singular, meu norte, minha inspiração,
Um universo onde perco toda a noção.
Teus olhos, verdes como o mar em alvorada,
São para mim estrelas numa noite estrelada.
Ao sorrir, abres portas do paraíso eterno,
E me lanças num mundo onde tudo é moderno.
Todos esperam o sol, num alvorecer constante,
Mas tu chegas sempre, em um brilho fulgurante.
Minha sina, meu sol, meu sistema solar,
Tua presença é farol, no céu a brilhar.
Se um dia partires, meu rumo a mudar,
Saiba que espero — há de voltar.
E quando em tristeza teus olhos se fecharem,
Que seja por um dia, não por dores que se alastrem.
Faz feliz teu coração, te peço e te imploro,
Pois és meu astro, meu céu onde moro.
Tua existência, constelação que me guia,
Minha Estrela Dalva, minha eterna alegria, meu pedacinho de céu com cor de esmeraldas.
Tempo ao Tempo.
Solidão.
Há duas formas de solidão: uma externa e outra interna.
A primeira é opcional, a segunda é crônica.
[Verso]
A brisa fria tocava meu rosto
Noite de solidão marcado no desgosto
Abandono de um amor tão platônico
Coração agitado num choro irônico
[Verso 2]
Lágrimas de sangue no rosto caindo
Olho pro céu e vou resistindo
Noite escura sem nenhuma estrela
Solidão que vem e me congela
[Refrão]
Solidão gelada entra no meu ser
Coração em pedaços sem saber viver
Amor distante uma ilusão sem fim
Choro sozinho ninguém perto de mim
[Verso 3]
Sinto um vento que me faz tremer
Lembranças me atingem não posso esquecer
Saudades batendo num ritmo de dor
Noite de solidão sem nenhum calor
[Verso 4]
Caminho pela estrada gelada e vazia
Buscando um alento nessa noite sombria
O peito apertado e sem direção
Solidão que bate forte no coração
[Ponte]
O sol não nasce minha alma se perde
Esperanças caiem como folhas de outono
Um amor platônico que nunca aconteceu
Coração partido no frio do abandono
Composição Valter Martins
O amor próprio não existe para dar um sentido a solidão, ele é um mecanismo de defesa para que não aceitemos qualquer tipo de tratamento.