Solidão
A solidão é um nome que ecoa no peito,
Um vazio imenso, sem rastro, sem jeito.
Ela entra sem avisar, se deita, se instala,
E se faz casa, mesmo quando se cala.
É o silêncio profundo que se faz companheiro,
A ausência de vozes, o espaço inteiro.
É uma sombra que cresce, mas não se mostra,
E, mesmo estando cheia, a alma é desgostosa.
A solidão não pede licença, ela se impõe,
É o peso de um corpo, mas que nada compõe.
Ela é companhia amarga, que se veste de paz,
E se torna o lugar onde o tempo se desfaz.
Não há consolo nela, nem festa, nem luz,
É um lugar frio, onde nada seduz.
Mas, em meio a essa falta, há um certo consolo,
Talvez seja o silêncio que preenche o solo.
E, de algum modo, aprendo a caminhar,
Com ela ao lado, a me observar.
A solidão, afinal, não é só dor,
É o encontro de mim com o que restou de amor.
A solidão é um canto vazio,
Onde a alma se perde, sem abrigo.
É a sombra que cresce, sem se importar,
E o silêncio que grita, sem se revelar.
Caminho por ela, sem pressa ou alarde,
É uma estrada sem fim, sem nenhum alarde.
Os rostos se afastam, o mundo se esconde,
E eu me encontro inteiro, mas onde?
A solidão não é ausência, é peso,
É o corpo cheio, mas o coração em desequilíbrio.
É um grito abafado, um vazio profundo,
É a dor de ser inteiro e, ainda assim, ser o fundo.
Não há companhia onde a solidão mora,
Apenas o eco do que foi, do que outrora
Era riso, era abraço, era vida.
Hoje, é só o som da alma perdida.
Solidão, silente amiga,
que vem quando o mundo se afasta,
teus passos ecoam no vazio
como uma sombra que nunca se cansa.
Nos dias cinzentos, tu me abraças,
com um toque frio, mas sem maldade,
teu silêncio é meu único consolo,
uma companhia que não pede verdade.
Olho para as estrelas e me perco,
como se nelas pudesse encontrar
um pedaço de mim, perdido,
ou talvez uma forma de voltar.
Mas, ah! Solidão, quem te entende?
Teu abraço não é cruel nem amargo,
é um canto suave de aceitação,
um refúgio no qual me refaço.
Nos teus braços, aprendo a ser inteiro,
a existir sem o medo de ser outro,
pois na solidão, eu sou o que sou,
sem máscaras, sem pressa de ser.
Solidão, não és inimiga,
apenas uma amiga quieta e sábia,
que me ensina, no silêncio da vida,
que o eu mais verdadeiro se revela
no vazio que de ti se preenche.
Aqui na escuridão
Vejo tudo embotado
Procuro uma saida
Solidão é o meu fardo
Penso no passado
Onde tinha perspectiva
Pois sentia esperança
Não o peso dessa vida
O que posso fazer?
Já gastei as minhas fichas
Minha conta estourou
Ja não tenho mais saída
Faz tempo que vejo o fim
Que para alguns é um começo
Vou me despedir das dores
Eu não ganho, mas não perco...
Não é a quantidade, é a qualidade…
A solidão, muitas vezes temida, é na verdade um refúgio para aqueles que se recusam a habitar o teatro das aparências. Não faço questão de moldar-me ao agrado alheio nem de ceder espaço a máscaras que fingem afeição, enquanto ocultam intenções vazias. Vivemos em um mundo onde o brilho das palavras é frequentemente maior que sua substância, e onde o preço de tudo é calculado com precisão, mas o valor das coisas — e das pessoas — se perdeu em meio ao ruído. É um cenário em que a falsidade veste trajes elegantes, mas não consegue disfarçar o vazio de um coração desprovido de sinceridade.
Prefiro a companhia do silêncio ao convívio com vozes que não ecoam verdade. Quem valoriza a própria essência sabe que nem todas as presenças são bênçãos; algumas são pesos que nos arrastam para um chão de ilusões e desgostos. Há momentos em que a distância não é apenas uma escolha, mas uma necessidade vital. Cada passo solitário, quando guiado pela autenticidade, é mais digno do que mil passos acompanhados por sombras que disfarçam intenções. E se o preço da minha verdade é a solidão, pago-o sem hesitação, pois a minha verdade é o único chão firme no qual posso caminhar.
Já dividi momentos, confidências e risos com pessoas que hoje são apenas lembranças distantes. Não guardo ressentimento; guardo aprendizado. Há lugares que já ocupei, mas que hoje não mais me pertencem, pois o tempo, esse escultor implacável, molda nossas prioridades e nos ensina a deixar para trás o que não nos alimenta. Carregar o peso do passado é recusar o espaço que o novo necessita para florescer. E há uma liberdade sublime em soltar aquilo que nos faz mal, em abrir mão do que nos desgasta, em dizer adeus ao que não nos respeita.
Cada despedida é uma porta que se fecha e, ao mesmo tempo, um portal para dentro de nós mesmos. A ausência do outro nos ensina a presença de quem realmente somos. É nessa solitude que encontramos a clareza necessária para discernir o que importa e o que é supérfluo, o que edifica e o que consome. A estrada da autenticidade pode ser solitária, mas é nela que o espírito encontra paz. Que o mundo siga amontoando falsidades; eu escolho caminhar leve, fiel ao que pulsa dentro de mim. Porque, no fim das contas, não é a quantidade de pessoas ao nosso redor que importa, mas a qualidade daquilo que carregamos na alma.
A solidão não tem fonte física ou espiritual, mas um meio termo entre eles, ou seja, se origina na mente.
Tenho tanto medo de perder o tanto que já perdi nesta dimensão, que a solidão, as orações suprimidas secretas e o amor pleno pela imensidão e a multidão, me fortalecem.
Eu sigo em frente a dor e a solidão me destrói e me reconstrói
Já passei por vários momentos e vi que a solidão faz parte de mim....
Hoje o que restou foi aquela rede pendurada na varanda....
Aquele era nosso canto projetos para o futuro foram feitos e jogados
Hoje vivo entre copos e garrafas revivendo os sentimentos amargos ......
Eu ainda sinto o gosto amargo que você deixou depois daquela noite juras e promessas de amor que
Foram apagadas na manhã antes do sol raiar.....
Uma ligação uma mensagem colocando fim em treze anos de juras de amor e projetos de um futuro melhor nossas filhas....
Papai segue em frente nós estamos aqui para segurar a sua mão
E hoje o que restou foi aquela rede na varanda ...
a última taça deixada ao lado da cama me faz lembrar você ..........
foram juras de amor saindo dos seus lábios molhado com o vinho juras de amor que se foram como a fumaça do seu cigarro que se misturava com o doce amargo do vinho,....
ainda guardo na lembrança as fotos e os vídeos dos nossos momentos de amor tudo registrado para mostrar que ali dois corpos se entrelaçavam entre o suor e e o gosto amargo do vinho que você bebia....
Hoje o que restou foi aquela rede pendurada na varanda....
Hoje me é ser, próprio, romântica, porque um dia experimentei a solidão, essa me fez aconchego, mas não me fez bem, digo, ela é tão deliciosa em certas partes e tão odiosa em outras, quem me dera lembrar do vil escarlate de seus olhos ainda cedo depois de tomar café, me diga, minha amada, se ainda lhe sou suficiente? Então por que não te bastei, minha flor graciosa? Me fiz jardim para ti, me fiz adubo, água, sol, jardineiro para ti e do que adiantaste? Ó tenha pena de minha alma, minha querida, eu lhe amo tanto que faria de mim quem sabe lá o quê? Fique comigo, te imploro, pois sei que a solidão amarga me fará perturbação, mas não digo tudo isto como reclamação por ficar só, mas por estar se esvaindo de meus braços, querida, como me é doloroso ver diante de minhas pupilas já cansadas e marejadas seu espírito junto de teu corpo sumindo aos poucos, na verdade, digo que tão depressa, para quê? Não gostas do que fui? Não gostas de meu solo, meus cuidados? Por que me fez sofrer desta forma? Sou um pobre rapaz que se apaixonou por uma dama que não estava preparada para amar, ó que confusa ela está! Pobre homem também será o próximo, até que a vil dama se torne mulher, desabroche suas flores e frutos do amadurecimento junto da juvenil paixão, te é próprio ser má com bons rapazes? Jogue fora todos os meus presentes para que nem por um segundo se lembre de mim, assim farei com a doce lembrança do teu amor e de teus beijos. Em algum dia, se nos esbarrarmos, já não me lembrarei mais de ti e nem me faça questão de não lhe falhar-lhe à memória, esqueça, basta!
É bem verdade que não é bom estar só, em seus momentos sozinho, as tarefas diárias é solidão, sua mente precisa ser resiliente e aceitar a situação imposta. O abismo que há em sua mente é reflexo do seu coração! Estar cheio do Espírito requer renúncia todos os dias, sozinho você não consegue, peça ajuda a Jesus, nosso Senhor, tudo é possível ao que crer.
A solidão é a companhia daqueles que aprenderam a se germinar.
A companhia é a solidão daqueles que aprenderam a se podar.
Minha Amarga e Solitária Solidão
No silêncio profundo, onde ecoa a dor,
Caminho por sombras, perdido em meu clamor.
Minha amarga solidão, um manto que me abraça,
Em cada passo dado, a tristeza se entrelaça.
As horas se arrastam, como nuvens de aço,
E o peso da ausência é um fardo que não canso.
Busco por vozes que não vão me encontrar,
E a vida, tão cheia, parece se esvaziar.
Nos sonhos, tu vens, com o brilho do passado,
Mas ao acordar, sinto o frio do lado.
Corações que se afastam, promessas que se vão,
E em meio ao vazio, ressoa a solidão.
As lembranças dançam, como folhas no vento,
Revivo os momentos com um triste sentimento.
Nos risos que ecoaram, nas juras de amor,
A saudade é uma faca, cortando a dor.
Oh, solidão amarga, que me ensina a esperar,
Tu és a companheira que não posso deixar.
Mas em meio ao sofrimento, procuro a luz,
Um fio de esperança que ainda me seduz.
E mesmo que as noites sejam longas e frias,
Busco nas estrelas as minhas fantasias.
Quem sabe um dia, em um novo amanhecer,
A solidão se transforme em algo para viver.
Assim, sigo adiante, com o peso do coração,
Aprendendo a dançar com minha solidão.
Pois mesmo em sua amargura, há lições a se dar,
E em cada lágrima, um caminho a trilhar.
Não busque amor
E afecto onde
Não existe ..
Prefira a solidão
Do que viver na Mentira "
Mary Gonçalves
ME AME
E da triste solidão que dói e atormenta,
és a pura emoção que minh’alma anseia.
E da certeza que essa esperança alimenta,
és paixão que ainda no meu corpo incendeia.
Desejos que foram em mim despertando,
delicada e gentil mansidão me envolvendo.
Gemidos contidos é música entoada em soluços,
acorde da lira dos anjos a delicia dos seus beijos.
Entre os lençóis o toque da sua pele macia,
as carícias avançam na sensação que vicia.
Do arrepio álgido no doce calor de seu cálice,
ao elevar cálido de prazer extenue em seu ápice.
São horas que voam neste dia perfeito,
despertar com você chamando meu nome.
Alcanço a paz com sua cabeça em meu peito,
ter-te novamente nos braços pedindo... me ame!
Claudio Broliani
O silêncio da solidão não é o problema; o problema é o que ele revela. Ele nos força a confrontar as perguntas que evitamos, as partes de nós que escondemos. Preenchê-lo com vozes externas é só um band-aid para uma ferida que nunca se fecha. Talvez o verdadeiro desafio da solidão seja descobrir que o que falta não é companhia, mas aceitação do que somos.
A solidão é o lembrete cruel de que, no final, estamos todos presos dentro de nossas mentes. Ninguém pode nos alcançar por completo, por mais que tentem.
A solidão de um quarto
A solidão de um quarto,
Entre paredes mudas e frias,
Uma cama que guarda o silêncio,
E o dia que lentamente se esvazia.
A vida escorre entre os dedos,
Como areia que o vento dispersa,
E o tempo, implacável em sua dança,
Deixa apenas o vazio como herança.
O que esperas, alma perdida?
Que eco buscas nesta clausura?
Será que a solidão te define,
Ou és mais que essa vida tão dura?
Procura além das paredes cinzentas,
Além do vazio que te consome.
Há mundos que clamam teu nome,
Há luzes que dissipam tormentas.
A.C
O que você faz no silêncio da solidão define quem você realmente é, não o que você fala diante dos outros.