Solidão
Triste solidão
Pelo meu caminhar já não existe mais encanto ou aventura,
O tempo passou muito rápido anunciando o fim dos dias.
Eu vejo amigos partindo sem a chance de ver a Luz de Cristo!
E as conversas já não são mais as mesmas, tristes desatinos...
Nos meus passos me sinto como a única andorinha existente,
Que não faz mais verão por falta das antigas e belas companhias.
Triste solidão que me assola nesta vida que segue o seu rumo assim,
Como o rio solitário cortando a vegetação no seu curso.
Queria harmonizar o meu passado com o meu tempo presente,
Para ter um futuro mais agradável junto àqueles que cresceram comigo.
Mas nada é tão simples como aparece nas novelas da televisão,
Onde o mal é cortado para no final serem felizes em união.
Enquanto não dá certo, o filme não chega ao seu final,
Já na vida real, até a promessa fica em segundo plano...
O símbolo mais forte no momento da solidão apresentada
É a Cruz de Cristo que mostra uma vida totalmente rejeitada...
Então, eu me pergunto: Porque a surpresa da separação?
Todos buscam ter sucessos nos seus sonhos e projetos
E ninguém quer andar na contra-mão dos seus objetivos.
Uma pena que muitos não conseguem se livrar das armadilhas,
E se perdem em meio a uma vida imatura por causa da ilusão!
No labirinto da minha memória eu busco lembrar dos perdidos...
Aqueles amigos que se foram precocemente, sem se despedir!
Deixo de lado o meu orgulho inútil, para chorar as minhas saudades...
Acreditando que Deus de alguma forma possa tê-los salvos!
Creio que nos reveremos para recomeçar onde paramos a caminhada,
E juntos em harmonia, reconstruiremos uma nova história de amor e amizade,
Mas de maneira completamente diferente, junto a Jesus, em outra dimensão!
Necessário é o diálogo
“O simples fato de viver em solidão não isola o homem, como o simples fato de viver com outros homens não leva os homens à comunhão. A vida em comum pode tornar alguém mais 'pessoa' ou menos 'pessoa'; isso depende de que seja de fato vida em comum ou apenas vida no seio da multidão.”
Poesia
O que é poesia?
É a prosa vinda do coração
Em meio a solidão
Desabafo da alma em meio a multidão
Grito alto na escuridão
Mistura intensa de grandes emoções
Embrulhado no papel
Brilha o celofane
Bombom
Solitário sabor
Amor
Solidão
Uma valsa um sonho
Um Sonho de valsa
Não são minhas as palavras que digo em momento de solidão e não são minhas as palavras que sozinho digo. Mesmo saindo de minha boca e parecendo que são minhas, na verdade, não são. Tudo isso afirmo, porque sei, que se fossem minhas, talvez ninguém as ouvisse. Por isso eu digo com certeza, que não são. Se surte efeito ou não, que se dane. São minhas as palavras escritas, as editadas e as transformadas, que tento maquiar com borracha ou com backspace. Quem fala com a boca, apresenta o coração, e quem fala com as mãos, aparece como quiser. Mas isso também não importa. Nada importa. Só importa o que eu puder apresentar, então, mesmo sem ser, mas ter, encontro relevância sincera, mas sem nada, nada. Por isso entrego minhas palavras escritas, porque se forem ditas, não mais minhas seriam.
Algumas pessoas gostam da solidão, de esgotos, de prostíbulos, de bares nojentos; apenas porque se identificam com toda essa podridão e acham injusto e deslocado um pedaço podre de ser humano no meio de tanta beleza, perfeição e simplicidade.
Isso é falta de amor próprio, um refúgio para as fraquezas e os medos (essa aceitação) ou uma afirmação prepotente?
Aí que entra o ponto de vista.
A humanidade é profunda porque consegue pensar sobre todas essas coisas ao ponto de se considerar podre. Paradoxo? A vida é um paradoxo.
Não quero ninguém que não seja melhor que a minha solidão. Convença-me com grandes atitudes que caminhar juntos ainda faz sentido. Neste momento, me interessa ser um pouquinho egoísta.
Eu a ensinei a amar, sorrir, abraçar e sentir.
Ela me ensinou como a solidão machuca.
Ela admirava estrelas.
Eu amava o voo livre das borboletas.
Juntas construímos um castelo de sonhos.
Cada uma do seu lado dos altos muros.
Cada uma com sua barreira natural.
No fim, restaram apenas ruínas de dois sonhos inacabados.
Sorrisos amargos e o sentir.
Sentir os dias, dias cada vez mais vazios e solitários.
Solidão de cada dia.
Dentro do meu quarto
na frente do pc.
Maior tédio do mundo
pensando em você.
Ansiedade louca
e atormentadora.
Meu refúgio é ouvir
aquela música novamente.
Sono que não vem,
hora que não passa.
A noite é minha inimiga,
o silencio meu carrasco.
Finalmento tenho trégua
e começo a viver a minha vida
feliz e perfeita
no meu subconsciente.
Vejo você, descabelada, mas linda
acordando ao meu lado.
Me vejo em paz profunda
e inabalável.
Uma realidade tão profunda
que posso sentir sua lingua encostando na minha.
Posso sentir seu abraço apertado
e sua pele macia e quente.
Ai acordo...
O meu dia começa
e até esqueço um pouco.
Mas a noite chega,
e começa tudo de novo.
O BOBO CURINGA
Minha confusão…
Oh, sim!
Doce confusão!
Aquela amiga chata da minha solidão
Filha do caos infinito do eu
Por que fui forjado com essa mente tão desarmônica e repleta de pensamentos?
Pensamentos que gritam e esperneiam
Dançam sem fim
Sem cansar
Como crianças a brincar
Meu corpo não aguenta
Mas os pensamentos não se importam
Só querem dançar
Pensamentos quebrados e caóticos
Às vezes perdidos em forma de versos
Versos tão desestruturados como meu âmago dessintônico
Pensamentos de gênio rebento
Sempre querem ser os primeiros
Não deixando um terminar,
Pra outro começar
Será que me perdoas?
Malditos pensamentos!
Será que você sente com os sentidos
Ou sente com os sentimentos?
Malditos pensamentos!
Não há suspiro em forma de fumaça,
Não há tisana amarga que lhes expulsem…
Só fazem tomar ações tolas,
Sem significado
Atos que executam um dominó de tolices
Atos que te colocam em outros braços
Atos que não sei ao certo consertar
Se é que tem conserto
Se é que precisam de um remédio,
De um remendo…
Malditos pensamentos!
De novo…
De novo!
Não resisti à tentação…
Talvez precisasse desta imbecilidade pra ter certeza daquilo que já tinha
A possibilidade de ter perdido minha alma…
Ah! Outro pensamento se meteu na frente!
Será que me tornei um fantoche?
Será que me enrolei nos fios?
Será que enfim me tornei uma das marionetes que tanto desdenho?
Mas agora cansei de lamentar
Só quero ver a história continuar
E que a realidade,
Dessa vez,
Alcance a imaginação
Chegue aonde imaginamos
Mas por bobagens não concretizamos…
Ah… pensamentos…
Já nem mais os chamo de malditos
Já me conformei com esses rebentos rebeldes
Mas eles, que acompanham todas as possibilidades,
Todas as probabilidades,
Me impedem de descansar
Só queria desligá-los por um pouco
Como que num toque de um botão
Algo que fizesse sossegar este bobo curinga que vaga pelo mundo
E enfim descansar
Adormecer
Sem me preocupar em levantar…
Cheguei a um ponto onde encontrei felicidade na tristeza, presença na solidão, e musica no silêncio.