Sol
O Carroceiro e o cavalo
O carroceiro usa a chibata
O cavalo anda com fraqueza
O sol está castigando
O carroceiro usa a chibata
O cavalo não se queixa
O fardo é pesado
O carroceiro usa a chibata
O cavalo anda com dor
Não há água para os dois
O carroceiro usa a chibata
O cavalo interrompe o seu andar
O carroceiro usa a chibata
Uma... duas... três vezes...
O cavalo anda com fraqueza
Tu és meu sonho, a inspiração, o brilho do meu sol e o céu de luz. Ainda que esteja procurando um lugar ao sol, um porto seguro, você é onde eu encontro luz para a escuridão, a flor do meu jardim e a canção de minha primavera. Sou poeta e canto do amanhecer seus raios de sol, a brisa suave do rosto e o encanto das flores ao desabrochar. Sou a terra e sou a água, que sustenta a vida e sacia a sede, que se ergue do chão e surpreende com a vida natural das matas e florestas, enfim sou uma parcela que te imprime a alegria e de um belo dia.
O sol da felicidade não combina com a paisagem fria do individualismo.
Doe-se para que você não conheça a solidão.
"Se o sol, com cinco bilhões de anos de experiência, se põe todos os dias levando com ele seu calor e sua luz, porque muitos de nós, míseros mortais, dependente deste sol até para a vida, poderemos nos achar melhores, arrogantes e com o nariz empinado, muitas vezes até escravizando seus subordinados e disputando a bala, o espaço de outros, como se fosse viver para sempre?"
(teorilang)
Numa noite escura
Minha mente fica nula
Nesses versos ascendentes
Minh'alma fica ardente
Sol, chuva
Noite, rua
De pensamento aberto
minha vida um roteiro.
O homem é como a polia de uma máquina deixada sob o sol, que quando foi ser colocada para impusionar o funcionamento do motor, estava distorcida e não mais se encaixava para cumprir a função original de sua fabricação... Se a polia falasse, diria: De onde vim? Quem Eu Sou? Para onde vou?
BRASIL CENTRAL (cerrado)
Ó cerrado! ó sertão místico e mestiço
Ó visão, dum pôr do sol que vermelha
- chão, que a secura está sobre a grelha
E o encanto ao dissonante é submisso
Pois o airoso, onde ao torto parelha
Abre a admiração à surpresa do viço
Da tosca vista de ambiente maciço
O gérmen vivo da variada terra velha
Sempre o constante! azul do céu anil
Sobre o planalto... flores exuberantes
De renovo e de um invariante desafio
Anda a poesia aos olhos sussurrantes
Desse seio onde nasce o feitiço luzidio
Do território central do nosso Brasil!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/03/2020, 10’26” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Diante do espelho, vejo a eternidade caindo perante mim
O resplandecer do Sol leva consigo o último resquício das solitárias estrelas de marfim
Que cintilam tão claras quanto a prata
E tão fortes quanto um diamante.
E o último canto da sereia, como uma sinfonia
Engrandecia a imensidão do universo
Enquanto as estrelas juntas em sintonia
Viam o oceano do céu submerso
EU EM TI
Estou aqui,
feito folha que solta
da árvore a que ela devota,
e, secando ao sol,
vai esperando ser ninho
de algum passarinho
que, padecendo do seu abandono,
lhe leva no bico,
que é o seu ombro.
Reparo sim.
Reparo que em ti acho muito de mim.
Reparo que tua boca deixa a minha louca,
E que tuas ideias me acendem e surpreendem.
Reparo que és poeta, que és astuto e que me testas.
Reparo que recrias minhas palavras e a elas dás mais asas
E enches todo o meu peito de alegria e de preceitos
De que só tu és assim e que poderias ser de mim.
Reparo em tanta coisa!
Em tanta coisa reparo!
Mas o que mais me deixa atenta
Nessa visão que me alenta
É que toda a minha atenção colocas em tuas mãos
Ao me fazer delirar com os versos que vêm a mim "respostar".
Nara Minervino
Sempre me julguei valente
Fosse quem fosse o "homi" eu enfrentava
Debaixo do sol quente, sobre essa terra
Não tem um que me ganhava
Respeitado em toda redondeza
Sem conhecer as alegrias da paixão
Feliz de mim que desavisado
Me vi apaixonado assim de supetão
No calendário: Verão!
No céu: Sol!
No a(Mar): Você!
No coração: Amor!
Amor: minha estação sem fim
Minha melhor estação!
Antigamente amor era coisa sem pé, nem cabeça,
sem nome que só sabia fazer doer
Agora é alegria, inspiração, saudade
É vida com flor, é você!
O SOL não é só seu,
muito menos, o Céu.
De todos é o AR que se pode respirar.
O tempo ninguém compra,
muito menos, saúde.
Egoísmo para quê?
Se ninguém é dono de nada?
Se riquezas não levam daqui...
Que cultivem o amor Real
em sua essência total,
só assim para ser feliz.
Um tempo ruim não significa uma vida ruim. Um dia de sol, chuva, tempestade e a terra continua girando, não desista você vai chegar lá!
Viva completamente e intensamente tudo! Tudo passa, acaba. A beleza, a tempestade, o sol, a alegria, a vida...
Você acredita que um novo dia começou porque vê o sol, mas o sol precisou acreditar que era um novo dia quando ainda era noite.
Hoje o Sol já vem caindo
E ela linda já vem vindo
Vem agora, não tem hora
Hoje vou juntar estrelas
Pra demonstrar a força do meu amor
Por ela!
Não vou mais me embriagar
Me torturar, me aventurar à procura de outro amor
Sem mais, eu vou deixar me dominar
Me entregar com fé
Vou sem dó, sem fim
Sei vou te encontrar
O sol, manhã de flor e sal
E areia no batom
Farol, saudades no varal
Vermelho, azul, marrom
Eu sou cordão umbilical
Pra mim nunca tá bom
E o sol queimando o meu jornal
Minha voz, minha luz, meu som
ÚLTIMO RAIO DE SOL
Último raio do sol, rubro e belo
No escurecer do excelso planalto
Ouro nativo, horizonte vai alto
Entre o negror um aroma singelo
Amo-te assim, o árido arauto
Que tens o tom do amarelo
Matizado ao vermelho, elo
Entre o impetuoso e o cauto
Amo o teu esplendor poético
De brilho lhano e tão casto
E o teu variegado frenético
Amo-te fulgor do cerrado
Encantado, de sonho vasto
- um entardecer denodado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
"Para cada sol um novo dia... para cada dia um novo sonho... para os sentimentos palavras... para cada palavra muitos desejos... e os desejos se tornam momentos... e dos momentos se constroem uma vida... e na vida se permite uma verdadeira e perfeita história, sem fim."
RUDNEY VENTURA