Sol
Seu Condutor! Pare o bonde!
Pare que eu quero entrar!
Vou para não sei onde
Volto quando o sol raiar.
Talvez, nem tenha volta ...
O condutor mal esconde
Os beijos que quer me dar.
(Estação do bem querer)
"Tão longe e tão perto"
O sol está tão longe, mas me esquenta....
A quentura em meu rosto faz-me sentir à vida pulsando...me traz aconchego...leveza para alma...
A minha volta...luz, ar, vento, passarinhos, árvores...uma vida inteira...
Aqui em mim...um lindo sol...que me aquece e me faz crer que mesmo tão longe...pode-se estar tão perto...
Mas tua sombra persiste num
Pós-pôr-do-sol que nunca acaba
Na intermitência da memória
Na sofreguidão solitária sentida a dois
Mais um dia frio
Mais um dia sem você
O mundo parece vazio
Na solidão sem te ver
O sol brilha na rua
Mas sem toda intensidade
Pois do meu lado o nada
Na minha mente a saudade
Os dias que se passam
Não fazem mais sentido
Não têm a mesma força
De quando estou contigo
É dificil de aguentar
Mais um dia sem você
Tento me superar
Pra poder sobreviver.
Já não recordava como era sentar sozinho e olhar a rua, com o sol em despedida no horizonte ou mesmo a escuridão de todos aqueles pensamentos. Pouco sentido fazia a ordem dos ponteiros na parede, e as quais circunstâncias do tempo influencia tinha nas tempestades interiores.
Pessoas passam em diferente pressa, indiferentes a si mesmas; vidas se vão, nem sempre a morte significa o fim, há quem caminhe morto... Histórias conexas, algumas tão vazias e transparentes do que é uma existência inútil.
Permaneço inerte onde sempre estive e por algum tempo me afastei, mas o fisicamente tocável não diz mais que lembranças aparentemente imutáveis. Sou só eu a espera de um tempo que não volta.
Cada passo pra trás, marcados por saudade que ficou no chão, dizem mais do que posso expressar em palavras que ninguém vai entender, frases que ninguém vai ler... E ainda que fuja do início da dor, é só maneira de desafogar minha psique; que sirva de alívio a todos que olham pra esse mesmo quadro de pintura figurativa em moldura velha e quebrada.
Subscreva o passado. É tua única chance.
Já não sei se vai chover ou se o sol volta a aparecer, pois o tempo la fora muda a qualquer hora, os dias estão muito diferentes, o mundo já não é mais como antigamente. (M.P.P.)
Nesse meio tempo em que o sol ainda percorre boa parte do meu rosto, me abarroto com sua lembrança me acertando em cheio como um amor debaixo das vistas. A tarde chega. Tarde em que este sol permanece iluminando a cidade, mesmo querendo ir adormecer. Como é cuidadoso o modo como ele se despede: Devagar, em tons líricos, levando aos poucos, traços de um dia que ainda me vejo em saudade. Daqui debaixo continuo a pedir pra o sol ficar, insisto nessa sisma de que ele não deva desaparecer... É que eu queria voltar e correr por aquele mesmo caminho marcado por nossos rastros. Mas neste dia você só pôde me levar até a segunda ruazinha à esquerda das árvores extensas, que habitam na moradia dos corpos. Vejo a cidade rumorosa. Nesse ocaso mais denso, meus olhos não mais alcançam as pegadas do seu chinelo. O meu caminho parece ficar cada vez mais afastado. Chego a me encontrar em outros lados, caminhando em lugares onde o cenário não me cabe dentro. Com olhos medrosos, eu suspiro entre numerosos ecos zangadiços de risadas roucas e grotescas que me anunciam suspeita ameaça. Os letreiros já ligados substituem a luz do dia que já vai morrendo e todas as janelas fechadas parecem se recuar de mim. No propagar da melodia melancólica dos pingos da chuva, eu começo a inundar o sertão dos meus olhos, nessa vontade graúda de lhe abraçar... Meus passos estão estritamente abandonados e, tanto dentro quanto fora, a noite se acomoda. Às zero horas de um dia pálido e até então falido, olhava agora os dois lados da rua em um deserto de luz, me arriscando a atravessar multidões de carros. Procuro seu cuidado pra me proteger. Estendo meu olhar por uma extensão infinda de fumaça e me deparo com um risco de lua quase que inexistente me apontando um caminhozinho meio semelhante ao que eu, já casada e descontente, buscava encontrar o seu amparo. O seu abraço. Lamentava por já estar cansada e com receio em continuar. Então sentei sobre a calçada cuspida de ensejos... Entrelaçando meus braços para aquecer o corpo, percebi um cheiro afetuoso que parecia recender como um adorno afável. Ficava extensa, com uma vivacidade mais ressuscitada. Arranquei-me em um peso de cuidado, soltando os cabelos pra encontrar o que, desde antes do dia amanhecer, eu estive buscando. Espera! Me dizia particularmente os meu múltiplos e infatigáveis sentimentos. E mesmo sem esperança, antes mesmo que eu fosse longe, me deparei com um sorriso alvo. Não podia ser de outra pessoa, senão de você. Um sorriso gigante, largo, amplo... Você estava tão junto a mim. Tão perto. Já há alguns minutos. Não contive a emoção. Te toquei numa gula insaciável, como se me carecesse todas as coisas. Os meus olhos estatalados e intrigados questionavam quietinhos como todas aquelas coisas podiam ter acontecido. Todo o medo, todo o sufoco estavam emudecidos. E então só venciam os meus suspiros ofegantes. Com pouco ar, carecendo a pose e o equilíbrio. Sem conseguir dizer uma palavra sequer, pranteava o meu pensamento que ousava em sussurrar tudo de uma única vez. De repente me apanhei do chão e lhe abrangi inteirinho em minhas mãos. Tão pequeno e tão sereno (...) escorando meu rosto na sua boca, sentia todas as palavras vindo desde seu inalcançável íntimo, até percorrer a ponta dos lábios tão macios. No deslizar dos meus dedos eu conseguia guardar pra mim, toda sua imagem moldada por traços maduros e delicados. Tive um colo dengoso que eu parecia estar perto de algodões enternecidos. Víamo-nos em um caloroso momento de alegria, entontecidos, com vontades de correr e gritar e brincar e falsear e permear e sorrir. Deitávamos embriagados de entusiasmo, quase ou completamente insanos, loucos, alucinados e com múltiplas vontades em realce. As pessoas olhavam estranhamente e riam, zombavam e desacreditavam. De qualquer forma até o meio fio já sentia inveja e estava perfumado com toda aquela alacridade.
E a noite dormia...
E o sonho vigorava
E os dias nasciam e morriam
Eu então te encontrava e sempre me perdia...
Me deparando em conclusões exclusivas e momentaneamente eternas:
Já era tarde. E agora também é.
Agora é tarde.Tarde demais pra não te amar...
Peguei meu amor e pendurei no varal depois de limpo. O vento secou sem o calor do seu sol. Mesmo assim eu o guardei. Ainda desbotado era peça única, ficou marcado. Marcado por um ferro que com brasa quente, derretia a seda amarrotada de ansiedade e aguava minha parte bonita, bem passada, aquela... do passado. Sobre o afetuoso elo calado que se içava aqui por dentro, saltei em um beco de flores. Chamei o tempo de solução. Cantei proezas e sorria amores.
Aquele mesmo tempo já sabia sua vez...
E com conhecimento me disse: vida é emoção! É agora, é movimento, é feito. Depositei saudade nas vontades do meu corpo e carreguei com muita fortaleza. Talvez por este excesso, senti seu peso e pousei na agonia cansada. Bom ou ruim fui motivo de sensação para abrigar nossos desejos em meu amor:
Coberto sem teto; Regado com terra; Plantado em pedra.
Um brinde ao nosso mundo consumado. O vento daqui é muito forte ...
Agora eu não concluo, mas por você guardo este amor, ele também sentiu frio. pendurado alí, no varal, tão só. E agora dorme limpo, em paz, tranquilo, macio... Outro dia me des-pregador. Se ao acaso eu me soltar é porque continuei aí do lado, no nosso ocaso escuro, em cenário para enamorados.
(tin tin)
Quero amar vc pra sempre,» Se alguém me dissesse, como fazer pra
esquecer um dia de sol, um beijo na chuva, pra onde
vou eu penso que você vem, e meu corpo também, eu
já não sei viver, sozinho sem você, falta alguma coisa
aqui, é você perto de mim, eu vou além por você
OESTRUS
Naquele por do sol inusitado
enterrei os versos
e a prosa deixei de lado
No sangue que banhava as vísceras
a dor do estanque na hora da criação
Como o tato do cego homem
eis agora minha misera condição
Nada mais denota velha e hábil, inspiração
Nem a astúcia, um belo estratagema
porem em meu ser, outro serio dilema
De joelhos rogo aos deuses, iluminação
Arrebatam-me agora, esta ficando tarde
Húmile serva, curvo-me, a alma arde
Permitam-me verter somente, composição
Ainda que o sol me digas que nao à estrelas que retirem teu brilho ao amanhecer, ousarei em diser-lhe que tua luz resplandece os orisontes alem do que se vê, e o transforma em um mero cometa que asoita a noite em tempos de ceu aberto. Es muito mais, pois es a luz que ilumina meu viver, seria eu apenas um foco de faisca que teu brilho me concede. Es tudo em mim e sois grato a ti!
O sol nasce vejo ador dos meus maiores pecados,deus proteja todos que saborearam os meus erros,dei_lhes vista au perdaõ.
TU ÉS
Tu és o sol que doura o meu dia,
a saudade que me faz voltar,
és a paz que me traz alegria,
a brisa do meu verde mar.
Tu és solidão que me faz companhia,
quando tua lembrança me faz relembrar,
és a lira da melhor canção,
a parte da alma da inspiração,
és a concretitude do meu sonhar.
Tu és a rica rima do meu verso,
és o mais perfumado jasmim
que ornamenta o divino universo.
És o sentido da vida pra mim.
Por um vão da janela, escapava um raio de sol, que iluminava um canto do quarto escuro, e lá, eu me sentava, abraçando meus joelhos, e encostando minha testa aos meus braços. Aquela figura patética era eu. Com os olhos fechados, sentindo medo de abri-los, refletindo sobre minhas dores em meus pensamentos, e deixando cair lágrimas pesadas, carregadas de sofrimento.