Sol
Queima-me, sol
Com o seu furor ardente
Inclemente
Flamejante
Iridescente
Queima-me a alma gélida
A liberdade do não viver
Queima-me toda desculpa
E toda disputa
Do meu não entender
Queima-me, fatigante sol
Queima-me
Como se eu fosse
Você...
Após a chuva torrencial, Deus nos agracia com o sol brilhante para nos alegrar e aquecer; e termos, ao nosso lado, uma pessoa tão especial que persevera em nos acompanhar em todas as estações da vida.
CEVADURA
O que vindes pescar?
Uma angústia pro anzol?
O que tens a cevar?
Um projeto em estol?
Na coragem encalhar?
Sempre há um farol
Força para enfrentar
A vida em caracol
Muito amor pra vingar
Alegria no rol
Outro porto a mirar
Na Luz raio de Sol!
"Assim como o girassol que busca a luz do sol,
a criança também busca seguir
uma luz que ilumine seu caminho.
Para conseguir florescer feliz e saudável,
precisa do cuidado de outros girassóis,
também chamados de família."
Se o dia não tem sol
Divirto-me com as nuvens
Como brincadeira de criança
Cada formato uma lembrança
E quando vem a chuva redescubro em cada pingo uma pequena porção da minha melhor versão
Assim cresço,
Assim permaneço
Agradeço
E quando o sol voltar cada raio vou
aproveitar
Me abastecendo da luz
Que a vida sabiamente nos dá
CREPÚSCULO
No oriente brilha lua
No ocidente a luz recua
Mais uma noite se aproxima
Um sol laranjo se dizima
Que mistérios têm lá em cima?
No lusco-fusco nos ensina
Nem sempre é o brilho que fascina
Um acalanto pra retina
Em meio a tanta pantumima
Penumbra de paz repentina
Depois de mais uma rotina!
Não tem como ser Sol na tempestade de alguém, mas posso ser abrigo, posso ser amor até a chuva passar, livre... Leve...se quiser permanece,se não, toda despedida tem melancolia, mas quem é abrigo e amor sempre tem dentro de si o poder se se reconstruir.
O sol tímido se ruboriza em seu êxtase silencioso num aconchego viril, para dar espaço ao faiscar lúbrico das estrelas. A natureza e seus espetáculos. Em cada ocasião, em cada passo, a contemplação do eterno.
Soraya Rodrigues de Aragão
Em todo lugar há flores,
beija - flor,
vai , voa e leva contigo
o meu pensamento
para onde fores
Invejo teu voo
e tudo que vês e não posso,
ah...beija - flor
és um poema de asas
que não escrevi ...
12 de janeiro de 2.009
Intolerável
O céu amanheceu pálido... o dia nasceu tão triste, desconsolado.
A desesperança toma conta de mim.
Não queria que fosse assim.
Há uma tristeza imensa absorvendo tudo o que há de bom em mim.
Desolados meus pés continuam a caminhada.
É longa e deserta esta estrada.
Minha existência também é solitária e vazia.
Não entendo por que tenho de viver o dia.
Esgotada está toda a alegria.
Meu olhar busca por aquilo tudo de bom que foi um dia...
Já não encontra emoção.
Não há beleza nenhuma e me rodear.
Até o sol passa pelo céu cinzento ... sem nada clarear.
Às vezes o viver se torna tão intolerável.
E intolerável também é na indiferença permanecer.
Minha mente tudo isso a lembrar...
E eu... eu que só queria tudo esquecer.
Era final de tarde, havia terminado o ensaio e sentei pra ver o por do sol.
Estava com um vestido curto, uma jaqueta e meus pés estavam sujos de areia. Vinha um vento frio devagarinho.
Olhava o céu, olhava a luz refletindo na água. Brilhando.
Uma luz de sonhos, de calma.
Coragem, pois o coração cansa, levanta e persiste.
O tom de azul lembrava os carros antigos. Era uma caminhonete bem conservada e os vidros estavam um pouco embaçados.
Olhei no relógio. Como as horas passaram rápido!
Os olhos estavam atentos, enquanto sentia a luz do sol, refletindo no rosto. Cheiro doce de pera e um pequeno bombom no bolso da jaqueta.
Sim, o por do sol está próximo e radiante...
Já estavam recolhendo os cavalos.
Acho que está esfriando um pouco.
Juntei as havaianas, juntei os sonhos, juntei as vontades e coloquei em uma bolsa.
Coragem, está logo ali.
Hoje no ônibus fui o único que reparou nas sombras
Não gosto do pôr do sol, já cansei da energia de suas cores
Outra lua sem saber se está surgindo ou sumindo
Vou desistindo
Um ponto dois pontos uma vírgula
Vou repetindo
Um ponto próximo ponto outro ônibus
Pôr do sol pode ser triste para quem detesta a noite, mas por quem espera pelas estrelas é um abre alas maravilhoso.
O amor e a fé estão intrigados ao homem, como uma árvore á suas raízes; que enfrenta as tempestades, os ventos fortes, o sol de verão e até caem as folhas, mas resite... E para ver chegar a primavera, se renova em novas folhagens, se enfeita em flores, produz frutos, espalha sementes. Mas se faltar as raízes, a árvore cai, como o homem que sem fé se despenca... E sem razões para amar, o homem morre, como uma árvore sem raiz.
Se fosse brincadeira
Os ventos partiriam devagar,
Junto a canção cantada para o sol,
Surgindo,
Para o mar,
Se fosse só bobagem,
Minhas manias iam velejar,
Atrás de estrelas, enquanto o mesmo sol,
Surgia ao mar
Foi feito uma miragem no deserto,
Que vi partir,
Miragem desertou junto à ti
Lá laiá laiá láiá laiá,
Oh, Lá, oh
Segundos no relógio,
Com um forte nó,
Que prende o tempo
E o tempo que se prende em uma hora só,
Pedaços de sorrisos,
Jogados sobre o mar,
Senhor Destino,
Diga,
Se chover, eu vou chorar,
Foi por criar um mundo da raiz,
Redesenhar meu jovem coração,
Por ser poeta sem ser aprendiz,
Criar paixão,
Foi feito uma miragem no deserto,
Que vi partir,
Miragem desertou junto à ti
Lá laiá laiá láiá laiá,
Oh, Lá, oh
Estou observando,
Sem nem te enxergar,
Deus sabe que te amo,
Talvez possa falar,
Que seu sorriso foi água no deserto,
Seja feliz,
Miragem desertou junto a tí
Miragem desertou junto a tí
Foi feito uma miragem no deserto,
Que vi partir,
Miragem desertou junto à ti