Sol
Final de semana lindo:
Leio sempre votos entre as pessoas de um lindo final de semana. Fico imaginando como será isso, como um final de semana pode ser lindo?
Talvez no sábado o sol sacuda muito brilho dourado sobre todos e fique mais quente, esquentando toda gente e ardendo em brasa, pra ver se acaba ou minora qualquer sofrimento.
Quem sabe a lua venha, em alguma hora tardia, dançar no céu com supremacia, a pele macia coberta por um véu que esconda suas reentrâncias, favorecendo circunstâncias amorosas em sua fase cheia? Quem sabe cada mulher vire sereia e conquiste seu homem com um canto mágico, que não seja trágico e sim suave e acalentador, que seja melodia em forma de amor.
Talvez o domingo seja diferente e que cada um reinvente o seu, de preferência sem preguiça, tédio ou reclamação, que haja vocação pra muita alegria. Será que todas as flores, com seus aromas e cores, vão enfeitar esse fim de semana lindo? E os sorrisos nos rostos, vão permanecer até o final? Ninguém será capaz de praticar o mal? Os animais estarão abrigados, serão acariciados e terão os apetites saciados, assim como o bicho homem? Imagino um final de semana lindo assim, com criança sorrindo, com amigo recebendo o outro e dizendo: bem-vindo, fique a vontade! Imagino falta de vaidade exagerada, esquecimento do ego, imagino o orgulho cego de fora dessa festa, trancado em alguma fresta escura. Será que nesses dois dias haverá mistura de gente de todos os tipos, de todas as tribos, sem preconceitos, pessoas dos mais variados jeitos, mas todas com o propósito de por beleza não só sobre a mesa mas também em todo o final de semana?
Eu imagino um assim bacana, culminando com uma chuva de estrelas cadentes, presenteando as pessoas carentes com seus desejos justos atendidos, e cupidos, disparando flechas sem economia, em perfeita sincronia.
Final de semana lindo, pare de ficar rindo e perdoe minha euforia, me deixei levar pela poesia.
Ah, utopia...
Rico não é quem mais tem, mas quem menos precisa... Valorize o que tem. Perceba o toque do sol, o toque do vento, os sons, olhe as paisagens, todas, das mais belas às menos notáveis... A vida é uma arte. Igor Brito Leão
O mundo que queremos não é o mundo que estamos vendo
Prova disso, é que quase sempre estamos perdendo
O irmão que escolhemos, para segurar a nossa mão, está nos deixando na escuridão
Os sonhos que nos foram creditados estão morrendo antes de sermos acordados
Nesta hora, lembramos dos poetas, que quase sempre nos dizem: ainda bem que existem a lua e o sol, que nunca deixam de brilhar, como prova de que tudo vai passar
Então, o que faremos com o nosso medo?
Levantaremos e gritaremos
Porque existe vida, mesmo quando estamos no chão
E o nosso tempo, meu irmão, pede paz e união
Seguimos a caminhada, porque temos que estar de pé e o nosso alimento é a fé
Entre o viver e o partir, quero viver muito mais do que deixar de existir
Sempre a um amanhecer e srmptr ha um por do sol e o amanhecer tras o misterio de vc naum saber o que vai acontecer dali pra frente mais sendo bom ou ruim sendo rapido ou demorado chega o por do sol trazendo a esperança de um novo amanha e se no final do dia naum de certo, bom sempre tem um novo amanhecer
Meus sentimentos por você morreram juntos com o pôr do sol. A única diferença é que o sol nascerá de novo amanhã.
Há um abandono naquela velha história
Que um dia se confundiu com amor
Há uma verdade que só o tempo , só ele será capaz de elucidar
Há montanhas de desejos que ainda vão florar
Há sim, muito ainda o que passar, antes que finalmente tudo se acabe...
Vou dormir com a lua
pois só ela traz pra mim
um branco fosco e escuro
um preto de brilho sem fim.
Vou acordar no mar
pois só a maré pode trazer
um sal que adoça meu azedo
o mel que me leva a você.
Vou me descansar na nuvem
pois só ela é pureza sã
deitar por somente deitar
sem pensar no amanhã.
Vou me esconder com o sol
pois só ele tem a chama
que eleva cada vez mais
o nosso fogo na cama.
“” Libertei meus versos das cadeias que os metrificavam, absolutos, incapazes de se proferir, foram...E aonde andam não sei dizer...””
Sentir-se em estado de aconchego é fincar raízes, pois no fundo queremos elas ali onde darão flores e frutos, onde o terreno é ideal para elas. Há sombra, Sol, água, vento na medida ideal dos desejos de vida da planta que virá.
Avançar em esperanças recobrando o fôlego para não tombar. Estender as lembranças, segurar a implicância e apenas sorrir sem questionar. Sou eu assim tão cruel em tempos medianos, sem qualquer esforço pra esconder o olhar em direção ao céu.
Espero cair algumas gotas e então pensar no sol. Dias longos de verão nem sempre são mais intensos que o inverno rigoroso e envolto em mistérios, música suave massageando o cérebro que cansou em pensar em solução absurda intrigado pela simplicidade da resolução.
Gloriosos dias, sensações de alegria estampadas num rosto suado de dançar ao vento, cabelos emaranhados seguindo o relento e sorrindo sem hora para acabar.
Pela ignorância não se é quem gostaria de ser, autenticidade é o brado do livre arbítrio ecoando nas veias, fazendo aventurar por caminhos desconhecidos e entregando sempre duas escolhas nas mãos... incertezas na mente e dúvida no coração.
A ultima peça desse infindável quebra cabeça poderia ter sido a primeira a se encaixar, tudo depende da forma em que se enxerga o que realmente se quer conquistar.
Aos tantos dolorosos prantos desaguam pela casa por qualquer canto, intenso, insano, buscando apenas um conforto instantâneo daqueles que sabe onde bem achar.
É quando tudo faz sentido e mesmo traçando o destino não descarta a hipótese de tudo simplesmente mudar.
O Sol ilumina o dia porque esta alegre
A Lua ilumina a noite porque esta acordada
Quando os dois se encontram
vejo minha menina Apaixonada.
Vida de Lembranças
Eu não olho mais pela janela, não te vejo mais passando na rua de terra, em tua bicicleta de cestinha, levando o pão pra sua mãezinha. Hoje tudo mudou, nada é mais tão simples, quando tenho um segundo do meu tempo olho de soslaio a imensidão da cidade grande pela janela, não vejo mais aquela simplicidade, porque tudo é grande, tudo é cheio de pessoas retraídas, é algo complexo, impossível de tentar entender. Antes tudo era tão simples, o de mais imenso que podia se imaginar naquela época era o céu e seus deuses, as estrelas e seus mundos, os seres inteligentes de outros planetas com suas lendas. Mas também se tinha a temerosa floresta de árvores grandes e altas, uma perto da outra como se fizessem companhia, alem de seus frutos e animais encantados e seres magníficos, que hoje nunca mais os vi, pois o verde ficou cinza e o mistério e delicadeza se transformaram em maquinas brutas e barulhentas, grandes e sem sentindo.
E tu se tornaste só mais uma lembrança, pobres lembranças de um tempo que parece ser antigo, num momento retrasado, atrasado e simples, numa época de alegria, mas isso tudo se transformou em passado, se transformou em pó. O pó que cobre meus moveis e meu piano caro, o mesmo pó que esfarela os meus próprios livros, que já perderam a muito sua verdadeira estirpe.
Seria medíocre pedir pra voltar ao começo de toda essa historia? Reviver toda a fome e sede novamente? Ver de perto toda a miséria e a podridão dos homens mais uma vez? Mas olhar-te da janela todo santo dia? Pois então, uma verdadeira paixão pode ser coberta pelo pó, ser esquecida e amarelar de tal forma que ninguém pode mais tocá-la?
Minhas miseráveis duvidas me consome aos poucos, como se o fim chegasse cada vez mais próximo e mais perto do que já esta, pois me questiono todo dia e minha resposta sempre é a mesma covardia de sempre; sei muito bem o que posso, tudo está ao meu alcance nessa nova etapa da minha vida, mas tenho que assumir meu medo do tal tudo, medo da resposta que posso receber se um dia eu voltar a olhar para os teus grande olhos negros, como naquela minha ultima tarde de verdade: minhas malas já estavam prontas ao lado do banco em que me sentava na varanda de casa, o sol morno brilhava e tocava minha pele, o céu azul cintilava lindamente e as flores coloridas desabrochavam, quando senti o pesar do teu olhar em mim e pude ver a rispidez e no fundo a quente paixão que ali ainda podia se esconder, não tive tempo de retribuir o olhar, nem mesmo tentei uma suplica de desculpa com a boca...
Não saberia o que dizer a ti se tentasse se despedir, nunca soube em momento algum; poderíamos de novo e somente isso ter a mesma companhia mútua pela ultima vez, ver o teu olhar brando que tu tinhas pra mim e não o teu furor ou receio. Nada mais que a simplicidade da paz que se tinha entre nós, entre nossos abraços desajeitados, entre nossos beijos improvisados, nos nossos anseios e nos sorrisos envergonhados e descontraídos; tudo que ainda peço é um pouco dessa paz, mas tudo que recebo é o silencio da vida, o meu silencio e isso me sufoca inquietantemente.
-Isabela Leite