Sofrimento de Vida
Seu copo lâmpada
Você me achou como seu refúgio
Seu coração achou um lugar seguro
Mas eu não estava preparado
Para receber um roubo interno
Ou uma vida tão noturna
O líquido da vida que me restava
Das grandes dificuldades que sobrevivi
Foi sugado aos poucos
Para suprir sua sede de viver
Sua vida difícil e sofrida
Levou a ter uma noite longa
Como nunca houvesse percebido
Os remédios não faziam mais efeito
Te levando a me usar novamente
Para ter o que fazer
E tirar o tédio de sua existência
Minha luz com o tempo foi se apagando
Meu líquido da vida foi se acabando
Deixando
a minha e sua vida
Sem luz, e sem nunca mais sentir sede
O que a vida me deixou foi tirado por você
,por escolha minha,
Tentando te salvar
De seu vazio cheio de mim
Quem que ao começar a escrever em um caderno novo ou ao simplesmente trocar a página em que se está escrevendo não começa a escrever com mais capricho?
E às vezes devido à pressa para copiar, ou pelo simples fato de se cansar do esforço para manter o padrão da caligrafia, começa a relaxar e se depara com o contraste de letras escritas?
Eu sempre fui assim ...
Isso não é bom quando maximizado ao nível VIDA, ao nível SER!
Quando começamos algo em nossa vida com ânimo, com sonhos, com paixão e nos desanimamos por algum motivo, o certo a se fazer é pensar no porquê do amor incial e o que mudou desde então. Quando a caligrafia começa a ficar pior, independente de que se esteja escrevendo, lembre-se do desejo de virar a página sabendo que escreveu o mais caprichado possível, para poder sempre ler novamente a página com vontade (Porque ninguém tem vontade de ler um texto mal escrito).
Capriche em tudo o que fizer, capriche a cada linha e não pelos outros, mas por você. E eu também me esforçarei para isso.
Ao notar o começo do desleixo e reparar que não existe mais paixão, vire a página por favor.
A professora mandava escrever até o final da folha antes de virar a página, mas o caderno da vida é você. Você faz o que quiser.
Caprichando a cada pequena linha da vida, a gente vive os ciclos da vida sem sofrer ao olhar para trás.
De tanto querer estar, acabei me afastando. De tudo que nós vivemos, não há nada que esqueci. Chorar, por que existe Isso? Por que existe sofrimento? Queria que tudo fosse mais simples, nosso amor... minha vida. Queria poder te abraçar e beijar em público, sem medo que alguém fosse nos repreender. Queria poder passar a noite observando as estrelas, com você. Queria acordar e poder te dar um beijo. Queria que nosso amor fosse possível.
DOCE SERENA
São lindas e doces
Cálidas canções
Versos de amor
Que saem de sua boca
Tu és o orvalho da minha manhã
És o cheiro da flor molhada
Minha doce Serena apaixonada!
Tu és minha inspiração
És minha amada!
Serena pura e delicada
És tão linda
Linda e perfumada!
A tua chegada a tudo transforma
Tens o perfume das flores
E o colorido das rosas
A tua presença
É como a luz do sol
Ao nascer do dia
Num esplendor da aurora
A cada momento te amo mais
E anseio por teus suaves carinhos
És paixão
És pura sedução
És meu amor com gosto de licor
És minha única escolhida
Entre as mais belas orquídeas
Desse jardim do amor!
Muito tempo se passou mas ainda lembro como se fosse ontem
Eu era só mais uma criança sem saber pra onde ir
Respirava todos os dias com o corpo cheios de cicatriz
Diziam que eu era culpado por todos ser infeliz
Minha alma traz uma fardo que eu nunca quis
Minha mãe me olhava me chamava de bastardo
Por toda minha familia eu era rejeitado
Eu era fruto de um monstro, um menino renegado
Mais uma vez eu chorava em quanto era maltratado
Diziam que quando eu crescer, seria descontrolado
Ia ser igual meu genitor, um cara desalmado
Era melhor da fim do que fingir dar amor
Só deus sabe o que faz, sua vida não acabou
Ninguém me via fazer nada
Mas eu era julgado
Aquele fruto ruim
Um ser excomungado
Eu só queria paz,um pouco afeto
Te amo menino, fica esperto
Mas a minha vida não foi feita assim
Só sofrimento e um pouco dor sem fim
Eu me perguntava quando isso ia acabar
Diziam pra acreditar no senhor que ira me salvar
Eu esperei esse dia chegar, mas era só palavras
Nada ia mudar
Quem viu, quem sabe, meu, seu, eu, ninguém disse como esse menino sofreu
Em meu crescimento não existia mais vontade
Essa realidade era um desastre
A família abandonou
Só criava porque deus mandou
Mas eu não queria ser criado
Só queria atenção, só um pouco de amor
E nesse momento que algo me encontrou
As portas da drogas que me consolou
Não importava o quanto meus pais gritavam
Acendia um que tudo passava
Minhas notas não era as melhores
Um rápido puxão com o nariz
Que tudo se resolve
Eu tinha outra solução que se chamava revolver
Mas eu dizia que era ultima opção
Mas todos os dias pensava como a unica solução
Ninguém me queria, eu só existia
A droga era minha vida, e eu à consumia
Os dias era horríveis não tinha alegria
Meu pai chegava bêbado e depois me batia
Minha mãe gritava dizia que desgraça
Também apanhava em quanto chorava
Ninguém sabia o que essa casa passava
Ninguém era feliz, ninguém se amava
E tudo isso a mãe olhava pro menino
Aquele que causou tudo
O monstro escondido
Eu estava crescendo e começei a entender
Criar meus próprios pensamentos
Eu queria viver
Mas esse tormento não tinha como acabar
Era um fardo que eu tinha que carregar
Olhava pra de baixo da cama, um revolver uma solução
Acaba com os problemas, sentia que era à opção
Não tinha mais luta nem mais cicatriz
O culpado dos tormento agora ira partir
Eu não o culpava os pais por ser assim
Eu gostava deles independe do que fez pra mim
Mas se pra dor acabar alguém tem que sair
Que seja eu pelo bem de todos aqui
E nos dias de loucura
Eu fiquei bem locão
Olhei pro meus pais, olhei pra minha mão
Na direita em frente o espelho tava a solução
Sabia que era pra covarde, mas tem que coragem pra não soltar a mão
Eu já entendia porque eu vivia assim
Também a causa da dor, e de eu ser infeliz
Eu não pedi pra nascer, não pedir pra ser assim
Eu sou diferente, eu quero o melhor pra mim
Peguei o revolver coloquei na minha cabeça
Contei até três em frente o espelho e disse desapareça
Mas do nada eu não sabia o que fazer
Pensei nessas merda, pensei, que agora eu iria morrer
Larguei a solução e fui enfrenta o problema de cara
Depois de horas descutindo
Peguei a mochila arrumei minha mala
Pensei que eles ia me parar
Ia me abraçar e dizer filho venha cá
Mas isso era só o que eu queria
Isso é realidade não fantasia
Seguir na estrada em quanto eu cantava
Não escolhi essa vida, mas só essa que restava
Ninguém tem culpa, e todos precisam viver
Procurei um sentindo, comecei a escrever
Espero que um dia as coisas venha melhorar
Que existe outros meios sem ser se matar
Eu não digo pra ninguém o quanto eu sofrir
Não precisa saber tudo o que vivi
Apenas meu sorriso cheio de cicatriz.
O plano perfeito
Vivo por anos
Choro oceanos
Te afasto por nada
Grito com raiva
Fujo por medo
Sofro em segredo
Sinto saudade
Penso até tarde
Me drogo calado
E no fim, eu me mato.
Slá, só mais um café.
E foi se machucando que ela soube que costurar não envolve apenas tecidos, mas também afetos remendados.
O ser humano carece de uma escuta que dê valor às suas palavras. Uma escuta que o acolha, que o ampare em sua fragilidade existencial.
Na Psicanálise não se fala em superação. Nada superamos. A ferida faz parte da nossa história. O que muda é a nossa forma de lidar com ela.
Incrível quando em análise o sujeito percebe seu sintoma por meio de suas repetições. É um doloroso insight, mas libertador quando ressignificado.
Poesia de mágoas…
(Nilo Ribeiro)
Esta é uma poesia de mágoas,
que lanço ao mundo,
são turvas suas águas,
um sofrimento profundo
uma poesia sem alento,
talvez melhor não vê-la,
só quem vive este tormento,
poderá compreendê-la
não vou baixar o nível,
pois não existe culpado,
só sei que é horrível,
ter o coração machucado
assim é a vida,
entre o céu e o inferno,
a cura e a ferida,
o casebre e o castelo
uma poesia sem vaidade,
apenas uma lição se tira,
“nunca uma grande verdade
vai sobrepor uma pequena mentira”
é isso que entendeu,
não é o contrário,
foi o que aconteceu
na vida deste otário…
No silêncio da noite as lágrimas rolam, sem medo, sem preocupação, sem pena.
As lágrimas rolam e inunda o travesseiro também chamado de casa.
As lágrimas rolam e levam consigo inseguranças, dores e temores.
As lágrimas rolam e molham o sertão da minha alma.
As lágrimas já não rolam mais, pois o sono me carrega em teus braços e de alguma forma as coisas ficam bem.
E quando falo em aceitar a vida não me refiro à aceitação resignada e passiva de todas as desigualdades, malvadezas, absurdos e misérias do mundo. Refiro-me, sim, à aceitação da luta necessária, do sofrimento que essa luta nos trará, das horas amargas a que ela forçosamente nos há de levar”.
Amor que faz sofrer não é amor. Não é puro. Não é cristão. Não é casto. O amor alegra. O amor não se envergonha. Ele se sacrifica. Ele é um dom de quem tem um brilho no olhar. Um brilho no olhar irradia e encanta. Atrai o mais belo e mais exigente sonho. Não se engane. Não minta pra você mesmo. Ou minta para agradar o outro enquanto amadurece a dor e a sangria escorrida pela lágrima e o soluço de alguém que acredita em você.
Vivemos, morremos, independente das nossas falhas. Um dos prêmios dessas falhas é o amor, onde nós podemos aprender a amar as falhas de uma pessoa, e também, conviver numa perplexa harmonia sabendo que todos erramos, mas um machucado só, não vai atrapalhar o nosso destino.