Sofrimento Alheio
Essa sou eu
Eu choro, eu sofro, eu tenho medo e me arrependo. Às vezes os outros se esquecem quem eu sou de carne e osso e que eu tenho sentimentos. Francamente, eu não sou de ferro. Tudo bem que eu não saio por aí demonstrando o que sinto, mas isso não torna meus sentimentos inexistentes. E sinceramente essa é a única coisa que me separa desse mundo paralelo cheio de dor. Isso me faz fraca, mas também me torna forte. Não demonstrar o que sinto é como estar coberta por uma capa protetora onde ninguém pode me alcançar. Ora isso é defeito, ora qualidade. Defeito por me tornar alguém sem sentimentos em visão de outros, qualidade por transparecer em mim aparência de forte, quando na verdade estou a ponto de desmoronar. Mas eu sou assim, tenho meus medos e minhas loucuras, minhas certezas e minhas dúvidas. Sou o tipo de pessoa que sempre confere duas vezes se a porta está fechada, aquele tipo de pessoa insegura, que começa a dançar com outras pessoas na rua até dar o passo pro lado certo. Pessoas que por insegurança, ou até mesmo por proteção, não confiam por inteiro. Pessoas que se importam, mas dificilmente demonstram. Essa sou eu. Humana, com defeitos, qualidades e uma dose extra de loucura.
Alguns de nós sofrem mais do que outros e ainda há aqueles que nos chamam de imaturos e sem coração, mas eles não sabem que podemos ter mais sentimentos que eles.
Já chorei por motivos bobos, sofri desnecessariamente e sangrei pelo bem de outros. Se me arrependo? Creio que toda a dor nos serve de aprendizado.
Sofremos por poucas coisas.
Sofresmo pelos sofrimentos dos outros,
sofresmo por está longe de alguem,
sofremos por amar,
sofremos por naõ ser amado,
sofresmo por ser amado,
sofremos por que somos felizes demais,
sofremos por que somos incapazes de fazer alguem sorrir,
sofremos por não achar a explicação de sofrer tanto.
Não temos mais certeza de nada, so temos certeza que o tempo é o nosso melhor amigo, so ele pode mostra quem você, só ele mostra o que esta na nossa frente e nos nao podemos ver.
Se hoje nos sofresmo é porque arramos e nos erramos porque sofresmo.
Reflita mais sobre seus erros e escolhas!
Encontre sua Luz. Não tente encontrar sua Luz nos outros, nem sofrer por quem não te der atenção. Não mendigue favor, antes, dê favores e ajude quem necessita!
O Invejoso
O invejoso sofre mais pelo que os outros tem, do que pelo que lhe falta.
É comum, sentir uma diferença no olhar do interlocutor quando lhe bate uma ponta de inveja.
É bom que se diga, que nem toda a inveja é ruim ou tem maldade.
Existe um tipo de inveja que demonstra admiração, satisfação, simpatia, pelo sucesso material, social ou intelectual que as pessoas conseguem e que se lhes diferencia de alguma forma.
É motivo de satisfação invejar as pessoas inteligentes, bem sucedidas, elegantes e bonitas, o que de alguma forma pode ajudar que possamos vir a ser como elas, alcançando sucesso.
Existe no entanto uma inveja, que como se diz, mata.
É aquela que está na popular frase: inveja de doer, ou inveja de matar.
Essa inveja, ao invés de ser positiva, como a outra, destrói, amarga, incita a comentários pouco construtivos para não dizer maldosos, impiedosos e quase sempre mentirosos.
O prêmio ou o castigo das pessoas é serem como elas são.Essa inveja é um desvio de caráter e como tal, inaceitável no convívio entre amigos ou pessoas que querem se relacionar bem.
Como no caso do malandro, existe uma maneira de não ser prejudicado pelo invejoso.
É guardar distancia prudente e se possível for, suficiente para estar longe dos seus olhos e comentários.
O sujeito que tem mania de que todos sentem inveja dele, é na verdade um invejoso.
Dizem, que a inveja transmite fluidos negativos e que podem prejudicar alguém.
Acredito que isso seja possível, na mesma medida em que é ruim andar com as pessoas que tem defeito de caráter, ficando bem difícil sermos de qualquer forma afetados quando guardamos distancia prudente desse e de qualquer tipo de mau caráter.
Além disso, está mais do que provado de que todo o bem ou mal que emanamos volta potencializado e é por isso que as pessoas invejosas quase sempre são mal sucedidas em uma ou todas as coisas importantes da vida.
Como sempre ouvimos, principalmente das pessoas mais experientes ou que nos querem bem, diz-me com quem andas e eu direi o que te espera.
Seria muito mais fácil aprender com o erro dos outros, afinal, vale a pena sofrer, chorar, quebrar a cara e ter que sorrir só pra entender que não se deve repetir o mesmo erro?
As pessoas mesquinhas geralmente atribuem aos outros a culpa por seus próprios sofrimentos. As pessoas comuns atribuem a culpa a si mesmas. Aquelas que se dedicam a viver uma vida de sabedoria compreendem que o impulso de atribuir culpa a alguém ou a alguma coisa não passa de tolice e que não se ganha nada culpando seja quem for, os outros ou nós mesmos.
Vocábulos vazios
Alguns dias são piores que outros. Na maioria das vezes me perco em pensamentos. Deito-me, olho o teto do quarto e espero o tempo passar, se perder. Alguns dias nada faz sentido, não me lembro de ações anteriores, não meço meus atos posteriores, me perco no relógio. Alguns dias eu queria apenas algumas horas a menos, dormir e acordar sem compromissos, planejamentos ou regras a seguir. Em alguns desses dias, o mar é meu refúgio, imagino-me prostrada sobre a areia fina, observando o céu, as constelações, dando nome a todas elas, uma por uma.
Em outros desses dias, sinto minha garganta queimar, meus pulsos arderem e meu peito doer, cada vez mais forte, cada vez por mais tempo, e assim o tempo passa. Algumas vezes uma pintura, uns escritos, são o bastante pra me definir. Algumas vezes, me encontro em meio a um punhado de lágrimas e soluços ritmados com meu coração. Algumas vezes, para ser sincera, não vejo em mim muito mais que uma pilha de pincéis, palavras e livros lidos, ao se tirar isso, não sobra muito de mim.
Sou fraca, você me disse uma vez, lembra? Eu concordei, mas acho que essa frase nunca fez tanto sentido quanto agora. Sou fraca com relação a você e ao mundo. Sou fraca por não conseguir lidar com minhas emoções, principalmente quando se trata de você. Às vezes dói, às vezes faz mal, e às vezes eu só queria mais um cigarro e uma dose daquele whisky barato que comprei na esquina outro dia. Cada dose te tirou um pouco de mim, e ao final do litro, nem conseguia dizer o teu nome. Talvez fosse bom, talvez eu realmente quisesse que você evaporasse junto com cada um daqueles tragos de cigarro dos tantos que dei. Talvez você já tivesse evaporado, se misturado com o ar, talvez eu só não soubesse.
Algumas horas eu penso em te deixar, em outras dessas eu não vejo muito futuro sem você. Meu pensamento é como uma bola, e você, um jogador empenhado, daqueles que são realmente bons. Você chuta uma vez, duas, três, de novo e de novo, enquanto tudo se agita por dentro, enquanto tudo se mistura e nada mais fica estático. É sempre assim quando te vejo, já percebeu? Meus olhos vidram nos teus castanhos vivos, nas tuas órbitas que parecem querer juntar-se as constelações que estariam ali, acima do mar. Você também ama o mar não é? Te ouvi dizer isso uma ou duas vezes, não lembro. Guardei comigo só o que considerei importante, todo o resto foi descartado, junto com tudo que me lembrasse você.
O teu "adeus" me perfurou a carne, como uma furadeira entrando por meus órgãos e me causando hemorragia em cada um deles. Um sangue imperceptível e coagulante que a ti pouco importava.
"Espere por mim", você dizia em meus sonhos, e neles, você realmente vinha, mas a vida real não funciona assim. Meu sangue se infectou por todas as manchas negras causadas pela nossa separação, meu corpo desidratou por todas as lágrimas derramadas em teu nome. E minha cabeça girava, minha boca, seca e meu sorriso, sem vida. Este e aquela, antes se iluminavam ao te ver, emanavam uma luz quase tão ofuscante quanto tua própria presença.
Se meus sonhos pudessem se tornar realidade, meu peito agora não doeria, minha voz não falharia, minhas pernas não estariam a fraquejar. Se aquela praia estivesse comigo, meus pulmões teriam o mais puro ar, poderia vislumbrar as estrelas, e te ver acima de mim, em cada uma delas. Já que não posso, essa tarefa cabe a ti e somente a ti. Quando vir as estrelas, quando for à praia, lembre-se de mim uma vez ou outra. Lembre que te amei um pouco mais a cada dia, até perder o controle por completo de mim mesma. Lembre que seu rosto, seu sorriso, seu abraço, são as melhores coisas que eu já experimentei nesse mundo, que tu fostes meu abrigo nos tempos de tempestade, minha calmaria em meio ao nevoeiro, e agora tem minha vida em suas mãos.
Eu, carbono, ei de me decompor logo mais, você, com seu desamor seja feliz pela presença que te invade, vais e não magoe ninguém mais...
Thaylla Ferreira {31/07}
Antes de reclamar dos outros ou do que lhes deram em troca do que lhes ofereceu, analise o seu "me doar" para verificar se o que recebeu não foi na mesma proporção ao que ofereceu. Afinal temos apenas aquilo que podemos manter, se não tem o que oferecer não reclame do que recebeu.
Todos têm medos: alguns de falhar, outros de crescer, outros de sofrer, outros do desconhecido e assim alguns acabam consumidos, devorados enquanto outros aprendem a viver com eles. Quem aprendeu a não temer o medo é porque descobriu o tamanho da sua fé, enquanto ainda temer é porque não aprendeu a crer. Ou crer o suficiente...
Quando você morre, você não sabe que está morto e por isso quem sofre são os outros.
É a mesma coisa quando você é idiota.
Pode ser o seu maior inimigo, mas se ele estiver sofrendo, não bata palmas, tenha compaixão. Hoje é o dia dele, amanhã poderá ser o seu!
A compaixão que sua alma sente ante o sofrimento alheio é um sinal de que o amor anda ocupando cada vez mais lugar em seu coração. Por isso, é bom entender que isso também significa assumir responsabilidades maiores nos relacionamentos.
Ver-te.
Desculpa sonho meu, mas já nem posso ver-te,
já não posso toca-lo, senti-lo ou ama-lo. Ver-te
é como caminhar na praia e não poder mergulhar
em suas águas, é ouvir a voz do vento e não sentir
teu frescor. Ver-te é como tocar a rosa e sentir
seu espinho a sangrar meus dedos. A ferir a alma
no impace do desejo. Mas o que sangra é o meu
peito que em meio ao deserto de ilusões ao longe
ver-te no infinito do desejo alheio, ver-te partir
sem medo. Meus olhos já não o alcança, nem o faz
voltar com meu canto e assim percebo que não
mais encanto esse ser. Pra onde foi sonho meu?
Viajou longe pra nunca mais voltar ao conto de
meu desejo.
Entre a dor e o sofrimento
Fica difícil ficar neutro ou ignorar os sentimentos e sofrimentos alheios, quando parte de seres indefesos. Frente à isso precisamos de força interna, como forma de apaziguar ou amenizar os males que presenciamos, devemos evitar o abatimento que nos fragiliza também impedindo uma ação mais efetiva de amor e caridade.
O sofrimento daqueles que cruzam nosso caminho,bem como as pessoas que também se encontram na mesma rota são resultados de nossa atração ou que somos atraídos por elas. Elas vêm como forma de nos purificar e valorizar em nosso desenvolvimento terreno ou ainda vêm para nos ajudar ou serem ajudadas.
Nem sempre o que ocorre no dia a dia, ou diante de nossos olhos são compreensíveis num primeiro momento, à nós só cabe julgamento e discernimento de pronta ação (devemos fazer o que julgamos certo no exato momento), a partir daí, seguir nosso caminho, sem se apegar com sucessos ou fracassos, que de certa forma são efêmeros. Nosso objetivo maior é o desenvolvimento espiritual para a nova etapa de vida que um dia seguiremos.