Sofá
UÁÁÁÁ
do dedo "mindinho" do pé
batido no pé do sofá
aquela dor de faltar o ar
aquele choro silencioso que grita 'uáááá'
mesmo assim o ouro tá mais embaixo
as bauxitas, ametistas, bulgaris e gemas de rubi
ainda assim estão mais fundas /
não se esconderam por vontade própria
não nascem nas vesículas e rins por acaso
a ressequidão do tubo orotráqueo
pálpebras dos olhos c/ lodo na água
y
pedras no caminho
pedras presas no sapato
saltos quânticos
andar na vida de
salto
alto
O Senhor -
Certo dia,
enquanto eu estava no sofá
de casa,
com aquela velha angústia
das minhas manhãs,
vi pelo portão um senhor parado
na rua em frente.
Percebi que estava perdido,
pelos movimentos repetitivos
da cabeça — que ficava de um lado
para o outro, à procura de algo.
Logo
notei que era um senhor
conhecido,
inclusive por
mim,
que já o vira outras
tantas vezes
por aí,
e, assim como a maioria,
eu sabia que se tratava de
um pobre dependente
de álcool (ignorado como
tantos ignorados),
precisando de ajuda desde
sempre na vida.
Então
eu desci e fui até ele.
— O que deseja? — perguntei-lhe.
— Ir para minha casa. — respondeu-me.
— Onde o senhor mora? — questionei-lhe, mais uma vez.
E após ele dizer o nome do bairro,
eu o instrui para que,
dessa vez,
pudesse pegar o caminho
correto até sua casa.
Chamei-lhe e disse:
Olha,
o senhor vai direto,
e na primeira esquina
vira à esquerda até
chegar à avenida
principal — apontando-lhe
o sentido com um dos braços.
Ele,
que havia perdido um dos
pés das sandálias,
assim o fez.
E enquanto ele seguia,
meio cambaleando,
lentamente seu
destino,
eu voltei para minha
casa, para minha vida,
minhas angústias
diárias.
Minutos depois,
outra vez sentado no
sofá da sala,
agora com uma xícara
de café na mão,
para minha surpresa
(como num déjà vu),
me aparece o mesmo senhor,
no mesmo local, fazendo os
mesmos gestos.
Por um instante,
pensei em descer e, outra vez
ajudá-lo.
Mas percebi que,
independentemente do
quanto demorara,
ele já havia entendido a vida
e seus labirintos íngremes e esburacados — mais cedo
ou mais tarde, no seu tempo,
tomaria o caminho de volta
até sua casa — como o
fizera tanta e tantas
vezes.
Eu é que nada sabia
da vida,
além da porta
de casa,
e era, de fato, quem
mais estava
perdido.
"Nunca pensei que saudade fosse café, silêncio e sofá. Tampouco, sol na varanda em um dia sem par. Eu não sabia que saudade era tudo onde você não está."
Não aceito a forma como tudo acabou: nós dois, sentados num sofá velho em frente à lareira lendo um dos romances mais conhecido do mundo. Lembro-me ainda do último capítulo que você chorou, não pela morte dos personagens, mas pela história ter acabado ainda naquela noite. Você queria mais, queria que tivesse mais páginas, mais capítulos. Você queria dar mais vida aos personagens só pra passar mais tempo, agarrada com aquela fascinante história escrita por Shakespeare. É verdade que eu também não queria que a história tivesse chegado ao fim. Não naquela hora, naquele momento. Você parecia estar tão bem, que não me encomendava de passar quantas noites você quisesse lendo um só romance, afinal, quanto tempo mais teríamos juntos depois da última cena acabar? E foi isso que aconteceu… a última cena acabou, e você sumiu. Sumiu, sem dá a mínima importância pelo que aconteceu. Sem aos menos se importar com nossa história, quando, na verdade, se preocupávamos em dividir as tristezas de “Romeu e Julieta”. Mas nada adiantou, porque você foi embora. Não sei pra qual caminhou você se foi, ou por qual motivo você me abandonou, apenas sei que você deixou em uma noite de contos, lembranças pra serem lembradas em minhas tristes memórias.
Sentado em meu sofá com uma xícara de café quentinho na mão, o clima agradável e uma leve garoa caindo do lado de fora de minha janela me trazendo uma paz inexplicável. Um livro na mão e o silêncio como aliado a imensidão de palavras em que mergulhei a pouco tempo. Me faz pensar se minha companhia é tão boa para mim quanto está aparentando nesse exato momento, não sou de apreciar minha própria companhia mas as vezes ela se faz tão confortável e agradável que é impossível não aproveitá-la nesses momentos. Aprendi aos poucos a me entender e entender que algumas vezes necessito de mim e apenas de mim, aprender a ser agradável a mim mesmo é uma arte que ainda não domino completamente e acho que nunca conseguirei totalmente mas a cada dia se parece ainda mais deslumbrante que eu consiga deixar meus pensamentos se sobrepor ao silêncio, meus sentimentos correrem pelo ambiente e libertar a mim mesmo da prisão da vergonha.
Oi, eu estava lembrando aqui duma noite que dormimos juntos na sala. Fizemos um sofá cama, ligamos a tv pra não assistirmos nada e deixando aquele velho conhecido nosso cantar a noite toda nos ventilando.
Que sensação gostosa! Você estava nos meus braços. Eu juro que por um momento, eu pensei que o mundo acabaria naquele instante. E pra mim, estava mais que perfeito...
Um estranho fato meu é que eu sempre consigo dormir mais rápido quando estou com você. Pois quando estou longe, eu fico me revirando na cama pra poder pegar no sono. Cheguei a conclusão que isso é estar em paz. Ao teu lado isso é totalmente tudo muito normal.
As vezes eu me pego pensando na gente. Como começou, porque brigamos num certo dia e o que nos fez ligar do nada um para o outro só pra saber como estava e o que estava fazendo.
Eu sei que este texto pode ficar " um pouco grande ". Mas cara, quando se fala de alguém que gosta, é difícil escrever só uma linha.
Se isso fosse uma redação do Enem, eu tiraria mil ou zero. Não importa nem um pouco. Não quero impressionar jurados, somente você.
Eu fico bobo em saber que alguém que nasceu de outra pessoa, distante de mim, teve lá seus costumes, viveu por anos e anos e depois dessa transformação toda, me encontrou.
Nosso santo bateu e eu nem sei como sai disso. Inclusive, está nas minhas orações não encontrar esse caminho.
Eu estou rindo com lágrimas aqui pra dizer que te amo. Infelizmente não encontrei uma palavra que não seja clichê, tampouco mais forte.
Mas você sabe que eu digo de verdade. Porque agora estamos usando estas máscaras, mas meus olhos não mentem.
Medo? Deveria ter ao ver que passou a vida toda presa ao sofá e a televisão, sem novos conhecimentos, experiências, lugares, sem a capacidade de evoluir como ser humano, de expandir-se como criação!
Uma mente tão capaz para uma vida extraordinária, mas presa ao sofá e a televisão! Isso sim é mediocridade!
Um cachorro no sofá, uma louça pra lavar, um lixo pra reciclar, um boleto pra pagar, uma condução pra pegar…..É essa vida média, que tá na rédea.
Em cada esquina uma buzina. No país que mais mata e desmata, está tudo em extinção, da arara azul à nossa educação.
Não existe idoso, nem deficiente. Atropela-se crianças, a ética está ausente. Tudo em nome de um tal expediente.
O mundo está doente, o jovem é delinquente, perdido no entorpecente. A criança é carente, pai rico e ausente..sempre em busca de um tal expediente.
Viagens e congressos, coachings e palestras, uma mulher em cada canto. A principal fica em prantos. Chorando, lamentando. Constrói um patrimônio, realiza um sonho que nunca foi seu. Fez de meta de vida aquela conquista, que tava naquela revista e era daquele artista…..
Foco, força, fé e persista!
Compra o que não precisa, pra mostrar pra quem não gosta uma coisa que não é. Presta atenção, seu Zé!
O mundo está doente, você precisa se tratar, precisa se olhar, tem de repensar, por as coisas no lugar, pois o tempo vai passar….E quando perceber, vai se arrepender por ver tudo que conseguiu, virar rivotril.
Faça o que alcança, vai regar tuas planta, valoriza tua aliança, vai na reunião das tuas criança…espere a tempestade, tá chegando a bonança!
A vida é muito curta pra se arriscar sozinho, peça ajude , sinalize, jogue fora tua vergonha.
Ganhe dinheiro suficiente pra se manter ciente, não pra ser corrompido novamente!
Esqueça esse tal expediente!!
Naquele espaço pequeno e confortável sentada em um sofá com algumas almofadas jogadas aleatórias como para me desejar boas vindas. Não me lembrava da decoração. Mas de longe parecia hostil. Fui entrando sem cerimônia e contava na cabeça os minutos que passavam. Do lado de lá olhos que rechacavam qualquer possibilidade de fuga. Não queria fugir. Deveria estar ali mentalizando problemáticas da vida e perguntando a mim mesma questões dolorosas que talvez respondessem traumas e gavetas do passado. Parecia complicado conhecer a mim mesma mas era animador ter as respostas tantas vezes ignoradas. Não saberia dizer por onde começar. A vida me parecia tão evasiva. Era difícil aprofundar e aprofundar até alcançar o gatilho. Era difícil perceber o quão era responsável pelas falhas. Era doloroso cutucar a ferida sem anestésico. De vez em qdo vinha o desejo de maquiar as más tendências e tocar em frente procurando ser menos protagonista. Às vezes querer ser figurante era cômodo. Mas não poderia. Não seria Justo. Viveria minutos de agonia. Somaria angústia misturada com uma pitada de confusão. Mas era natural que fosse assim. Buscava respirar e esperava que as minhas células fossem oxigenadas. Meus olhos estavam secos mas meu coração pulsava a medida que gesticulava achando razão para a maluca tendência de ser distraída e totalmente descuidada. Era sim. Tinha essas deficiências. Precisaria ser mais atenta. Sim. Ser mais cuidadosa e caminhar numa velocidade compatível com a via. Ser menos impulsiva. Sim. Não me perder nadando contra o fluxo. Equilibrar-me. Dosar as reações. Sim. Faria isso. Um dia aprenderia a ser tudo sem transbordar o copo d'água!
Quer ser sucedido mas continua deitando no sofá se fazendo de
besta, então é melhor desistir de tudo, pois não existe gênio da lâmpada e nem Padrinhos Mágicos para realizar seus desejos
Em um súbito momento de ânimo me levantei do sofá, esfreguei os olhos, peguei as chaves do carro e a carteira... ahh, mas que bobeira a minha. Levantei á toa. Na farmácia não vende remédio para saudades.
Nem todos que te ajudam se sentarão à sua mesa ou sofá ou deitarão na sua casa ou entrarão em seu carro, mas de alguma forma contribuíram para que você pudesse alcança-los.
Antes na Companhia do Gato, do Que Mal Acompanhado!
Pretinha é a gata... Sento no sofá, ela já vem me acompanhar... Deito para descansar, ela já dá um jeito de se infiltrar.... Parece que quando choro, ela sempre calma, tenta me acalentar... Quando estou contente, ela quer participar, acariciar, quando estou brava, ela parece que entende e fica ao lado, só a me acompanhar.....
No fim das contas, talvez a gata, a Pretinha, seja minha melhor amiga....
Nada cobra, é todo amor... e parece que para cada momento.... Me doa o que preciso, sem segundas intenções... Amor, verdadeiro amor...
Sentado,
é que o homem
começa a pensar em toda
a sua existência.
Sentado em seu sofá
ou em uma cadeira qualquer,
o homem começa a viajar para
o futuro ou relembrar seu passado,
mas esquece de vivenciar
seu presente.
Sentar pode ser mais prejudicial
para o homem,
do que qualquer
cigarro ou
qualquer copo de bebida.
Sentado.
Sentar pode ser
o ato de puxar o gatilho,
e ouvir o estrondo
de sua mente.
Deve ser por isso
que fazemos a maioria
das coisas sentado.
Trabalhamos sentados,
comemos sentados,
assistimos sentados,
aprendemos sentados,
e talvez
pensamos de mais,
sentados.
"As vezes só queremos "morrer" nos braços de um sofá e sentir a verdadeira dor sem dar explicação"...
VOLTAR ATRÁS
Sinais de que foi feliz:
no porta-retratos
a imagem dela...
No sofá da sala:
numa almofadinha...
“Fui eu que fiz.”
Os dizeres dela.
Na gaveta do criado mudo:
O livro nunca começado...
Por ela presenteado...
Na página da dedicatória...
O amor dela pra sempre marcado.
No solar da porta:
Um tapetinho surrado
Mil vezes lavado
Por ela... pra trás deixado...
Tantos sinais...
Que de desfazer o tempo é incapaz.
E o que ele mais queria?
Era poder voltar, voltar no tempo... voltar bem, bem lá pra trás.
Eu sempre estive aqui! Nunca saí desse lugar do sofá e nem da mesa de jantar. Mas mesmo estando aparentemente no mesmo lugar de sempre, eu soube viajar nas asas da minha imaginação, fui para o mais longe de mim, e voltei sempre para os braços de quem colocou a esperança no meu sorriso. Eu sempre estive aqui e ainda estou, indo e voltando para dentro de mim.
Machucados de uma vida.
De um sofá ao outro pular
Por um rio de lava passei;
sem me machucar
Ao cair mamãe vem aqui
-meu filho com um beijinho vai sarar.
Na rua cair,
A bola chutar,
O tampão do dedo sair ,
E eu quase não me importar.
Ladeira descer, o sangue escorrer.
Pra casa voltar.
“eita roupa suja! Vou apanhar!”
Na escola cresci, muitas coisas aprendi.
Quem eu amo não me ama.
É ai que o coração engana.
Voltar pra casa sem demora
- Eu odeio a escola!
Da escola sai, mas não sabia o quanto ia doer.
Pior fase da vida passando
Na faculdade vai se formando.
Tanto tempo passou.
Aquela amizade acabou.
Um novo amor surgiu.
Achei que não iria mais sentir dor...
Mas, dessa vez um beijinho não sarou.
Tanta falta vai fazer, aqueles que me ajudaram crescer.
Agora é minha vez.
Posso dizer que cresci.
Pois estou na cozinha fazendo o jantar.
- paiii! Vem aqui!
Era meu filho a me chamar.
- deixa eu dar um beijinho que vai passar.
12/08/2016
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