Sociedade Consumo
O tempo se consumira com seu ritmo imóvel, idêntico para todos os homens, nem mais lento para quem é feliz nem mais veloz para os desventurados.
A moda consumada não significa desaparecimento dos conteúdos sociais e políticos em favor de uma pura “gratuidade esnobe”, formalista, sem negatividade histórica. Significa uma nova relação com os ideais, um novo investimento nos valores democráticos e, ao mesmo tempo, aceleração das transformações históricas, maior abertura coletiva à prova do futuro, ainda que nas delícias do presente.
O despreso das pequenas coisas e situações possíveis de se viver, em detrimento de algo maior e mais sofisticado, tende a consumir tanto uma pessoa a ponto dela se ver desamparada.
Pense agora o que você quer;
Ser alguém justo ou ter o que quiser;
Consumir produtos ou manter-se em pé;
Seguir o homem ou seguir a fé.
"A perfeição é uma doença de uma nação." Nós cobrimos nossos rostos com toneladas de maquiagem. Recebemos botox e até passamos fome para ficarmos daquele tamanho perfeito. Tentamos consertar algo, mas você não pode consertar o que não pode ver. É a alma que precisa da cirurgia. É hora de nos posicionarmos. Como você pode esperar que alguém te ame se você não se ama? Você tem que ser feliz consigo mesmo. Não importa como você é por fora, é o que está por dentro que conta. Hoje, quero colocar uma foto sem maquiagem. Eu sei que tenho rugas na minha pele, mas hoje quero que você veja além disso. Eu quero abraçar o verdadeiro eu e quero que você abrace quem você é, do jeito que você é, e se ame do jeito que você é.
Não importa quão sofisticado, quão cínico o público possa se tornar sobre os métodos de publicidade, ele deve responder aos apelos básicos, porque sempre precisará de comida, anseia por diversão, anseia por beleza, responde à liderança.
Os pensamentos e as ações do homem são substitutos compensatórios para desejos que ele foi obrigado a suprimir.
A nova competição é provavelmente mais acirrada nas indústrias de alimentos, porque temos uma limitação muito real sobre o que podemos consumir – apesar de rendimentos mais altos e padrões de vida mais altos, não podemos comer mais do que podemos comer.
A frase marqueteira que diz que "se você não paga pelo produto, logo você é o produto", vai na contramão da frase do filósofo Zigmund Bauman, que diz "Tornei me objeto ao consumir" - pois a marketeira tenta passar a falsa sensação de que se você comprar um produto, voce se tornará alguém mais feliz como senhor do produto, já Bauman está nos mostrando que o simples fato de consumir, nos funde ao produto de modo que passamos a ser produtos sob a ótica das empresas.
Se a sua vontade te remete a uma imensa fonte de desejos, se esta fonte esta nas vitrines de um shopping e convenientemente te seduz, ou se uma tentação que simplesmente corrompe seu limite e a sua lucidez, e mesmo que nesse momento o seu limite não lhe permite, mas sim, te tornará mais forte...acredite: nada vai te reprimir.
Corra e compre bastante, todos cartões tem seu limite... Foda-se os boletos!!!
A miséria quando faz parte da vida de um povo, o convívio com ela todos os dias, ainda se afigura uma novidade para os seus consumidores.
O ser humano apenas consume ou modifica o que é produzido pela natureza. Mesmo assim, ainda se rotula como sendo uma espécie superior.
Somos tão cegos em pensar
Somos tão cegos em adquirir
A cada dia uma coisa comprar
A cada peça sua mente iludir.
São lojas e lojas
Entrando é saindo
E além do dinheiro
Sua alma esvaindo
Compra tudo o que quer
Depois chova pelo que fez
Não têm limites a ambição
Mas não encontra satisfação.
Compre o que precisa
Pense antes de gastar
Seja feliz com o que têm
Se você não pode comprar.
O poder não cabe a quem anseia consumi-lo por completo logo que o obtiver. Os grandes não secam as fontes.
O mundo não está fazendo novos leitores. O problema é realmente achar tempo para consumir livros.
Incutiu-se em nossas mentes essa nova ideia segundo a qual, se você não consome, você não é nada. E é tão mais quanto mais for capaz de consumir. Se o ser humano vê a si mesmo como um consumidor, todas as suas capacidades diminuem, pois todas serão colocadas a serviço de uma possibilidade cada vez maior de consumir.