Sociedade Alienação
O brasileiro, logo que enriquece um pouco, dá-se por satisfeito, julga-se muito rico, descansa, diverte-se. Aparece-lhe o espírito latino, que o domina e o limita. O americano prossegue sempre no caminho da riqueza. Nada lhe basta. Aspira a um poder fabuloso da riqueza. Tem o culto do ilimitado.
Não existe exercício racional ou lógico na administração e atividades processuais que se baseiam exclusivamente a vade-mécum. Cria-se a ignorância a partir de sua prática, além do adverso da flexibilidade para com a subjetividade de seus colaboradores. Nota-se a partir deste ponto a complexidade na metamorfose de conduta.
Eu sei logo existo e por nada deste mundo desisto da verdadeira oportunidade de ser plenamente feliz.
Posso estar completamente enganado e com certeza parcialmente estou, entretanto meu olhar sobre Deus diverge da maioria.
No vazio das nossas certezas, a sociedade aceita que Deus seja um objeto mercantil e instrumento de dominação pela disciplina e conformismo que causa em seus membros. Individualmente Deus é usado como um curativo para amenizar o orgulho e a sempre sangrando consciência que constantemente alerta.
Acho que Deus existe e estou certo que não O conheço e não O entendo.
O mais próximo de Deus que alcanço é uma comunicação inteligível da minha mais profunda essência com o desconhecido.
Não precisamos de Religião e da projeção ideológica e teórica de Deus de qualquer um de seus Profetas, Santos, Iluminados, Intérpretes ou Filhos para sabermos que a humanidade hoje e desde sempre é hipócrita o bastante para praticar o mal pela ação ou omissão e se vestir de fé em algo que lhe confere uma aparência de quem pratica o bem.
Talvez essa realidade só vai mudar e nossa espécie vai praticar o real amor em três situações:
1- Ao longo de centenas de anos de lenta aprendizagem e evolução.
2- Com um contato direto e íntimo com civilizações de outros Planetas.
2- Um “shoot down” planetário provocado por uma grande guerra ou catástrofe.
Por enquanto, que todos fiquem sob a influência da alienação de seus líderes religiosos. Estou convicto que a liberdade tem um alto preço por destruir a programação mental e revelar nossas reais deficiências.
Sérgio Alberto Bastos da Paixão
Na verdadeira arte contemporânea dos séculos XX e XXI a função da arte não é só estética, é sim um canal livre de linguagem contra toda arbitrariedade, um instrumento propagador de novas ideias e um contra fluxo trans da mesmice pasteurizada imposta ao mundo dito civilizado pela nociva globalização.
"Enquanto as pessoas não tiverem humildade para assumir e reconhecer seus erros, infelizmente serão incapazes de evoluir."
Olhar para si mesmo é fácil. Duvido, agora, se colocares no lugar de outro para resolver os problemas dele como se fossem os teus. Caso consigas, e aplique isso à lei, parabéns: estamos mais próximos de uma sociedade mais justa e igualitária.
Um dia no Sistema Penitenciário – um olhar sobre a situação carcerária no Brasil
Recentemente tive a oportunidade, como aluno de Direito e jornalista, de conhecer de perto como é a vida por detrás das grades. A visita foi aqui em uma das unidades penitenciárias de Salvador. Não vou me ater aos procedimentos que me levaram a fazer isso, nem aos detalhes do lugar em si (por mais que isso seja relevante), mas somente nos fatos, na observação e nos impactos que isso, de certa maneira, me causou. Foi como se, de alguma forma, pudesse me embrenhar nos intestinos, sobretudo nas regiões mais eivadas de nossa sociedade. Acho que todo cidadão, enquanto parte de uma sociedade organizada deveria ter a iniciativa de visitar a sua própria concavidade.
De longe, parece ficção. Mas de perto, a realidade é repugnante, catastrófica, quase perdida. Pouco se vê de esperança ali naquele ambiente marginal e selvagem. Há um misto de questionamentos e certezas que logo se exalam na impotência de sermos quem somos, de produzir o que estamos produzindo, ao ignorarmos - como sociedade - um fato social que simplesmente pode vir a ser uma avalanche que pode – e deve – nos engolir a qualquer momento. É como uma chaga mortal, escondida por debaixo de nossos mais belos trajes.
Dizer que é isso mesmo, que não estamos nem aí, que tudo é uma questão de escolhas, ou, em uma visão mais invasiva, do quanto pior o sofrimento daqueles seres, melhor para a sociedade é fechar os olhos para uma realidade que a gente sabe que existe, mas que nunca estaremos dispostos a mudar, simplesmente pela questão do justiçamento (que é muito diferente de justiça). Ainda carregamos essa visão, internalizada pelos programas televisivos, que o criminoso para se recuperar precisa sofrer na própria pele a violência de seu crime. Ou que se matássemos todos que ali estivessem, o exemplo desse ato já seria o bastante para inibir um pretenso ato criminoso. Porém, o que não conseguimos refletir é que isso sempre aconteceu aqui no Brasil. As prisões estão dominadas por facções criminosas que produzem consequências devastadoras, seja para o Estado ou para o próprio preso, seja para a sociedade na manutenção desse sistema, que por sua vez, absorve isso e devolve com instintos discriminatórios, reduzindo assim a oportunidade na questão da ressocialização.
E, no meu modo de pensar, é justamente aí a raiz de todo o mal. Se analisarmos pelo lado social, não é preciso ir muito longe para enxergarmos qual a cor que enfeita as prisões e a que tipo de classe social essas pessoas pertencem. Indiscutivelmente, a grande maioria é negra, sem escolaridade e moradoras de bairros periféricos, onde não há orientação ou base educacional.
Desde muito cedo, essas pessoas, seduzidas por uma vida de criminalidade, onde as condições são mais favoráveis, aprendem que viver a margem da lei é talvez a única oportunidade de vida. São esses indivíduos que superlotam o Sistema Penitenciário. Não carregam em si uma importância que estimulem, enquanto cidadão, uma estrutura melhor para o cumprimento de sua pena com eficiência. Sendo assim, o ato da dignidade humana muitas vezes é violado e esse sujeito volta para as ruas (ainda muito mais imoderado do que entrou).
Não é preciso ser especialista para perceber que do jeito que está é impossível a recuperação de qualquer que seja o indivíduo. O modelo está saturado, desestruturado, completamente ultrapassado. Não há investimentos, nem interesse do poder público na questão da recuperação humana. Não há uma política séria nesse sentido, apesar de que muito dinheiro é despejado sobre os telhados do sistema. Simplesmente esses indivíduos são lançados dentro desse cubículo e o Estado apenas mantém o controle parcial de tudo, enquanto o sistema corrói como um câncer os orifícios inóspitos de nossa sociedade.
É preciso rasgarmos os tecidos que encobrem as nossas mazelas e buscarmos outras alternativas que possam aliviar essa trágica condição. Temos sim que punir. Se cometeu ilegalidade tem que ser responsabilizado por isso - com todo o rigor da lei, inclusive. Mas, como disse anteriormente é preciso oferecer uma estrutura adequada para que esse indivíduo possa cumprir com dignidade a sua dívida com o Estado, com a sociedade e com a justiça.
Seus sentimentos? Podem ser causados.
Suas lagrimas? Podem ser interrompidas.
Seu conhecimento? Bom, é aplicado.
Esqueça tudo que te ensinaram sobre livre-arbítrio.
Você é uma máquina...nossa máquina.
Patriotismo é para os bravos, para os que não se derrubam com as crises, para os que não desistem por um pequeno período de império mal comandado, para os que conseguem enxergar além do que nos mostram...
Patriotismo é a saída. A saída é dos campeões
Nem todas as pessoas deveriam ter o privilégio de pensar. É uma arma muito perigosa, inúteis não deveriam tocar.
"Se alguém se achar apto a lhe dar um conselho sobre sua 'vida', agradeça e diga que será ótimo. Diga também que está precisando de um sócio para tocar a sua 'vida' e dividir os prejuízos naquilo que der errado. Caso seu conselheiro tiver bons conselhos e segurança no que estiver falando, certamente aceitará a sociedade."
Um diz, a vida é minha eu decido ... Alguns dizem, a vida é nossa, nós decidimos ... Outros formão sociedades e criam leis, e dizem, a lei é dura, mas é a lei ... Tolos, esquecem que o Reino foi criado na lei universal da mais alta vibração e poder, de onde tudo emerge ... o AMOR.
Kairo Nunes 16/03/2017.
Eis uma falha humana dantesca: a falta de amor ao próximo. Muitos, do pedestal da arrogância, e da suposta autossuficiência, encaram os seus semelhantes com olhares de desdém. Mas nesse mundo não há super-humanos. Os nossos princípios, no nascituro, e os nossos fins, na morte, são idênticos. Para quê, nesse intervalo de vida, subestimar, ignorar e diminuir as pessoas? A Bíblia nos diz que devemos amar o próximo como a nós mesmos. Que exercitemos o sentimento da empatia, pois ele transforma positivamente o convívio em sociedade.
Um mangue é um arbusto ou pequena árvore que cresce em salinas costeiras ou água salobra. Os manguezais ocorrem em todo o mundo nos trópicos e climas subtropicais e nada mais são do que árvores tolerantes ao sal, ou seja, estão adaptados à vida em duras condições costeiras. Eles contêm um complexo sistema de filtração de sal e um sistema radicular para lidar com a água salgada por imersão e ação das ondas. Ainda, são adaptados às condições de oxigênio da lama encharcada.
Quando você dá mais espaço para o mangue, a tendência é de que a água salobra acentue as diferenças entre os micro-organismos e colônias que nela vivem. Mas o mangue é o acionador da capacidade criativa e ativa do micróbio. Quando você acentua o mangue, a água salobra ganha em aplanamento e submerge em criatividade e geração de fartura para a colônia. A lama é um caso clássico de censura aos manguezais do pensamento, por isso o pensamento da colônia fica improdutivo, miserável e repetitivo. Na realidade, temos um pensamento insignificante, medíocre, anódino, estúpido e medroso. O sal, aqui, tem conteúdo moral baseado em inversão de valores. Explora a ignorância do coletivo. Torna a violência ordinária e somatiza deficiências pragmatistas da colônia.
Os pântanos dos manguezais protegem as áreas costeiras da erosão de políticas públicas. Os micro-organismos são a vitória numérica. São a vitória da contradição. Do achar e dar por certo. Do pergunte-ao-colega-ao-lado. Nunca do pesar, pensar e, por um instante, considerar.