Sociedade
Oh abismo movel
Que usando nossos pes
Deambula de les-a-les
A espalhar teu fel.
Oh prazer que nos ameaca
Praga que nos desgraca
Tu que te moves sereno
No perfeito corpo veneno
Oh vazio que nos pariste
Tu que outrora nos cuspiste
Por que hoje nos engole
Na barriga do prazer mole?
Oh ardente fogo de enxofre
Por ti o homem sofre
Noite e madrugada adentro
Procurando o teu epicentro
Oh segredo indescurtinavel
Oh mare inavegavel
Que ganhamos de ti afinal
Alem desta dor infernal?
Oh fonte de ais eternos!
Os homens sao todos subalternos
Por causa do fogo escondido
Entre as pernas deste ser desinibido
• Depois de um tempo você descobre,que você ‘’se aceitar’’ é mais importante do que a aceitação da sociedade sobre seu modo de pensar,se vestir ou agir,em primeiro lugar você precisa respeitar e aceitar a si mesmo,e então a sociedade será apenas um mero detalhe!
O que é ser bonito afinal? A Palavra fala de homens formosos em algumas passagens, mas eu nunca os vi serem favorecidos pelo Altíssimo devido à beleza estética que possuíam – beleza essa, que não dura para sempre nesse mundo. O que eu vi foi um Deus que favorece aqueles que possuem um coração reto, fiel e devoto – a Ele. Ora, se vivemos para Ele e não para homens, precisamos repensar bem o que é realmente ser bonito. Será mesmo que um corpo esteticamente bem visto pela sociedade atual é para o Senhor da Eternidade tão importante assim?
O que é ser bonito afinal? E o mais importante: com quem você mais tem se preocupado, homens ou Deus?
Não está errado procurar ser feliz, o que poder estar errado é deixar de procurar. Podemos nos surpreendrer com as surpresas que a vida nos dá. Todos temos uma ideia fixa pelo que é ideal, mas o que é ideal? Penso que viver sob os padrões da sociedade é uma verdadeira prisão. O ideal é aquilo que te agrada bem lá dentro da sua alma. É aquilo que te faz sentir viva, te faz ser uma pessoa melhor, transforma sua essência espiritual e humana, e com tudo isso, você pode ter condições de cativar qualquer pessoa.
No palco imaginário do teatro pós-moderno vivemos uma vida que se liquefaz nas constantes explosões dos pixels e slogans – deixo registrado meu exemplo.
“Há um grande desafio interno no qual buscamos ser aceitos em um meio e criamos uma resistência em aceitar, compreendidos nas ações e intolerantes ao compreender, falar e não querer ouvir.
Em uma sociedade nunca será somente o venha a nós.”
COnVIDa. Independente de qualquer guerra o pandemia. A vida segue em frente, sempre superamos os obstáculos. A raça humana sempre consegue vencer. Só não consegue vencer o ego, a diferença social e ajudar mutuamente cómo seres de um mesmo planeta.
A derrocada dos viajantes
O meu destempero acompanha meus passos, os portões silenciosos e as janelas escuras são testemunhas, mas são através de subidas, e mais subidas, e um repente de súbitas sensações de cansaço, que se fazem todas minhas manhãs. Muitos me dizem que esta é a hora de se fortificar, porém esses parecem tão fracos quanto eu, não os julgo, muitos se contentam com suas estradas, e é claro, cada um têm a sua; curva, inclinada, esburacada estrada que os levam para um destino, esse no qual é incerto de sua chegada e, sua volta é almejada desde à partida. Sou mais um como muitos outros, mas ainda não perdi a graça de observar meu trajeto, entretanto, outros nem perscrutam por onde passam.
Outrora vazio ou cheio me sinto, ouço o ressonar dos passos atrás de mim, e aqueles que irão me acompanhar, não os conheço, mas são gente assim como sou, pois, é assim que penso, e sei, que não deveria pensar assim. Hoje, ainda jovem, tenho força para me defender, ou será que tenho? Porque pessoas não são nada, para aqueles que gostam de sentir o poder e o domínio de sua jornada, e quando você pensa, é menos um andando pelo caminho que partilha. Claro, tenho medo, mas não posso parar de viajar. Minha juventude, infelizmente, em nada me beneficia neste caminho que começo tão jovem, consigo se traz ingenuidade e carência, eu vigio por muitos, mas será que alguém vigia por mim? Não, sei que não, porém logo cedo o sol bate no pico da catedral, e nos ilumina, nós, os viajantes. Ainda assim, mesmo com essa luz, meus consortes não conheço, logo, como os mais velhos instruem; “olhem para os seus pés”.
Agora fria, minha pele começa a ficar morna, contudo, esta bendita estrela não me consolará assim. Em horas, estarei banhado pelo meu suor, angustias, revoltas, e pelos cantos, ficarei choroso. Mas meus pés nem doeram para pensar assim, nem estou na metade do percurso, quem dirá o dia. Sendo assim, devo me atentar para não me desarmar na frente daqueles que cruzam bem rapidamente minha caminhada. Sempre acenam, fazem um assobio, mas o que se faz presente nesses, são os sorrisos sem tempero, até menos que o alimento na metade do dia.
Outrora, fazia questão de se atentar para minha jovem saúde, hoje, parece que não tenho mais opções para fazê-lo, são grãos que não agraciam minha dispensa, minha fruteira de plástico, são medicinas que não jazem mais em nossos velhos criados, e um conjunto de pessoas que necessitam do mesmo que eu, que prezam pela sua recém vitalidade, e aquela que já quase parte. Canso-me de pensar, e de tanto pensar, canso de mim. Ó, descida desvanecida, não cheguei aos montes para não conseguir te enfrentar, pois, quando eu estiver no platô, terá mais um cume para desbravar, donde desaguarei em vias e rodovias turbulentas, sujas e com mais gente assim como eu, que de tanto pensar, cansa de si. A minha astúcia não se faz mais presente quando tenho de exercer o que realmente tenho que fazer, e minha altivez se desbota na última esquina que dobro, e sinto o tempo escorrer pelas minhas mãos, meu doce e precioso tempo, escorre por minhas grandes e (que agora) gélidas mãos.
Todavia, na volta é onde me faço vivo, onde minha existência não é tão execrável assim, onde minhas enfermidades não me preocupam, e nem sequer me pego pensando que todo fruto do meu esforço, são para dividas que não foram engendradas por mim, e paras quais, desconheço seus valores exorbitantes. No fim das contas; para ser exato, no fim de muitas contas. O meu êxtase se torna real quando ouço o caloroso e doce falar de um futuro viajante, que peno por ele em todas minhas caminhadas.
- Chegou cedo, papai!!!
Quando o assunto são os Direitos Humanos em jogo não existe protagonismo individual, e sim o protagonismo coletivo.
A sabedoria é a bússola que nos guia através das tempestades da ignorância, revelando os faróis da justiça e da equidade.
A bondade não se dá por ações de falsa benevolência que são feitas com intuito de receber algum benefício, e sim pela vontade consciente e a luta constante para vencer o ego e fazer o bem sem nada esperar em troca.
Sabe quando é correto ser antiético? NUNCA!
Não considerar os valores sociais, as pessoas, grupos ou a sociedade em si, nunca será honesto.
Todo delito e todo crime são de fato sociais. Mas, de todos os crimes sociais, nenhum será considerado pior do que a pretensão impertinente de desejar mudar algo nesta sociedade, a qual acha ter sido até agora paciente e boa demais; mas que já não aceita ser criticada.
Um homem para o depois de amanhã, que por incontáveis gerações será abraçado, geralmente é, em seu próprio tempo, negligenciado. Este homem é único, não pode ser uma uniformidade, e por isso a uniformidade (sociedade) tem por ele, quase sempre, repulsa! Ele não é reconhecível, não é um semelhante... Tal homem revela, em palavras e atos, mesmo sem intenção, as mazelas da sociedade! A "grande massa", então, "amassa este valioso fragmento do Universo...". Para que _como "estranha criatura alada" que é_ sobreviva entre todos os "seres rastejantes", é preciso que os "híbridos", aqueles que, embora "rastejem", anseiam por "ganhar asas", reunidos protejam-no. Só essa "estranha criatura alada" _o filósofo_ que causa repulsa ainda maior em quase todos os professores de Filosofia, é capaz de fazer que a "penugem das criaturas híbridas se tornem asas"! Ele procura as "criaturas híbridas"...pois também foi uma "criatura híbrida".