Sociedade
AS PESSOAS NÃO SÃO
As pessoas não se permitem mais.
Estão deixando de viver as melhores coisas da vida, as mais simples...
Escondem-se atrás de meias verdades, de meias palavras, de meias ideias, de meias pessoas.
Tornam-se escravas da imposição feita pela sociedade.
São aquilo que não são, aquilo que não gostariam de ser, aquilo que jamais serão. Elas não são.
Ou enfrentamos com honestidade uma grande e profunda reflexão sobre a pauta ética, ou vamos regredir até os instintos mais selvagens e nos dizimar. Tudo que pleiteamos nos fará evoluir? Ou será que cada vez mais violentos, competitivamente violentos? A ética é o único remédio para evitarmos nossa extinção, é urgente, é caso literal de vida ou morte humana.
Ouço vozes de todos os lugares
Mas não consigo ver ninguém
Todos em busca do que são
Ou simplesmente querendo ser alguém
Tudo parece abstrato
Sem forma, sem razão
Andam de cabeça baixa
Com os olhos fechados vivendo uma ilusão
Será que vivemos para ser
Se é que vivemos algum dia
Tudo é tão confuso
Que felicidade é confundida com alegria!
Poesia minha, inspirada no papo sobre sociedade com Ádila Barretto.
Não adianta dizer os problemas, eles já conhecemos, não adianta dizer que precisa melhorar, pois isso já temos certeza, mas o que realmente interessa é o que faremos para melhorar e resolver os problemas!
Estou farta de conviver com aqueles que nunca se contentam com o que lhe é guardado, conquistado de visão material,
Que estão sempre a olhar pro lado,
Esperando uma falha para subir na vida consumista, em cima do erro do outro.
Estou farta de tanto orgulho em quase todos os corações, principalmente aqueles que estão sós
É impossível que o pior dos seres não contenha uma chama de luz, e o melhor dos seres não contenha uma chama de escuridão.
Pobre sociedade, tão pouco sabe o que é viver!
Conhecem o viver de orgulho, de consumo, de status material!
Pobres espíritos, não observam a oportunidade de cada dia, que dirá uma eternidade
Acham que a caridade é uma troca material
E que a decepção é culpa do outro...
A ilusão é o que vos cega
Todos os dias pessoas se vão, e nunca vi ninguém levar nem um grão de areia desse mundo!
Mas esse orgulho, eu sei que levas, e levas e traz...
Anos e anos, vidas e vidas... idas e vindas...
Acorda te enquanto há tempo de não perder mais tempo....
Vivemos perdidos, onde só começamos a vivenciar a verdadeira essência quando nossos monstros começam a fazer parte da nossa vida, mostrando o gosto do desespero, medo e incerteza.
Preconceito está nos olhos de quem vê, da mesma maneira que uns tem orgulho de serem negros, eu tenho orgulho de ser branco, então se sou racista por afirmar que tenho orgulho da minha cor, negros também são racistas por isso. Ninguém deve ser inferiorizado ou superiorizado, todos devemos nos manter no mesmo nível, da mesma maneira que pessoas de pele escura sofrem preconceito, pessoas de pele clara sofrem da mesma maneira, então o melhor que podemos fazer para amenizar tal situação é começarmos a olhar para o que realmente importa e parar de julgar os outros pela aparência.
Eles pensam que chegaram ao ápice da evolução
Mal sabem eles que outros também pensaram, antes da extinção.
Esse Capitalismo sedento, que contabiliza o mundo
Por uma liberdade comprada
Meu valor medido por lucro/hora.
Sou uma cor em um gráfico de rendimentos.
Será que valho o investimento?
Vendemos vida por salário minimo,
No Mercado quanto valem os sorrisos?
Vivemos em sociedade, seres da razão.
Enquanto os animais vivem em grupo,
Para própria proteção.
Vivemos cada um por si nessa selva de distinção.
Troco esse poema por um pedaço de pão,
Um arroz com feijão, porque pra quem não tem nada,
De nada adianta alimentar o coração.
Essa liberdade sai cara,
tantas vidas acabadas.
Será que ainda cabe perguntar,
Se a minha felicidade cabe no orçamento?
"a essência da felicidade estar em você mesmo,dividir a sua vida com outra pessoa..foi regra criada pela sociedade, ai você aprendeu a se tornar escravo da sociedade e depender sempre de outrem." 26/04/2014
Povo sofredor
A razão do motivo de cada
Raciocínio é o motivo de angústia de cada cidadão
Angústia que todos temos
Assim mesmo não dizemos
Tantos correm atrás
Ate conseguir oque quer
Mais tantos se cansam
De se jogar aos pés
Sociedade racional
A quem sabe um dia
Apenas riqueza e sucesso
Procuram conseguir
Sociedade que destrói
Que não ajuda a vida
Famílias sofrendo
Pessoas morrendo
Ate quando isso ocorrerá
Educação e saúde ?
Em falta isso está
Agora com a copa
Mais dinheiro o Brasil ganhará
Oque adianta se nos
Desse dinheiro não veremos
Para nossa educação melhorar! !!!
A escola tem sido laboratório da política partidária, assim continuará entregando ratos feridos à sociedade. Eles se vingarão.
Eu entendo a plenitude, considero inclusive a linearidade das sensações de uma beleza irreparável, algo que de fato não se deve contestar, mas em mim isso segue oscilante demais. Momentos de uma felicidade inegável, de uma luminosidade tocante, como a observação de gente amada reunida, por exemplo, em contrapartida fases de incessante falta de sensações, sem cor, com a palidez desaforada de um triste azulejo branco encrustado na parede de um corredor de hospital.
Não entendo a felicidade constante, não entendo essa ode ao ser feliz o tempo inteiro, quase que como obrigação. Sou cercado de esquinas onde a vida se torna intolerável e isso não se deve ao fato de um olhar pessimista, eu sei olhar ao meu redor e contar todas as minhas bênçãos. Acredito que essa rejeição expectante, que essa intolerância viva venha justamente de tudo o que nos envolve e que pérfido dolorido ou nulo.
Sentir-se infeliz, entristecer-se, passar por uma fase em que a vida se torna intolerável também faz parte da completude que é existir, é no contraste que aprendemos a reconhecer nossas graças, é na intolerância pelo que é atual, por todo o cenário desastroso em que vivemos que aprendemos a reconhecer o que abre a nossa ferida interna.
Quando a vida fica intolerável é justamente quando ela se aprofunda, quando ela invoca a reflexão, quando toca a consciência, quando aflora nossas questões internas. Quando a vida fica intolerável é justamente quando aprendemos sobre nós mesmos, quando administramos a própria solidão, quando identificamos relações debilitantes.
Felicidade é a superfície, é quando o mar perde a profundidade e termina em uma coisa bonita e mansa que chamamos de praia, felicidade é rasa, é a bolha do conforto que criamos a nossa volta, é o que não nos permite ver além da própria felicidade. Felicidade é bonita, é necessária, mas não abre brechas para grandes reflexões.
Por outro lado, o intolerável da vida é quando o mar se aprofunda, é onde o sol não bate, é quando poucos nos suportam, é na negação das profundezas que fazemos bobas entregas superficiais, é na negação do intolerável e do difícil da vida que surgem as relações por conveniência a aceitação da comodidade em detrimento do que se é, os relacionamentos por medo de estar só. É na negação do intolerável da vida que a gente cria artifícios de felicidade momentânea, que alguns se entregam a vícios e às relações descartáveis.
Em contraponto a essa negação eu aprendi a reconhecer que tudo bem se eu for um pouco triste, que faz parte eu zelar pela vida quando esta se torna intolerável, que aplacar dores particulares faz parte da beleza e da completude que é estar aqui, que repensar sobre o meu caminho é o que me leva além e que a contrapartida é uma felicidade consciente, que vem e que sempre virá quando eu souber conhecê-la, ao invés de ficar perseguindo-a com tudo que for superficial demais.
Um governo, de direita ou de esquerda, que tenha seus alicerces no ódio, corrupção, segregação, fanatismo e preconceito tem como fruto inevitável a falência da sociedade.
A dor das pessoas que invejamos causa em nós a alegria mais pura. Essa é a mais genuína forma de alegria. A que sentimos quando uma limusine pega a contramão numa rua de mão única.
Na prática da verdadeira justiça,
procura-se fazer o bem.
E na prática da bondade sem justiça,
algo de mal restará para alguém.