Sociedade
Não tenho filhos, mas leitores, capazes por si sós de defenderem a civilização contra os avanços da barbárie. A eles nomeio sucessores de uma linguagem irrenunciável. E, embora duvide às vezes se vale defender alguns princípios hoje contestados, persisto em inscrever certas normas no código dos direitos humanos.
Há momentos em que queremos desesperadamente ser mais uma pessoa do que outra, ou porque o cansaço da rotina nos impele para a montanha-russa ou porque a montanha-russa torna a rotina deliciosamente atraente. E é por isso que nunca podemos jurar onde está a felicidade.
Já que não consegue ser um farol a iluminar para muitos, seja uma lâmpada e ilumine a si mesmo. Isso é suficiente para iluminar a sociedade.
É fácil se acostumar com as notícias da manhã, ficar habituado. Mas não. Você pode mudar as notícias da manhã.
A violência contra as mulheres não é cultural, é criminal. A igualdade não vai chegar eventualmente, é algo pelo qual devemos lutar, por enquanto.
Ser amável é uma coisa boa. Você pode ser forte e amável. Você não precisa ser uma coisa ou a outra.
Existe em nós uma tendência de querer agradar a nós, aos outros e à moral de nossa cultura. Com isso vamos gradativamente nos perdendo de nós mesmos.
– Não vai querer ouvir isso de mim: temos que amar quem somos. (...) Estou num grupo virtual, chamado “Garotas são perfeitas e não há nada de errado com elas e quem disser o contrário está com medo de seu poder!” (...) Somos ótimas.
– Há algo assim para garotos na puberdade?
– Sim, chamamos de sociedade, seu branquelo privilegiado (...).
Todas as éticas são evolutivas: o que hoje é normal, amanhã será horrendo e o que hoje é crime, amanhã será banal.
Nada me impede de apontar erros em ambos os lados, nada me impede de falar da direita e da esquerda, todos nós cidadãos temos de lutarmos pelos nossos direitos, fazer as nossas críticas na busca das devidas melhorias sociais, e é mais que o dever dos governantes em nos escutar!
A ideologia está em todas as relações sociais, em todas as manifestações humanas, em toda a interpretação do mundo.
O VELHACO
Traiçoeiro, é escorregadio como uma pedra de sabão,
é rápido em lhe soltar a mão,
e campeão na difamação.
Não perde tempo em falar mal dos outros, como se vítima fosse, quando na verdade, vítima é quem confia nas suas palavras.
De dia e de noite usa de artifícios para parecer boa gente,
ele na verdade precisa de uma máscara para esconder sua face podre.
Alguns consegue enganar, fazendo-se de coitado enquanto difama outros que nada têm a ver consigo, suas abundâncias e luxos desmedidos.
Quer aparentar ser o que não é, como tudo o que gira em torno de sua vida.
Ah o velhaco, ninguém supera as suas mentiras e desculpas infundadas, enquanto banca luxos com dinheiro alheio, ronda a sociedade como o carrapato que suga o sangue.
Laços familiares foram rompidos
amizades de infância dilaceradas
a arte que outrora amada, es asfixiada
chegava ao fim o baile de marcaras!
Eis o nosso avesso de berço
nossas mazelas veladas
renegadas e açoitadas
pela tal justiça social.
Bailam a marcha fúnebre
em tons de verde e amarelo!