Socialismo
Você precisa entender que os donos dos capitais gastam milhões para te convencer a viver no mundo deles, onde você não tem valor e é apenas um peão manipulável. Lute por sua classe
Nesse fim apagado, nesse ocaso surpreendente, entretanto, o que ficava evidente, mais uma vez, e agora a um preço demasiado alto, era a ilusão de que a revolução pode ser gerada por ato de vontade, em qualquer circunstância, bastando que essa vontade seja firme. De um foco podem surgir outros e, da soma de todos, uma revolução, seja em Cuba, seja na Bolívia, seja no Brasil. Para dar relevo a esse erro clamoroso, que já sacrificou tantos valores, inclusive uma personalidade como Guevara...
A FÚRIA DE CALIBÃ, pág. 222
Na prisão e fora da prisão, em 1964, senti quanto, nas camadas pequeno-burguesas do Brasil, crescera o prestígio da guerrilha, a fascinação por essa saída falsa. Minha posição de divergência, na ocasião, trouxe-me dissabores. Fui acusado de passadista, superado, revisionista...Convenci-me de que o esquerdismo juvenil - que encontrou, a acobertá-lo, alguns adultos ardorosos - só se debilitaria diante das sanções da realidade.
A FÚRIA DE CALIBÃ, pág. 223
Vi, em Moscou - e veria, depois, em Paris -, documentários que mostravam a situação do país, entre 1917 e 1927; a miséria era dantesca, tudo estava em ruínas, o povo fora reduzido à fome, milhares de crianças vagavam pelas estradas e transformavam-se em assaltantes, como milhões de adultos. Ter partido daí para chegar a ser uma superpotência, com a devastadora interrupção da segunda Guerra Mundial, que sacrificou vinte milhões de cidadãos soviéticos, foi a tarefa realizada. Não é, pois, demais qualificá-la como a maior da história
A FÚRIA DE CALIBÃ, pág. 210-211
A inclusão socialista superpopulou todas as instituições educacionais. A exclusão capitalista dos direitos do trabalhador despopulou o mundo do trabalho rentável. Socialistas e capitalistas são movimentos de idas e voltas de ciclos caóticos de destruição da ordem.
O capitalismo exercido de maneira contrária à liberdade não é capitalismo, e sim um tipo menos autoritário de socialismo.
O Fim do Ocidente
Estamos entrando em uma era pós-liberal. Entretanto, essa era pós-liberal não coincide de forma alguma com asexpectativas do marxismo comunista. Em primeiro lugar, o movimento socialista em escala global entrou em colapso, e seus postos avançados – a União Soviética (URSS) e a China – abandonaram as formas ortodoxas e adotaram omodelo liberalem maior ou menor grau. E, em segundo lugar, a principal força motriz responsável pelo colapso do liberalismo foram os valores tradicionais e as identidades civilizacionais profundas.
A humanidade supera o liberalismo não por meio de uma fase socialista, materialista e tecnológica, mas por meio da reativação de estratos culturais que aModernidade ocidentalconsiderava superados, desaparecidos, abolidos, ou seja, mais por meio da Pré-modernidade, que afinal não foi destruída, do que por meio da Pós-modernidade, que é completamente derivada da Modernidade ocidental. OPós-liberalismoacaba sendo bem diferente do que o pensamento progressista de esquerda imaginava que fosse.
O Pós-liberalismo geralmente coloca entre parênteses a era dodomínio ocidental na Idade Moderna, considerando-a apenas um fenômeno temporário, um estágio em que não há nada de geral e universal. Uma determinada cultura, que se baseia na força bruta e no uso agressivo da tecnologia, alcançou por um certo período de tempo seu domínio em escala planetária, tentando tornar seus fundamentos, técnicas, métodos e objetivos universais. Assim começou a história doimpério mais bem-sucedidodo mundo. Porém, depois de mais de cinco séculos, a hegemonia do Ocidente chegou ao fim, e a humanidade voltou (apenas está voltando ainda) às condições que em geral caracterizavam a era que precedeu a brusca ascensão do Ocidente.
O liberalismo, por outro lado, se tornou historicamente a última forma deimperialismo planetáriodo Ocidente, absorvendo todos os princípios básicos da modernidade europeia e levando-os às suas últimas conclusões lógicas: política de gênero, woke (cultura), cancel culture (cultura do cancelamento), teorias raciais críticas, transgenerismo, quadrobics, pós-humanismo, pós-modernismo e "ontologia orientada a objetos". O fim do momento liberal é mais do que apenas o fim do momento liberal.É o fim do domínio exclusivo do Ocidente sobre a humanidade. É o fim do Ocidente.
Não existe ser de esquerda ou direita!
O que existe pode ser:
O espertalhão – Ser sem escrúpulos que se utiliza da sua astúcia para poder auferir benefícios.
O esperançoso – Ser de bom coração que acredita que tudo será resolvido de forma harmoniosa.
O batalhador – Ser de bom coração, mas que acredita que o “status quo” irá mudar somente se houver uma luta para aniquilar o sistema.
O baderneiro – Ser brutalizado que quer somente ver o “circo pegar fogo”.
O benigno – Ser solidário que apesar das diversidades faz a sua parte sem entrar no mérito da questão.
O preguiçoso – Ser inerte que vive de reclamar e esperar que alguém faça algo por ele.
O ignorante – Ser que vive apertado e não sabe o que está acontecendo, mas que repete o que a “massa” passou a falar depois de ser orquestrada pelo grupo de “espertalhões”.
O alheio – Ser que sabe o que está acontecendo, entende, mas prefere ficar neutro para não dar “murro em ponta de faca”.
O intelectual – Ser que apresenta soluções, mas que os outros costumam chamar de “louco” pois ninguém entende o que ele fala.
O falso salvador da pátria – Ser que geralmente aparece travestido de homem digno, mas é somente um “lobo em pele de cordeiro”.
A diferença entre o rico e o pobre é que o rico aprende como o jogo do dinheiro funciona para usá-lo ao seu favor, enquanto o pobre, a ser intelectual na escola para saber justificar os motivos de várias circunstâncias, fazendo parte delas.
“A inapetência voraz à leitura, por parte dessa juventude, não é outra senão o produto sonhado e propalado pelo socialismo anacrônico; aliás, insta redundar, como se houvesse algum outro que não o fosse.”.
"História, materialismo, monismo, positivismo e todos os 'ismos' desse mundo são ferramentas velhas e enferrujadas que já não preciso ou com as quais eu não me preocupo mais. Meu princípio é a vida, meu fim é a morte. Gostaria de viver minha vida intensamente para poder abraçar minha morte tragicamente."