Sobriedade
Apenas levante-se e caia fora daqui
Abrace a tua querida sobriedade
Encha o copo
Surte
E suma
Transpareça na quietude do ser
Atípico por dentro
Floresça suas solenes necessidades escreventistas
Saia sem se mexer
Mova-se em silencio e com discrepância ao tal
Textualize rapidamente
Beba mais um
E vá
Volte
Torne-se
Não digas nada
Não estás mais preso
Ela também não
Esqueça que tudo ali é congelado
Pois nada fica apegado à imobilidade das prisões sabrinais
Ela é livre
E os bloqueios
Podem ser quebrados
vá e livre-os de ti..
A "Sobriedade". Quando alguém se permite compreender o seu real significado, descobre o tão escondido segredo da tranquilidade do seu "Eu" profundo.
Eu queria esconder as dores que não suporto, camuflando-as com a falta de sobriedade.
Eu queria reverter uma humilhação na praça pública dos meus sentimentos.
Eu queria corrigir a dor, e colocar no lugar dela a indiferença colorida de orvalho.
Que em meio ao caos que tem se instaurado nos ambientes familiares hajam faíscas de sobriedade suficiente para resgatar valores e princípios.
Imensa... tão, que basta uns copos a mais de vinho, para destruir a sobriedade de um homem, fazendo-o perder o bom senso; e portanto, a razão!
Juan Galvez ( pseudônimo de G.Oliveira, 1961, brasileiro, natural do Rio de Janeiro-RJ)
Que minha loucura seja acalmada temporariamente , que minha sobriedade possa ser contemplada por ti e consigas enxergar no mais profundo de minha alma, a loucura que é me ter por inteira.
Se a embriaguez ocultasse ou amenizasse a sobriedade alcoólica nestes ser alucinado...
que vaga sem rumo certo, sentindo-se derrotado;
pois seus passos cruzam-se para ambos os lados.
De fato é lamentável e triste;
Pudera eu ser um anjo, para surfar entre as nuvens e locomover-me com os ventos;
mas os acontecimentos nos acontecem repentinamente...
enquanto os nossos sonhos profundamente adormecem.
outros se prevalessem julgando-te e ignorando a verdade
pois não assumem que de sí mesmo esquece
Assim permanecem aprisionados pelo próprio desamor;
Quem dera eu ser normal em meio tantos loucos;
ou louco em meio os normais, como os quais rotulam-se;
depende do ponto de vista há quem um palpite arrisca...
mas o "cego" é quem vê melhor...
Pois enxerga muito mais que eu ou você.
Mas afinal, não sou anjo, então quem sou eu?
Quem é você? Na real.
Quem somos nós?
Seres humanos! tenho minhas dúvidas...
Culpa da própria Histórias que nos criou.
Teorias, crendices temos de sobra...
A Ciência se desdobra para explicar tudo;
mas faltam respostas e sobram perguntas;
Independentemente de nossa crença ou religião;
A verdadeira sabedoria só Um à possuí.
Cuja Seu Nome varia, assim como um todo!
Adonay, Javé, Jeová, Allah, Eloah, Braman...
Mawu, Guaraci, Olorun, Zambi, Jahbulon, Oxalá...
Deus...
Meu Deus, nos perdoe por nossa desavença e seus sinônimos.
E nos ilumine trazendo-nos o antônimo de toda essa nossa estupidez.
e que essa embriaguez universal seja curada por Sua Onisciência e Onipresença.
A indiferença é a arma dos fracos.Mas a calma,sobriedade e ponderação,são instrumentos de fortaleza dos fortes!
Eu nunca conheci um ser que bebesse esperando a sobriedade, perdido totalmente em esquecimento.
Minhas lágrimas são secas, escorrem pelo meu rosto que esta totalmente molhado, me transformo em outro ser.
Meu estômago conecta-se com a minha cabeça, e de manhã eu percebo o grande desfecho em dúvidas... "Será que eu fiz alguma coisa de errado?".
Bang, bang! - Fiz!
"Pessoas festeiras não se magoam, não sentem nada" - Quando eu vou aprender?
1,2,3...
Eu amo como se fosse verdade,
Num mundo de mentiras;
Como um bêbado da noite, na sobriedade da manhã;
Como um adolescente entusiasmado, por razões senis;
Amo como um inocente condenado à forca,
Que mesmo assim, ainda crê na Justiça!
Amo como se fosse luz, na mais completa escuridão;
Como se fosse partida, no trem da volta!
Amo como se fosse vida, no seio da morte;
Como se fosse pra sempre,
Desesperadamente pra já!
Reflexão (tardia)
Entre a insanidade e a lucidez
A sobriedade e a embriaguez
Eu pego apenas mais um copo
Se for pra apostar agora, topo
Crescemos e envelhecemos
Desaprendendo a usufruir
Trabalhamos e perdemos
A experiência de curtir
Entre o fim do dia e o de tudo
Algumas letras, alfabeto mudo
Eu mantenho-me em silêncio
Um disparo pro alto, inexato
Nos alimentamos da carne
De algum animal sacrificado
A reflexão chega sempre tarde
Depois do jovem ser assassinado
País, sociedade, razão e religião
Porre, porrada, falta de opção
A continuidade é um erro fatal
Em um amanhã de pleno temporal.