Sobrenome
Trabalhei com uma senhora de sobrenome "Tapioca", isso mesmo! Nada assim tão demais, tanta gente famosa tem nome estranho e a gente nem liga. Tinha outro que respondia pelo sobrenome de "Aranha" , que um dia vi num supermercado e cumprimento-o, naturalmente, em alto e bom som: - Aranhaaaaa!!!!! E o filha da mãe se aproximou todo assim, todo desconfiado, olhando pros lado e sussurrou: - Chama assim não que minha mulher não gosta! Oxi, mas, não era assim que era conhecido, eu hein? E o cara nem ligava antes, era o sobrenome mesmo, tava zuando não, eu juro! Vá reclamar de quem pôs o nome, digo, sobrenome. Outra tinha por sobrenome "Guaraná", tudo a ver, era uma moça faceira, já tinha sido, inclusive, escolhida miss da empresa, outrora, numa festa de final de ano, me contaram. Ah, mas vamos voltar a colega Tapioca, antes que eu esqueça, mania de me distanciar do assunto. Pois é, e que tinha outra peculiaridade, vestia-se diariamente feito uma cigana: saias amplas e longas batendo no chão, coloridas, estampadas, a moda hippie, ops! e até tão usando de novo. Brincos enormes, coloridos, penas, etc. Até lia cartas de tarô, ou tirava essa onda. Olhavam-na com estranheza, no entanto, até já ouvi quem a achasse doida, estranha. Um dia uma novela da Globo exibiu uma novela que contava a historia dos ciganos, atores caracterizados, vestido a moda dos tais, danças típicas, comidas, costumes, etc... Ai as lojas logo passaram a vender as saias da novela, o Camelódromo, brincos, bijuterias imitando, virou uma febre! E consequentemente outras colegas passaram a vestisse igual a Tapioca, que por uma questão de ética vou emitir o primeiro nome comum, igual ao de todo mundo. Gosto de pessoas assim, que se antecipam a moda, que fazem sua própria moda, que são elas próprias, a moda. Que são autenticas, que salvam esse mundo monótono, esse ócio causticante, que estão além do seu tempo sem perceber. Que apenas são o que são, sem artifícios, mesmo sem ser estrelas de novelas, celebridades que calça sandália cada uma de uma cor, pintam o cabelo de azul , vestem roupas extravagantes e ninguém rapara, ou só reparam, mas, respeitam, acham um chame, artistas podem. (24.10.2016)
Identidade
Amanhece
em mim um corpo insone
sou uma ave sem nome
nem sobrenome…
voa na branca manhã aclareada
bate as asas devagar em meio à bruma fria
sozinha
rasgando o céu
sem destino certo
voa por ares incertos…
sente-se rainha.
“Eu sou uma eterna apaixonada por palavras, música e pessoas inteiras. Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso.
Se veio para agregar e somar, puxa a cadeira, se ajeite e vamos conversar.
Se não é nada disso, desculpa, eu só lamento.
Pessoas vazias são chatas e me dão sono.
Prefiro a música, porque ela ouve o meu silêncio e ainda traduz o que eu sinto, sem que eu precise me explicar.”
picadeiro
estou num picadeiro
na arena sou mágico
trapezista, Brasileiro (até no sobrenome)
de compasso trágico
poeta por inteiro...
eu sou equilibrista
no desequilíbrio...
nas horas vagas pipoqueiro
dum circo de ludíbrio
corriqueiro!
sobrevivente!
paralelamente um sonhador
na arte dum eterno amador
vivo num suspense
neste bio circense!
© Luciano Segantini Brasileiro Spagnol
poeta do cerrado
26 de setembro de 2019
quinta feita, 05’55”
Araguari, Triângulo Mineiro
Quase Sempre -
Quase sempre
o fevereiro,
feriado e Carnaval
de alguém,
tem nome,
sobrenome, um outro
alguém
e vive
muito longe.
Sobrenome.
E quando o tempo parou para mim.
Foi quando tive medo.
Meus olhos descoloriram o mundo a meu redor.
Não vi mais nenhum arco íris,
As flores perderam o perfume da vida.
Trancado em mim sem cores.
E assim não gostei mais do espelho.
Perdi os vestígios de minha vida.
O ar era apenas um caminho de passos não mais ouvidos.
Tive de nadar em águas profundas.
Em um mar desconhecido a deriva de mim mesmo.
Assim por muitas noites , dias tardios.
O sol nada significava e a noite era sempre perfeitamente silenciosa e solitária.
Fez-se um ártico da minha alma gélida.
E assim sigo sem sentir, sentindo muito.
Sem o que chamava de eu,
Como a ver anúncios de procura-se.
Traçando rumos sem sentido ou direção.
Sou eu a agulha no palheiro.
O palhaço na corda da bamba.
O trem descarrilhado.
Um botão que não abre.
Emperrado sem tranca, preso na liberdade.
Poder ir e nunca saber onde.
E onde quer que vá, não me ver onde estou.
Alguém que olha o espelho refletindo um rosto que a vida decidiu demolir.
O soldado da batalha perdida ainda com munição para lutar.
Ainda vale a pena lutar pois ainda sou eu
Mesmo estando em um copo d'água
Eu sou a tempestade.
Mesmo tendo tudo e nada
Ainda tenho nome, ainda me chamo, ainda grito por mim.
Meus dedos cabem alianças,
Meu coração ainda vive em mim,
O amor é minha fé,
Minha vida tem meu nome,
Mesmo que ainda,
De sobrenome ninguém.
José Henrique
Quando, uma mulher quer mudar. ela muda em todos os sentidos, até seu sobrenome pra por o Seu Love!👏💫
Eu quero fugir
Para um lugar sem mim
Um lugar sem fim
Sem nome nem sobrenome
E ficar em paz assim
Sem ter mais que ir
Eu quero encontrar um lugar assim
TOURO
teimosia é o sobrenome dos Taurinos ne kkk...
Bom pelo menos eles tem muitas qualidades mais infelizmente defeitos sempre tem ne... eu admiro muito que os taurinos são leal, dedicados, habilidosos...porém eles sempre são desconfiados, lentos, e muito teimosos kkkk.
Quando você dá o seu sobrenome a esposa e filhos, não faz uma cópia de você, portanto respeite as diferenças. Cada um sabe o melhor para si.
SUPERAÇÃO
Uma imensidão de amor
carrego no peito e
em minha certidão,
o Sobrenome Brasil.
Amo meu País que tenho Brasil até no nome.
Encoraja-me buscar cada vez mais contribuir
para que as pessoas tenham um futuro digno.
Quando criança almejava ser Perita Criminal, para contribuir com o País onde nasci e vivo até hoje
lutando para conquistar o meu espaço,
o reconhecimento que acredito merecer por todos os esforços que fiz para chegar aonde cheguei,
com tanta luta
para ser vista com bons olhos, positividade e fé,
que mesmo com minhas limitações faço florescer
A Escrita
A Leitura
A Educação
A Ciência
em nosso País
Que é tão rico
de estudantes
voluntários
pesquisadores,
e pessoas que buscam ajudar um aos outros
para que nosso País
não seja esquecido, pois
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores
Valorizo o que é nosso
Liberdade, cultura, sotaque, regiões...
A arte de liberdade e expressão
que nos fazem altruístas,
que deixam essa nação mais amada e vibrante
Persevero todos os dias na luta e persistência para que todos tenham a oportunidade de erguerem-me...
Portanto... plante, colha seu jardim
e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém me traga flores.
Eu aprendo que realmente posso suportar o que for... que realmente sou forte,
que posso ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
Minha insônia tem nome e sobrenome,
Tem endereço e telefone, tem qualidades e defeitos, e seu maior defeito foi não lutar junto a mim por nosso amor...
Me deixa acordada, me tira o sossego,
Te perder foi meu maior medo.
Sempre foi meu pesadelo...
Penso em você a todo momento,
Bagunça minha mente, minha cabeça,
Tento tirar vc do pensamento,
Fazer com que pelo menos um momento eu te esqueça.
Te quero longe mas a distância me faz sofrer,
Aperta o peito e dói,
Essa saudade me corroe,
E eu do sentimento querendo me esconder.
Venha fique comigo só uma noite,
Um dia, uma semana, um mês, um ano, uma vida inteira...
Ou fique só mais um momento,
Não vá embora tá cedo, mesmo que virtual sua presença me faz falta.
Preciso de novo sentir um sentimento bom,
Preciso voltar a sentir a melodia da vida,
E parar de dançar nas mãos do amor,
Viver por mim e seguir em frente,
E me livrar dos sentimentos que me causam dor.
E no fim apenas você me vem no pensamento, em apenas você penso.
ERMA
07/02/2020
Saudades Mãe...
Ela tem nome...
E sobrenome....
Daquela casinha
Que viamos de longe....
Os gado no gramado...
Na imensidão verde...
De braços na janela..
Falava com a lua...
Ria com as estrelas…
Sinto tantas saudades, mãe!
Daquela horta....
Legumes e verduras...
A vida era dura...
Mas nós eramos batuta...
De fazer cercas com o pai...
Nadar naqueles tempos mágicos...
Brincar com os amigos…
Depois....
Chegava a casa e tu ralhavas com a gente...
Até me castigavas...
Mas eu não me importava
Era tão feliz assim…
Sinto tantas saudades, mãe!
Das noites que passava
Bastava chamar...
E eu lá estava...
Sinto tantas saudades, mãe!
Da inocência que se foi...
Perdida no espaço...
Agora sou homem maduro…
Mas…
O coração ainda é de criança...
Sinto tantas saudades, mãe…
Autor: José Ricardo