Sobre meus Medos
Peguei você pelo braço e te fiz dono dos meus medos, planos e sonhos. Peguei você pelo braço e pedi que nunca mais me abandone. Peguei você pelo braço e implorei que me fizesse feliz. Você sempre foi o dono dos meus medos e dos meus segredos mais obscuros. Te fiz dono dos meus sonhos impossíveis e do meu sorriso fechado. Te fiz criador das poesias, dos contos e algumas prosas. Te fiz encantador de todas as meninas que puderam saber de verdade quem realmente você era. Te criei para o mundo e para ser aquilo que gostaria.
Mas meu erro foi esse: querer ser amada. Eu me perco em minhas carências, em meus medos, em minhas dores. Eu preciso aceitar que apenas me basto. Como posso ser amada se não estou me amando? Agora consigo ver tudo mais claro, mas não gosto do que vejo, tudo isso me deixa cansada, arrasada, com tanto desamor e dor. Eu só queria uma coisa, uma única coisa: ser amada, de verdade, com intensidade, todos os dias. Que eu fosse só dele e ele só meu, mas só vejo lágrimas, lágrimas e mais lágrimas. Choro e ninguém nota, ninguém se importa. Busco amor nos lugaes errados, nas pessoas erradas. Só restou isso de mim. Um ser errante, vagante.
Assumi todos os meus medos e os meus grandes defeitos. Assumi que talvez, um dia, volte ao normal, mas não consigo assumir se acredito ou não no amor. Tudo isso me cansa e me consome muito. Pude fazer que acreditassem em mim quando falei que o amor seria escolhas da vida e não as nossas. Digo que não creio no amor, mas eu amo, e aí, o que se pode fazer? Nada. Não se pode fazer mais absolutamente nada.
E então tudo passou, minha saudade, minhas vontades, meus medos, meus arrependimentos, minhas dores, meus receios, meus traumas, minhas loucuras… e então, eu acordei. O estranho sentimento de que o sonho fosse verdade, todo mundo já sentiu.
Eu entrei nesse mundo e eu sei que vou conseguir fazer minha parte. Reprimida por meus medos infantis, as vezes me sinto assim, com medo de continuar, querendo ficar na escuridão. Continuar apaixonada pela minha solidão.
Quando consigo me libertar dos meus medos,
desfruto deliciosamente da oportunidade de abrir o meu coração,
e descubro a capacidade que existe dentro de mim de sentir
o conjunto de "ensaios" adquiridos ao longo da vida,
cada um em seu tempo exato. É meio raro, mas quando acontece,
é pleno, é uma felicidade meio intima, mas que consigo compartilhar
com o "mundo", e quando falo em "mundo"
refiro-me especificamente as pessoas que
estão dentro dele, e que não estão
"por simples acaso". Quando não nos fechamos em nós mesmos,
certamente aumentamos as oportunidades de sentir milhares
de coisas, algumas prazerosas, outras não, mas é dessa forma
que a gente tem a chance de sentir a delícia de estarmos VIVOS,
da certeza da vida.. Muitas vezes demoramos
muito para descobrirmos o mais claro de tudo:
coração que se fecha dói por natureza,
e o resultado é sempre meio trágico, não trás nada além daquela
coisa apertada, dolorida, e que só nos faz mal.
Sejamos leves, bobos, abertos, vamos viver na paz,
é proibido evitar a VIDA!
Eu te escondi meus medos em segredo , e por mais que o coração grite em dizer , meu olhar te desviando quieta me fez permanecer .
Quando eu era menor, não tinha medos comuns que qualquer criança tinha. Meus medos iam além da minha capacidade de entender o mundo. Eu não suportava a ideia de que um dia, meus pais me deixariam ou eu deixaria meus pais. Hoje, vejo que nada mudou.
Não foi atoa que descobrir meus medos e virtudes.
Foi por ter liberdade nas minhas escolhas,
ainda vou viver muitas vidas nessa vida,
mas felicidade é ser eu mesmo!
Gosto de enfrentar os meus medos
São a minha força mais profunda
Os meus maiores segredos
Digam que sou louca
Gosto de o ser!