Sobre Educar uma Criança
O que geram grandes crimes na vida adulta é a impunidade velada de graves delitos infantis. Perdoem sem fim de maneira errada as crianças por que são crianças e não conseguiremos jamais ressocializarmos os adultos irresponsáveis.
Ouvir a construção do pensamento de um aluno diante de um "erro", é uma das atitudes mais generosas que um professor pode ter.
Em um país tão desigual como o nosso, onde a grande maioria dos adultos é analfabeta funcional, não podemos esperar que as famílias sejam responsáveis por ampliar o horizonte das nossas crianças. Se a escola não apresentar os mundos que existem para além dos muros das periferias, se não apresentar as diferentes profissões que existem, se não motivar o aluno, com exemplos e encorajamento, a acreditar no poder do estudo e a sonhar, é muito pouco provável que isso aconteça.
Nossos heróis estão criminalizados, professores são o exemplos e os exemplos estão criminalzados e neste quesito os criminosos ostentam. Para os jovens e para muitos aldutos, em fúria hormonal e seus seguidores (crianças) não existe melhor opção em um país de criminalização e pobreza.
Raphael Fehlauer.
Feliz Dia dos Professores
Aos nossos heróis que, independentemente de nossas idades, sempre estão dispostos a nos ensinar que a educação sempre será a arma mais poderosa que podemos carregar.
Amor não se pede. Ganha-se ou se conquista.
Respeito também não se pede. Exige-se e se impõe, mas, preferencialmente, conquista-se.
Direito nunca se pede ou se ganha. Reivindica-se, batalha-se, conquista-se.
Os pais e as escolas deviam dedicar uma atenção maior a ensinar às crianças o valor dessa simples palavra: conquista.
Em termos gerais, o caráter se forma em resultado do conflito entre a natureza e a cultura, entre as necessidades instintivas da criança e as exigências da cultura, agindo através dos pais. (...) Este processo de adaptação de uma criança ao sistema viola seu espírito. Ela desenvolve um caráter neurótico e torna-se temerosa da vida.
Não doutrine seu filho para te dar respostas tranquilizadoras…
Mas eduque-o, para te fazer perguntas desconcertantes…
Quer lugar na “janelinha”? Pague!
Na era das redes sociais, tudo vira tribunal público. O caso da passageira Jennifer Castro, que se recusou a ceder seu lugar à janela para uma criança em um voo, é o mais recente exemplo de como a civilização às vezes tropeça em sua própria etiqueta.
De um lado, uma mãe indignada, filmando a cena e postando sua revolta. Do outro, Jennifer, acusada de egoísmo por se apegar ao que comprou com antecedência e planejamento. Entre as duas, uma criança que ainda está aprendendo a lidar com uma palavra aparentemente simples, mas cada vez mais ausente em sua formação: “não”.
Crianças não nascem sabendo que o mundo não gira ao redor delas. Isso é ensinado. Mas, quando se cria a ideia de que tudo pode ser conquistado por insistência, lágrimas ou exposição pública, o que será delas no futuro? Que tipo de adulto nasce de uma infância onde a frustração é tratada como ofensa?
No avião, o assento de Jennifer representava mais do que conforto; era um símbolo do esforço de alguém que escolheu, pagou, e estava, no direito absoluto, de ocupá-lo. Sua recusa não deveria ser enxergada como um gesto mesquinho, mas como um lembrete de que limites existem — e precisam ser respeitados.
A questão vai além do assento à janela. Está na cultura crescente de evitar dizer “não” para poupar os sentimentos das crianças. Um “não” dito hoje poupa adultos decepados pela realidade amanhã. E que realidade dura será esta, quando descobrirem que nem tudo se resolve com um pedido educado (ou uma gravação postada no Instagram).
Jennifer não deveria ser condenada por defender o que era seu. Afinal, como ensinamos às crianças o valor do esforço e da responsabilidade, se a lição implícita é que o choro ou a viralização sempre vencem? Quer um lugar na janelinha? Pague, planeje, mereça.
Assim, no futuro, essas crianças talvez entendam que o mundo é muito mais do que um assento de avião. É um lugar onde limites, direitos e responsabilidades coexistem. Respeitá-los não nos faz piores; pelo contrário, nos torna mais humanos.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
Senhores pais, estabeleçam limites para que seus filhos entendam que nem sempre eles terão "um assento na janela".
Seus pequerruchos precisam ser catequizados na igreja da ordem. Mas, se não forem batizados pelo caos, naufragarão no dia mau, no mar adverso.