Sobre a Velhice
Fala a loucura: “Se, portanto, concordais em que não há nada mais precioso do que a juventude e mais detestável do que a velhice, posso concluir que reconheceis a dívida que tendes para comigo, sim, para comigo, pois que, para vos tornar felizes, sei prolongar tamanho bem e retardar um mal tão grande”. (Elogio da Loucura)
Que importa que outros subam as escadas que eu já desci...
Olhar para o futuro só é mais importante que relembrar o passado quando se é jovem.
A busca incessante por grandes vitórias deve ser encarada como desafio para jovens.
Assim como o descanso é necessário e merecido, é preciso desacelerar a vida lentamente, trocando o trabalho pelo lazer.
A leitura traz conhecimento pelo puro prazer de saber. Viajar e conhecer muitos lugares são pequenos aclives que levam tão alto como muitas escadas.
Quem lê e quem viaja, ocupa mais o cérebro e suas múltiplas funções com lembranças prazerosas.
Quem ocupa esses espaços com preocupações e novos desafios a cada dia, pode estar trocando possíveis conquistas por velhas vitórias e como num jogo, arriscar-se pode ser bom, mas a perda é sempre uma derrota.
Que me importa que outros subam as escadas que já desci?
É preciso avaliar sempre as perdas, contabilizar as vitórias, arquivar as derrotas e deixar lustrosas as medalhes e troféus que conquistamos ao longo da vida.
Um jovem quando arrisca e perde, tem muito tempo para reverter a situação.
Quando se é velho, as derrotas são sempre mais doloridas porque importam em reconhecer que lições não foram aprendidas
Quem convive com uma pessoa mais velha deve guardar para si as vitórias por galgar degraus e respeitar quem já subiu essas escadas e não deseja repetir façanhas.
Escolher, ter, estar com alguém e fazer parte, permanecer junto e caminhar lado a lado é uma decisão, uma escolha de sacrifício, de fidelidade e dedicação. E nem sempre estamos dispostos e disponiveis a dar isso a quem escolhemos. São tantas as opções que aparecem a todo instante, e não nos damos conta, nos empolgamos e esquecemos do que realmente importa, o todo, o conteúdo da coisa. Nos prendendo ao que passa, pois o tempo passa, os corpos perfeitos e bonitos acabam, vem as estrias, as gordurinhas, a flacidez na pele e o viço da juventude se vai. A maquiagem na cara bonita, sai com a água e a juventude não é eterna,. O que fica o que deve permanecer é o conteúdo, o conjunto do que desejamos, a dedicação, contemplação, envolvimento a quem escolhemos estar do lado.
Você sempre começa uma história pensando em alguém. Poderão considerá-las românticas demais ou exageradamente sentimental, considerando meus trinta e poucos anos. Sentimentos que, contados em histórias, o bálsamo do tempo da escrita arrefece qualquer coisa. Histórias como daqueles que casam depois de haver gozado e bem, a vida de solteiro. Se conhecem e percebem a reunião, a um só tempo, da beleza de corpo e alma. Após o encontro, fazem-se amantes, em qualquer sentido que se queira dar a palavra. Constroem um lar perfeito e geram uma prole de filhos. Vivem juntos, tipo uns 50 anos; nesse período, passam bons e maus momentos, amparando-nos reciprocamente. Observam a família aumentar com a chegada dos netos. De repente, em poucos dias, esse amor é interrompido por uma doença insidiosa, inesperada, que arranca um dos braços do outro. Quem fica, sofre na alma a violência de um coice. Já estavam beirando os 100 anos. A tristeza é plenamente normal e justificável. Durante um século, embriagaram-se com o amor um do outro. Com a perda, passa a sofrer uma depressão, sem dúvida, decorrente da saudade, e esta, a queria sempre bem latente para nunca esquecer. Não permitia que médicos desbravadores da mente, com seus artifícios freudianos, expulsassem da sua memória, ou, pelo menos, amenizassem a saudade, que em verdade era a razão da sua vida atual. Na concepção que faziam do termo, os quase 100 anos, um ao lado do outro, era a única história que haviam escrito juntos, movidos pela inspiração provocada por esse único, grande e insubstituível amor. Durante todos os anos de felicidade, dedicavam-se as próprias felicidades. Destas, algumas que encontrei em cartas e bilhetes que guardavam dentro de uma caixa de sapato, preferi protegê-las com o véu da privacidade que considero inviolável, tão somente agora; mas um dia ainda escrevo um livro com essa história. Saudades.
Se você fosse uma pessoa de 100 anos de idade , e podesse agora voltar no tempo por um dia a viver com esta idade que esta hoje , tenha certeza de uma coisa , este seria um dos dias mais importantes da sua vida .Viva o hoje!
Se você fosse uma pessoa de 100 anos de idade , e podesse agora voltar no tempo por um dia a viver com esta idade que esta hoje , tenha certeza de uma coisa , este seria um dos dias mais importantes da sua vida .Viva o hoje!
ENVELHECER
A grande vantagem de envelhecer é que fica parecendo que todas aquelas letras de músicas e poesias que falam de problemas, amores, corações partidos e etc, foram escritos para a gente...
Ariel 2/10/16
Aureola
Amor?
Passe aquele perfume e me ame.
Nunca deixe de me amar.
Até o meu ultimo suspiro,
Quero está com você.
Eu não quero esquecer,
Eu e você sentados no jardim, vendo o amanhecer.
Amor, eu quero você aqui eternamente.
Lembro-me pouco, dois jovens delinquentes.
Ainda não era amor,
Foi quando você me beijou.
O sol brilhou e você sorriu amor.
Você segurou em minha mão,
E no altar, prometeu me amar.
Eu tenho medo que o tempo comece a passar.
Tenho medo do pouco tempo que nos resta.
Eu sempre vou te amar, até depois que tudo acabar.
O seu olhar,
O seu jeito de me amar,
Até o antigo modo de brincar,
Tudo vai está lá.
Sentados nesta sala,
Vendo nosso filme passar,
Escutando o vento soprar.
Amor?
Espere por mim,
Estou vendo sua aureola.
Eu e seu velho olá.
Corrente, fivela, argola,
Picinez, óculos, anel,
Livro, revista, papel,
Arame, bordão, viola,
Mala, maleta, sacola,
Perfume, lenço, troféu,
Roupa, sapato, chapéu,
Eu não posso conduzir
Quando for para eu subir
Na santa escada do céu.
Sinto que estou a crescer, quando lembro o meu passado, mas o unico problema que vou enfrentar na velhice é de não conseguir esquecer a minha joventude. Furucuto 2018
CASA VELHA
Casa velha,
sem trinco porta ou janelas,
vazia de moveis e vozes,
soleira suja esperando outros pés.
Casa velha,
que já abrigou felicidade,
silêncio de muitos segredos,
vive hoje nos teus medos,
encostada na beira do mar.
Casa velha,
que julga sem piedade,
o ultimo morador do teu chão.
Casa velha,
teu alicerce é forte e seguro,
as cicatrizes nas tuas paredes,
não passam de arranhões na pintura.
A mocidade pode ser até uma estação ampla de atividades, de alegrias plenas, onde o corpo a rigor se situa em toda sua total performance,sexualidade. Mas com a velhice vem a intelectualidade a sabedoria que sustenta esse palácio em penumbra.
A mocidade pode ser até uma estação ampla de atividades, de alegrias plenas, onde o corpo a rigor se situa em toda sua total performance, mas com a velhice vem a intelectualidade e a sabedoria,que dá um suporte na sustentação desse palácio em penumbra.
Para a criança a vida é uma descoberta; para o jovem, uma aventura. Para o adulto a vida é uma missão, e para o idoso, uma dádiva.
A presença que você der(tiver) na vida do seu filho enquanto pequenos e adolescentes é a mesma que receberá dele quando você for mais velho!!!
Quando era jovem, de manhã alegrava-me, de noite chorava; hoje sou mais velho, começo duvidoso meu dia, mas sagrado e sereno é o seu fim.
A idade contada desde o nosso nascimento não quer dizer tudo. Cada um pode ter ai idade que quiser ter.
00639 01/10/2013 Espero que você chegue logo à tal “melhor idade”. Já que é “melhor”, humildemente abro mão e cedo a vez aos amigos.