Sobre a Velhice
"VIDA."
Hó surpresiva velhice!!!
Chegaste sem ser anunciada
Tens sido surpresiva
Recordações,alegrias,tristezas,sonhos,vitórias e derrotas
Desilusões e dore
Me fez saber que a vida está feita de todas esses sentimentos e muito mais.Mais com certeza a vida vale a pena ser vivida.
Eu agradeço a nosso pai celestial,criador do universo tão perfeito que me tem dado tanto.Que me deu a oportunidade e a bendição de ser mãe de duas adoradas crianças e logo mãe de coração e hoje vó de três crianças que me trazem alegria.
Obrigado pai celestial por dar-me a oportunidade de aprender e de crescer espiritualmente.
Se Deus te deu uma vida, não a desperdice, vivas com dignidade, pra que na velhice tenhas orgulho de ter vivido.
Leobino Filho
Não seja pretensioso.
Ninguém saberá se já chegou à velhice.
Sente-se. Vai passar.
Toda dor é rasa quando se tem a alma encharcada de esperanças.
Não é preciso ter uma alma juvenil na maturidade ou na velhice,
mas uma faísca de alegria, uma brecha para imaginação,
vontade de dançar sem música. Isso vale mais do que todos
os recursos da estética, da medicina, da psicologia,
das mais belas viagens, e mesmo dos mais tocantes afetos.
Meu maior medo não é passar a velhice sozinha e sim de me tornar uma velha amarga e fechada porque se cansou das pessoas.
Sempre existe algo de bom na vida, mesmo na velhice. Rimos novamente de piadas que já ouvimos há muito tempo e esquecemos. Olhamos com mais carinho coisas que eram totalmente contrárias a nós. Temos felicidades pequenas quando revemos nossos amigos da mesma idade. Relembrar também é uma maneira de viver. Não somos apressados, apreciamos mais as paisagens. Apreciamos as lindas mulheres e os lindos homens (se mulheres) mas temos já certa ideia que isso não é mais assim tão importante que a personalidade e o caráter podem nos trazer mais que bonitezas. Não corremos tanto assim, mas sabemos que nossos cérebros podem correr por nós. Apreciamos mais as longas conversas. Temos mais paciência em escutar. Temos alguma coisa para ensinar mesmo que seja "coisa de velho". Tem muitas coisas boas, seria difícil enumerar, mas apenas uma coisa incomoda um tanto e nos acalenta outro tanto: a viagem está indo para o episódio final e há tantas coisas para viver, mas, ao mesmo tempo nossos recipientes não estão mais vazios. Temos coisas para levar para outra vida. De lá, começaremos tudo de novo.
Tudo passa de forma extremamente rápida, um dia olharemos para trás e, veremos que lástima velhice bate às nossas portas, mas isso não é o fim. O fim, só chega para aqueles, que não sabem aproveitar o que tem de melhor, a vida!
TROVA SEM PRESSA
Ninguém me convence,
Pois na minha mente,
A velhice anda sempre,
Vinte anos à minha frente.
O amor não nasceu para todos, tolo seria ficar esperando a velhice (ou) até que a morte nos separe.
Tenho muito medo de morrer aos poucos, que a morte venha de vez vestida de suavidade e leve-me antes mesmo que o dia amanheça.
“Toda a alegria e a ilusão pungente da juventude tornam-se durante a velhice, um belo livro de memórias”
A velhice
Encurvando o corpo, adoecendo a alma, os anos levam o ser ao esquecimento, ao abandono, desgastando a vontade de viver. Alguns sentem a tristeza de não ter ninguém que os anime que os assista, que os ame. Isso faz da velhice algo que deprime e enruga também o coração. Passos na estrada, passos de tristeza e solidão.
Sabedoria da velhice
Seu Juventino era meu vizinho de apartamento. Era, porque faleceu. Sua única filha, solteira por opção, trabalhava fora o dia todo, e sua esposa, dona Norma, é quem ficava com a obrigação de cuidar do homem que no passado fora um empertigado militar, mas que devido a um câncer no cérebro deitou-se um dia e não conseguiu mais levantar. Quando dona Norma saía para o mercado vinha a minha porta e pedia: ‘pode olhar o Juventino um pouco?’ Era uma mulher admirável essa senhora. Em cima de seus setenta anos era mais forte que qualquer um. Em corpo e espírito.
Quando eu chegava para ‘olhar’ o doente, sentava a seu lado e ele, ainda muito lúcido apesar das dores, desfiava a falar e falar, quase um monólogo. Eu o deixava ir em seus devaneios de doente que não tem muito com quem conversar.
Uma das coisas que Seu Juventino gostava de repetir era, que os velhos como ele, a cada dia deteriora algo. Toda manhã percebia alguma coisa deixando de funcionar direito. É claro que um pouco pela doença. Mas a maior parte pela velhice e inanição. ‘E o pior é que as pessoas acostumam com isso’, ele dizia. Um dia um zumbido no ouvido, outro uma dor no joelho, e às vezes até surdez. Vão perdendo a audição devagarzinho, e quando dão por si estão surdos e nem sabem como foi. A cegueira também. ‘Já vi muito velho cego e surdo e nem sabe que é’ ele falava quase sussurrando. Eu ria muito com suas conversas, mas tenho que admitir ser a pura verdade. Velho não gosta de ser velho. Mulher então! Nem pensar! Depois que faz quarenta esquece-se de fazer aniversário pelo resto da vida. Pelo menos a maioria delas.
Agora, verdade seja dita, não acontece só com os velhos não. A pessoa entra na cozinha para fazer alguma coisa e esquece. Aí lembra que tem de fazer algo na sala, só que quando chega lá não lembra mais o que tinha que fazer. Coloca o celular no bolso e sai pela casa à procura do tal que não sabe onde o deixou. Passa a procurar a chave do carro e acha o celular no bolso, mas aí não sabe mais onde está a chave do carro. Velhice? Coisa nenhuma! Todos se esquecem um pouquinho das coisas.
Seu Juventino gostava de lembrar-se de seu tempo no Exército. Tempo bom era aquele! Corrida por três horas a fio pelas ruas comandando um pelotão de rapazes fortes e saudáveis. Subindo e descendo morros. Pulando obstáculos e caindo no rio para travessia a nado. E ele não cansava. Os jovens sim.
Nunca falava sobre sua doença. Não gostava. Afinal, fora ela, a doença traiçoeira que o deixara fora da vida por quase dez anos. Dez anos de sofrimento.
Quando ele morreu fiz um pequeno poema em sua homenagem. Dona Norma mandou inscrever na lousa de seu túmulo. ‘Ele vai ficar feliz’, disse-me ela. Assim espero. Porque lá eu disse o quanto era importante ser velho e sábio como ele fora. E que amigos não se escolhe pela saúde, cor ou religião, mas pelo conteúdo da alma.
E velhos não são os que têm muita idade. Velhos são os que não acumulam sabedoria. Em qualquer idade.
Perdida na escuridão da noite.....
Tento encontrar o meu caminho de casa...
A velhice está a chegar....
Grisalha.....bela.... e sonolenta..
Ao pé da lareira....pego num livro...
Quero abraçar ...
Para nunca deixar este paraíso....
Assim ninguém.... poderá ferir a minha alma.....
Leio o livro sem pressa....
Sonho...
Com as lembranças...de outrora.......
Sombras profundas.....
Memórias...que encontrarei nalgum lugar...
O dia da minha morte
Onde libertará a minha alma....
Então saberei quantos....
Amaram-me com sinceridade....ou não......
Atravessei montanhas bem distantes...
Perdi-me na escuridão.....
Mas encontrarei nalgum lugar...
A liberdade da minha alma...!